Poesia No Romantismo
Artigos Científicos: Poesia No Romantismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Junior121 • 4/8/2014 • 2.087 Palavras (9 Páginas) • 956 Visualizações
#Poesia no Romantismo/3 fases
1ª Fase - conhecida também como nacionalista ou indianista, pois os escritores desta fase valorizaram muito os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado como “bom selvagem" e, portanto, o símbolo cultural do Brasil. Destacam-se nesta fase os seguintes escritores: Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto Alegre e Teixeira e Souza.
2ª Fase - conhecida como Mal do século, Byroniana ou fase ultrarromântica. Os escritores desta época retratavam os temas amorosos levados ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da morte, tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores deste período morreram ainda jovens. Podemos destacar os seguintes escritores desta fase: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.
3ª fase - conhecida como geração condoreira, poesia social ou hugoana. Textos marcados por crítica social. Castro Alves, o maior representante desta fase, criticou de forma direta a escravidão no poema Navio Negreiro.
#Valorização do Nativo
Na poesia romântica, a evasão no tempo histórico levou os escritos ao passado mais remoto do seu país. Na Europa, esse passado foi a Idade Média. No Brasil, foi à época anterior ao descobrimento, ou seja, a época em que não se iniciara ainda a colonização portuguesa.
Surge então, no século XIX, uma tendência a poesia indianista, que valoriza o bom selvagem e toda a cultura indígena que não havia ainda sido tocada pela europeia. Essa ideia influenciou a primeira tendência da poesia romântica brasileira, a indianista, da qual Gonçalves Dias foi o grande representante. O poema a seguir faz parte dessa tendência.
Canção do tamoio
I
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.
II
Um dia vivemos!
E o homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.
III
O forte, o cobarde
Seus feitos inveja
De o ver na peleja
Garboso e feroz;
E os tímidos velhos
Nos graves concelhos,
Curvadas as frontes,
Escutam-lhe a voz!
IV
Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos seus na lembrança,
Na voz do porvir.
Não cures da vida!
Sê bravo, sê forte!
Não fujas da morte,
Que a morte há de vir!
V
E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.
VI
Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D'imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d'ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.
VII
E a mãe nessas tabas,
Querendo calados
Os filhos criados
Na lei do terror;
Teu nome lhes diga,
Que a gente inimiga
Talvez não escute
Sem pranto, sem dor!
VIII
Porém se a fortuna,
Traindo teus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz!
Na última hora
Teus feitos memora,
Tranqüilo nos gestos,
Impávido, audaz.
IX
E cai como o tronco
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa, conquista
Mais alto brasão.
X
As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos
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