Os Desafios e Possibilidades do Assistente Social na Educação
Por: Samya DE Paula • 18/6/2018 • Resenha • 1.458 Palavras (6 Páginas) • 546 Visualizações
4. Desafios e Possibilidades do Assistente Social na Educação
Atualmente, o Assistente Social inserido no Sistema Educacional tem como referencial legal os projetos de lei nº 3.688 de 2000 e nº 837 de 2005, a qual garantem a sua inserção no quadro de profissionais das escolas da rede pública, mas vale ressaltar que a presença do Serviço Social na política de Educação não é recente pois surgiu em 1906, nos Estados Unidos e no Brasil nas décadas de 1940 e 1950.
A sistematização do trabalho do Assistente Social na escola está direcionada ao desenvolvimento de projetos sociais, na educação superior e em equipes interdisciplinares de assessoria e elaboração de diretrizes ,de normas e plano de ação para a atuação na Educação.
O profissional tem que ampliar a concepção de educação, compreender o processo pedagógico de ensino aprendizagem, participar dos conselhos e promover a articulação da educação com as demais políticas sociais, além de compreender a realidade a realidade social da escola e as possibilidades emancipatórias dos sujeitos, buscando a construção de estratégias enfrentamento das expressões da Questão Social.
Para Iamamotto (2000,p.13)
Ao profissional assistente social apresenta-se um dos maiores desafios nos dias atuais: desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. O perfil predominante do assistente social historicamente é o de um profissional que implementa políticas sociais e atua na relação direta com a população usuária. Hoje exige-se um trabalhador qualificado na esfera da execução, mas também na formulação e gestão de políticas sociais, públicas e empresariais: um profissional propositivo, com a sólida formação ética, capaz de contribuir ao esclarecimento dos direitos sociais e dos meios de exercê-los, dotado de uma ampla bagagem de informação, permanentemente atualizada, para se situar em um mundo globalizado.
Segundo Iamamotto(2000) o profissional deve decifrar a realidade e ser um profissional criativo, reflexivo , propositivo e atualizado para a garantia e efetivação dos direitos. A necessidade de capacitação da categoria na área da pesquisa social é outro grande desafio conforme Margarezi(2010,p.37)
Poucos profissionais estão qualificados, em virtude de inúmeras questões: falta de acesso às qualificações, carga horária elevada, baixos salários, etc., fragmentos do capitalismo, que afetam diretamente os trabalhadores. A defesa e ampliação dos direitos sociais e o posicionamento contrário às reformas neoliberais são desafios aos assistentes sociais e para todas as categorias profissionais comprometidas com a justiça social(MARGAREZI,2010).
De acordo com Margarezi(2010) a escola, enquanto equipamento social, precisa ter em seu corpo técnico, um profissional capaz de perceber as manifestações da Questão Social. No âmbito escolar alunos com necessidades especiais tem-se a necessidade de atividades em turno inverso a escola regular, com crianças e adolescentes, através de projetos como o Apoio Sócio-Educativo em Meio Aberto (ASEMA), como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA(BRASIL, 1990).
A autora salienta que é necessário aproveitar espaços privilegiados como o CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) para realizar grupos com as famílias desses alunos, buscando a sua inclusão, bem como, de pais de pessoas com deficiência em idade escolar que não frequentam a escola, abordando temas referentes à importância da educação como direito e dever de todos, inclusive dos pais e ou responsáveis. Nesse espaço, o profissional de Serviço Social aproxima-se da família e intervém com o objetivo de identificar os fatores sociais, culturais e econômicos que determinam a problemática social no campo educacional e, consequentemente, deve trabalhar em ações preventivas, no intuito de evitar que o ciclo de exclusão social se repita.
Frazão e Silva(2015 p.42) relatam também experiências exitosas da atuação dos Assistentes Sociais inseridos na Divisão de Assistência ao Educando no município de Teresina no Estado do Piauí desempenham muitas ações dentre elas o acompanhamento da frequência e situações de infrequência dos alunos indicados pelas escolas. A frequência escolar é um critério para que os alunos continuem sendo beneficiados pelo Programa Bolsa Família(PBF).
Esses profissionais na viabilização dos direitos à educação fazem encaminhamentos as famílias e em casos excepcionais buscam solucionar as dificuldades de acesso de crianças e adolescentes à escola. Também realizam reunião com famílias a cerca da importância da participação na vida escolar dos filhos; fóruns de debates sobre violência , sexualidade , direitos e deveres da criança e adolescente, encaminhamento das situações para a Rede de Proteção Social e Monitoramento visando a parceria escola - família.
Outras ações do Serviço Social da Gerência de Assistência ao Educando(GAE) se destacam o acompanhamento da frequência dos alunos , o atendimento aos educandos matriculados, visitas as escolas e as famílias com intuito de inclusão das mesmas políticas sociais através da rede intersetorial articulados com vários órgãos parceiros, como: os conselhos tutelares, Centros de Referencias de Assistência Social(CRAS), Secretaria Municipal do Trabalho Cidadania e Assistência Social (SEMTCAS), Organizações Não Governamentais, Instituições de Saúde na perspectiva da efetivação dos direitos dos usuários.
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