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Oratória

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Por:   •  8/9/2013  •  Tese  •  1.825 Palavras (8 Páginas)  •  323 Visualizações

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A oratória é um ato de comunicação diante das pessoas, em que o orador defende ideias, projetos, posições. O orador deve ser espontâneo, consistente e prazeroso, competências requisitadas no mundo contemporâneo.

A elaboração de um discurso ou apresentações em público deve seguir algumas etapas:

1 – VOCATIVO: saudação às pessoas ou ao público.

2 – INTRODUÇÃO: apresenta o tema à platéia.

3 – DESENVOLVIMENTO: corpo do discurso.

4 – CONCLUSÃO: momento marcante da fala em que se dá o fechamento do discurso.

Inicialmente, ao elaborar um discurso, é preciso se programar quanto ao tempo dele. Se você tem 30 minutos para falar sobre o tema, é preciso se organizar para conseguir repassar o objetivo principal nestes 30 minutos. O ideal é não ultrapassar o tempo estipulado. Alguns minutos a mais, dependendo da situação, são toleráveis. Se o seu tempo estiver esgotando-se, você até pode perguntar à platéia: “Nosso tempo está esgotando-se, para concluir preciso de mais dois minutos, vocês conseguem tolerar”? Sempre cuidando com tons de brincadeiras os quais devem ser devidamente calculados de acordo com o público. Outro compromisso importante é o horário inicial, o qual geralmente atrasa.

Outra dica importante é a leitura. O ideal é fazer um esboço ou roteiro do que será falado. E em momento algum ler o discurso todo ou decorar a fala. Muitas pessoas se não lêem se perdem na sequência do discurso, para isso, deve-se ensaiar e estudar muito bem antes da apresentação.

A Introdução é peça fundamental para obter a atenção imediata do público. Às vezes é preciso fugir do convencional: “Boa noite a todos, Honrado estou aqui para falar sobre..........” ou “Boa noite a todos, é com muita alegria que estou aqui para falar sobre...........” “Boa noite a todos, inicialmente gostaria de agradecer o convite desta noite e dizer que estou muito honrado em ser convidado para falar sobre um assunto tão....”. Na seqüência do vocativo, uma técnica interessante é fazer o jogo de perguntas e respostas: Você mesmo faz a pergunta, dá uma pausa e responde. Isso cria suspense, prende a atenção do público, pois as pessoas preparam mentalmente uma resposta caso você as interrogue, fazendo com que elas prestem atenção, imaginando que você a qualquer momento poderá se dirigir a ela em particular e questioná-la.

O Desenvolvimento do discurso ou da apresentação é o foco do tema, se o assunto é sobre tal coisa, não fuja dele. Foque e repita o tema ou título quantas vezes forem necessárias, mas cuidando para não se tornar tão repetitivo ou demasiadamente chato. Seja claro e utilize linguagem apropriada sobre o tema. Fale da importância do tema, pontos positivos, negativos, elabore uma sequência lógica da fala. Se o discurso for lido, como por exemplo, uma mensagem sobre amizade, o ideal é sinalizar o texto e aproveitar os pontos e vírgulas para pausar, olhar para o público.

A Conclusão, como o próprio nome já diz, pode ser finalizada de diversas formas: “Para finalizar gostaria de dizer....” não se esquecendo de agradecer no final e desejar boa noite, boa tarde, boa semana, bom final de semana, etc.

Recursos da expressão oral

Voz: é a matéria-prima da comunicação oral, não só cativa o receptor,como revela a personalidade de quem fala. O bom orador exercita sua voz para exprimi-la com sonoridade (de forma agradável) e variedade (adaptando a altura e o colorido ao tema).

Saber colocar o tom da voz é fundamental para a transmissão da mensagem. O chamado acento de insistência é responsável pelo conteúdo da expressão.

A modulação da voz cria a atmosfera dramática do discurso oral e com ela são transmitidos os estados emotivos. A súplica, a raiva, a ordem, enfim, cumpre à voz exteriorizar os aspectos psicológicos da comunicação oral.

Mímica: é essencial na comunicação oral, constituindo-se no jogo fisionômico, acrescido de movimentos dos braços, das mãos e do corpo.

Mattoso Câmara (1961, p. 230) dá à mímica a "função precisadora da palavra". Ela facilita o entendimento da idéia, realça o pensamento e pode até - pela linguagem gestual- "substituir" as palavras.

Olhos desempenham papel importantíssimo na expressão oral, por serem, como se tem dito, o espelho da alma. O bom orador desempenha uma linguagem ocular variada e expressiva, olhando de frente a platéia, movimentando expressivamente os olhos, fazendo-os brilhar ou tornando-os serenos.

Lembre-se, ainda, o orador que o movimento dos olhos para cima auxilia na formação de imagens com a mente; movimentando-os para a posição horizontal, alarga-se a percepção auditiva, que é memorizada pelo olhar à esquerda. Olhando para baixo, desperta o orador seu mundo emotivo; à esquerda é seu estado emocional que vem à tona; para baixo e à direita ele faz a "leitura" subjetiva do assunto explanado. Assim, a "dança dos olhos" não pode ser realizada de forma desconexa. Tenha em vista, também, o orador que o olhar "por cima" comunica petulância, presunção ou indiferença.

Mãos falam enquanto se movimentam. A mão aberta, com a palma para cima, significa a apresentação de um ponto de vista com segurança. O movimento das mãos tem de ser harmônico com a mensagem, e com os demais gestos e posturas, como se "desenhasse", discretamente, a ação enumerada.

Evitar gestos exagerados ou excessivos é fundamental. Também devem ser evitados os movimentos repetidos das mãos que provocam monotonia ao discurso, além da impressão de se constituírem em tique nervoso, comprometendo a mensagem.

Movimento: cabe ao orador movimentar-se com moderação, sem balançar o corpo quando parado, mantendo os pés firmes sobre o chão, não muito afastados um do outro e com um dos joelhos levemente inclinado. Não deve colocar as mãos no bolso ou atrás das costas.

A aparência também é auxiliar da comunicação. A maneira de trajar-se deve combinar com o conteúdo da mensagem.

Enfim, a comunicação do corpo é operador funcional de suma importância como mediadora de "leituras" interpretativas.

Artigo: Como preparar um Discurso (*) Cópia de trechos do livro A Técnica da Comunicação Humana, de J. R. W. Penteado. São Paulo, Pioneira, 1964, p. 283 a 288.

1. A PREPARAÇÃO

- À preparação gráfica que exige

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