Os Fundamentos das Ciências Sociais

Fundamentos da Ciência Social

O que é sociologia? É um projeto tenso e contraditório. Um conjunto de conceitos, de técnicas e de métodos de investigação produzidas para explicar a vida social. Além disso é o resultado de uma tentativa de compreensão de situações sociais radicalmente novas criadas pela então recente surgida “sociedade capitalista”.

Surgiu na degradação Feudal e consolidação capitalista sendo uma resposta intelectual as novas situações colocadas pela revolução industrial. Tratou a sociedade como um grupo e não como indivíduos isolados. Antes ela inexistia pois não era vista como um problema a ser investigado.

A Sociologia contribuiu para manter (positivistas/conservadores) ou alterar (marxistas) as relações de poder existentes na sociedade. O “problema/objeto” da sociologia, ou seja, a sociedade está em plano de análise.

• Modificações na sociedade: crescimento demográfico, urbanização (surgimento das grandes cidades), reordenamento da sociedade rural, rápida industrialização, mudanças no modo de vida, surge o proletário.
• Modificações na forma de pensar: passagem da visão sobrenatural para o método científico (observação mais experimentação).

Pensamentos:

• Iluministas: críticos da sociedade feudal e das instituições feudais (por serem irracionais e injustas).

“Homem dotado de razão destinado à liberdade e à igualdade social.

Sentido da revolução da Francesa (1789): mudar a estrutura do Estado, abolir a antiga forma da sociedade, destruir o antigo regime (contra os fundamentos da sociedade feudal visando construir uma sociedade fundada na razão, golpes contra a igreja, investir contra e destruir os privilégios de classe, interpretação critica e negadora da realidade.

• Conservadores: contra a herança dos filósofos iluministas, eram defensores das instituições religiosas, monarquias e aristocracias. Eram chamados de profetas do passado. Além disso a inspiração a inspiração do pensamento conservador era a sociedade feudal, com sua estabilidade e acentuada hierarquia social.

Pensadores: Burke (1729/1797) / De Maistre (1754/1821) / Bonald (1754/1840): posicionaram-se abertamente contra as crenças iluministas, atacando suas concepções de homem, sociedade e religião.

• Positivistas: reveram uma série de pensamentos conservadores. A função do pensamento positivista era orientar a indústria e a produção. A elite social conduziria a sociedade e traria ordem na sociedade industrial (industrias e cientistas [posição de mando frente aos trabalhadores]). Os cientistas ocupariam o lugar que o clero ocupava na sociedade e estabeleceriam verdades que seriam aceitas por todos. A sociologia positivista considerava que a ordem existente era, sem dúvida nenhuma, o ponto de partida para a construção da nova sociedade.

* Socialismo Marxista e positivismo:  Solucionar os problemas sociais para reestabelecer o bom funcionamento da sociedade.

Saint Simon: para ele, a sociedade francesa pós revolucionária parecia-lhe “perturbada”, pois nela reinava, segundo ele, o clima de “desordem” e “anarquia”. Em sua visão, a nova época era a do industrialismo. Acreditava também que o progresso econômico acabaria com os conflitos sociais e traria segurança para os homens. Tinha uma visão otimista da sociedade industrial mas admitia a existência do conflito entre possuidores e não possuidores.

Augusto Comte: autor positivista.

Física social: devia utilizar os métodos das ciências naturais (observação, comparação e experimentação).

Reconciliação entre ordem e progresso.

Função da Sociologia: solucionar os problemas sociais com o proposito de estabelecer o bom funcionamento da sociedade.

Durkheim: socialismo marxista: critica aos socialistas utópicos  pois criticavam a sociedade burguesa mas não apresentavam os meios capazes de promover transformações radicais na sociedade.

Materialismo histórico: era preciso uma análise histórica da sociedade. Ligação entre teoria/prática, ciência/interesse de classe.

Conhecimento da realidade social: instrumento político de transformação da sociedade. Ciência a serviço da classe revolucionária. Foco na análise: contradições do capitalismo.

A Ideologia Alemã

Perspectiva do materialismo histórico, critica ao idealismo Hegeliano, critica ao materialismo contemplativo de Feuerbach.

• Existência de indivíduos vivos: homens se distinguem dos animais quando começam a produzir seus meios de vida. Aquilo que eles são coincide com sua produção, com o que produzem e como produzem.

Essência da concepção materialismo histórico: ser social e consciência social.

Determinados indivíduos que trabalham produtivamente.

Entrarem em determinadas relações sociais e políticas. A observação empírica tem que demonstrar a conexão da estrutura social e politica com a produção.

SUPERESTRUTURA (política-jurídica-ideológica) -> INFRAESTRUTURA (base-material) – relações de produção, forças produtivas.

“A produção das ideias, representações da consciência esta diretamente entrelaçada com a atividade material”

IDEOLOGIA: homens e sua relação aparecem de cabeça pra baixo, numa “câmara escura”.

Ideologia Alemã diferente de Materialismo histórico.

“desce do céu a terra”                “sobe da terra ao céu”

- Não é a consciência que determina a vida, é a vida que determina a consciência.

Marx Engels: critica ao materialismo contemplativo de Feurebach (ele diz “o homem” em vez de “homens históricos reais”).

MUNDO SENSÍVEL (produto histórico): não é uma coisa dada diretamente na eternidade, sempre igual a si mesma mas antes o produto da indústria e do estado em que se encontra a sociedade.

É um produto histórico, o resultado da atividade de uma série de gerações.

Ex.: cerejeira -> transplantada (pela ação de um sociedade num determinado tempo)  a nossa zona por meio de comércio.

Relações Históricas Primordiais