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PAper Estágio II Matemática Uniasselvi

Por:   •  22/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.012 Palavras (9 Páginas)  •  6.032 Visualizações

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O USO DO LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

Fagner Rodrigues Oliveira

Profª. Camila Xavier

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Licenciatura em Matemática – Turma MAD0228 - PAPER DO ESTÁGIO II

10/08/2016

RESUMO

Ensinar e aprender matemática tem-se revelado desde sempre uma tarefa desafiadora a professores, alunos e entusiastas desta ciência. Muito da dificuldade de ensinar e aprender matemática está ligado ao fato dos alunos, na maioria dos casos, não se sentirem atraídos ou interessados pelas aulas ministradas pelos professores que predominantemente prezam por um formato onde o professor é um transmissor e o aluno um mero receptor de conhecimento. Visando apresentar e explorar uma das possibilidades existentes para que o problema seja contornado, este trabalho propõe o uso dos jogos como uma ferramenta bastante eficaz, pois as atividades lúdicas permitem aos alunos uma maior interação com o conteúdo, com os colegas e ao mesmo tempo relaciona a matemática com situações do dia-a-dia. Tais situações foram satisfatoriamente comprovadas durante as aulas de regência do Estágio II em uma turma do 8º ano na Escola Municipal Prof. João Arbage, na cidade de Almadina-Ba.

Palavras-chave: Matemática, Jogos, Lúdico, Interação.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda as experiências e atividades realizadas durante o Estágio II, realizado em uma turma do 9º ano da Escola Municipal Prof. João Arbage, localizado na Rua Antonio Batista, sn, centro, na cidade de Almadina-Ba.

Como é fato conhecido de todos, o ensino de matemática sempre é um desafio, independentemente do nível escolar. Infelizmente ainda não se chegou à uma fórmula pronta e infalível de se ensinar matemática. Entretanto, já algum tempo, estudiosos e professores tem-se debruçado para compreender o real problema e propor soluções que possam se mostrar eficazes, e assim, superar os desafios e tornar a matemática compreensível, atraente e tangível a todos que a busquem.

No período de observação, foi um momento extremamente proveitoso, momento que pude sondar a turma, analisar a metodologia do professor, a maneira com os que os alunos reagem quando o professor está ministrando as aulas. Percebi que muitas vezes os alunos ficavam dispersos, desconcentravam-se com facilidade e, consequentemente, apesar do professor demonstrar domínio dos conteúdos, não conseguiam compreender bem o que a eles era apresentado. Após conversas com todos os envolvidos, procuramos propor uma metodologia cujo o foco estaria na interação entre os atores envolvidos, os alunos, destes com o conteúdo e do conteúdo com situações do cotidiano.

A partir destes pressupostos, decidimos então propor o uso do lúdico, pois é um recurso que dará ao aluno um papel mais ativo, deixando um pouco de lado a aula expositiva tradicional, e ao mesmo tempo promovendo uma maior interação e socialização dos alunos. Mesmo sendo em turmas de nível mais elevado, é certo que a ludicidade atrai e está presente em todas as fases da vida, portanto, partindo de um planejamento para saber onde se quer chegar, os resultados tendem sempre a serem satisfatórios.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ensinar e aprender matemática, há algum tempo, é objeto de pesquisa por parte de muitos especialistas. Tal dedicação a este tema é perfeitamente compreensível, pois, provavelmente é a disciplina que se mostra mais desafiadora no que diz respeito à sua abordagem em sala de aula. Para os professores é sempre um desafio enorme fazerem com que seus alunos percebam, assim como eles perceberam, as conexões entre um conteúdo e outro, as propriedades, as deduções, entre outros.

Porém, de uma forma geral, professores de matemática são conhecidos pelos seus métodos tradicionais de ensino. Ainda que nos últimos anos ouve-se muito falar sobre usos de novas tecnologias e recursos diversificados, na prática, poucos professores têm realmente inovado seus métodos, principalmente quando se trata das séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.  Porém, o professor precisa ter em mente o seu papel de agente social, e estar ciente de que precisa acompanhar as transformações naturais da sociedade, se atualizar e adequar-se a elas. Deve aceitar que existe métodos adequados à cada situação, e não se prender à exclusividade da aula expositiva, repousando sobre a justificativa de que se o aluno não assimila o conteúdo, o culpado é sempre o próprio aluno. Deve-se estar atento de que para os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), a aula expositiva é apenas uma das várias técnicas pedagógicas a serem utilizadas.

Quanto às aulas expositivas, é comum que sejam o único meio utilizado, ao mesmo tempo em que deixam a ideia de que correspondem a uma técnica pedagógica sempre cansativa e desinteressante. Não precisa ser assim. A aula expositiva é só um dos muitos meios e deve ser o momento do diálogo, do exercício da criatividade e do trabalho coletivo de elaboração do conhecimento. Através dessa técnica podemos, por exemplo, fornecer informações preparatórias para um debate, jogo ou outra atividade em classe, análise e interpretação dos dados coletados nos estudos do meio e laboratório. (PCNEM, 2000, p.53)

Dentre os vários recursos existentes que podem ser usados para que se possa transmitir os ensinamentos de matemática de forma mais prazerosa e ao mesmo tempo apresentar resultados satisfatórios no que se diz respeito ao desenvolvimento do aluno, bem como tornar para este a tarefa de aprender, algo mais interessante e descontraído; o recurso do Lúdico se mostra bastante eficaz. Embora haja certa resistência por se tratar de séries finais do Ensino Fundamental, e por ser uma clientela predominantemente adolescente, procura-se propor um ambiente com um tom de seriedade, onde o aluno já deve ter consciência de suas responsabilidades e, portanto, a obrigação de compreender os conteúdos.

Porém, o método tradicional tem sido sempre criticado e questionado, pois para que o aluno possa compreender os conteúdos, ele precisa se sentir atraído pela aula, precisa sentir-se parte integrante do processo de ensino/aprendizagem. E nisto, método tradicional sempre falha, pois nele o aluno não produz conhecimento, não interage, apenas é um mero expectador e receptor de conteúdos prontos. Por essas questões o uso do lúdico nas escolas revela-se uma poderosa ferramenta na assimilação de conteúdo, bem como no combate às práticas tradicionais da educação e, no caso da Matemática, à memorização de fórmulas e aplicações de regras. Como afirmam Smole, Diniz e Cândido (2007, p. 11):

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