PROVA FINAL DE BIOLOGIA DE CAMPO I
Por: misa • 19/10/2015 • Projeto de pesquisa • 2.018 Palavras (9 Páginas) • 557 Visualizações
[pic 1] | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA[pic 2] COLEGIADO DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DISCIPLINA: BIO711 BIOLOGIA DE CAMPO I DOCENTE: WALTER R. P. CERQUEIRA DISCENTE: SANDRA MARA SOUZA MIRANDA |
PROVA FINAL DE BIOLOGIA DE CAMPO I
BONITO – BAHIA
14 DE ABRIL 2015
Trabalhos de campo em biologia: cuidados com a segurança dos alunos em campo e metodologias de amostragem e coleta de flora e fauna em ambientes terrestres.
A aula de campo nas diversas áreas, tem sido um instrumento metodológico que envolve e motiva, agregando teoria e prática e ainda é possível avaliar se as atividades desenvolvidas em sala de aula proporcionaram mudanças nos que participam desse processo, pois é através desse contato real no campo, que se estabelecem relações no que é observado. Onde é possível utilizar as situações externas observando um fato isolado e poder contextualizá-lo no tempo e no espaço. Segundo (SUERTEGARAY, 2001 p.3) “no método positivista, tão conhecido nosso, o campo (realidade concreta) é externo ao sujeito. O conhecimento/a verdade está no objeto, portanto no campo, no que vemos”.
O passo inicial para qualquer estudo ambiental deve ser a elaboração de uma lista de espécies de potencial ocorrência na área do estudo. Esse primeiro passo realiza-se por meio de revisão bibliográfica e, especialmente, da busca em coleções regionais e de maior abrangência geográfica. A amostragem adequada de répteis e anfíbios depende da aplicação simultânea de métodos complementares entre si, no intuito de cobrir adequadamente a grande diversidade de hábitos das espécies envolvidas. Sendo assim, muitos métodos podem ser empregados num levantamento, dependendo de fatores como o objetivo do estudo, o local/bioma onde o estudo será realizado, o tempo disponível para o trabalho de campo e a disponibilidade de recursos. As espécies de uma área de estudo são influenciadas por variações ambientais e em função dessa influência podem apresentar ciclos de ocorrência que interferem na amostragem. Assim, dependendo da época do ano, uma espécie pode estar presente na área de estudo, mas se tornar “invisível” durante os trabalhos de levantamento, devido à adoção de comportamentos críticos. Desta maneira, o conhecimento do padrão de distribuição de uma população de espécies é de extrema importância em situações nas quais é necessário proceder à amostragem dessa população. Quando o padrão de distribuição é conhecido, o pesquisador pode definir métodos e intensidades de amostragem mais adequada à espécie estudada, uma vez que os padrões de distribuição comumente observados em ambientes naturais ou aqueles resultantes da ação do homem exercem forte influência no número de indivíduos presentes em uma unidade amostral como uma parcela. Por exemplo, populações que se distribuem de acordo com um padrão de distribuição agregado podem requerer amostragens maiores e planejadas com maior cuidado em relação àquelas que se distribuem aleatoriamente ou uniformemente. Outra questão que deve ser considerada é que na natureza muito raramente os indivíduos encontram-se distribuídos de forma uniforme ou aleatória. Em função de fatores como competição, proteção contra predadores, requerimentos de hábitats e vários outros, na grande maioria dos casos os indivíduos tende a se posicionar de forma agregada no ambiente. Quando a agregação de indivíduos de uma população ocorre, torna-se impossível garantir que os indivíduos foram amostrados aleatoriamente, mesmo quando o plano de amostragem tenha sido planejado e posicionado de forma aleatória na área estudada (Magurran, 1988). Assim, em todo processo de amostragem pode estar inserido um erro inerente à distribuição dos organismos na natureza que foge ao controle do pesquisador. Na tentativa de minimizar esse erro algumas premissas devem necessariamente ser adotadas: amostragem suficientemente grande, estabelecida pela observação do¬ comportamento da curva do coletor ou curva de esforço amostral; unidades amostrais posicionadas aleatoriamente na área estudada;¬ levantamentos executados considerando-se a sazonalidade;¬ considerar que a distribuição temporal e espacial das espécies em uma área¬ de estudo pode ocorrer em nível escalar diário, mensal ou anual. O estudo de campo permite observar um determinado local e/ou situação, observando uma realidade e, se necessário, buscando soluções para um problema específico.
Durante o estudo de campo é imprescindível que ocorra a pesquisa de campo, que compreende a observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, a coleta de dados referentes aos fatos e, finalmente, a análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.
A pesquisa de campo exige que as técnicas de coleta de dados sejam apropriadas à natureza do tema e, ainda, à própria definição das técnicas que serão empregadas para registro e análise. Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente quantitativa ou qualitativa. Numa pesquisa em que a abordagem é basicamente quantitativa, o pesquisador se limita à descrição factual deste ou daquele evento, ignorando a complexidade da realidade social.
Alguns materiais são essenciais para levar em uma aula de campo, como por exemplo: Roteiro de estudo elaborado previamente pelo professor, prancheta, caneta, fita métrica, etc. e além desses materiais para estudo, devemos levar também o kit de primeiros socorros, caso algum aluno se acidente. O ideal é que o professor já tenha trabalhado em sala de aula conceitos básicos de primeiros socorros, assim caso necessário poderá utilizar em algum momento durante a aula de campo.
O professor deverá verificar previamente as áreas verdes em que os alunos trabalharão. Organizar os alunos em grupos de mais ou menos cinco componentes e disponibilizar um roteiro para cada aluno explicando os procedimentos durante a realização do trabalho.
O trabalho de campo precisa ser organizado juntamente com os alunos. Para isso é necessário construir um roteiro que estabeleça horário de saída e chegada, objetivos da visita, local a ser visitado, material que se deve levar de que fazer no local, e como registrar as informações.
A observação é a principal ferramenta a ser utilizada durante um trabalho de campo. Ela requer conhecimento e, além disso, um envolvimento dos alunos. Observar é olhar para os lugares e para as paisagens geográficas de forma atenta, que permita compreender de modo minucioso os objetos e ações que dão existências aquela porção do espaço geográfico.
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