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Pre Modernismo e Semana Arte Moderna

Por:   •  13/9/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.809 Palavras (8 Páginas)  •  1.253 Visualizações

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Introdução 

 

O pré-modernismo foi um período literário brasileiro, que teve seu desenvolvimento nas décadas de 1910 e 1920. Muitos estudiosos da literatura brasileira afirmam que foi um período de transição entre o simbolismo e o movimento modernista.

A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa. Todo novo movimento artístico é uma ruptura com os padrões utilizados pelo anterior, isto vale para todas as formas de expressões, sejam elas através da pintura, literatura, escultura, poesia, etc.  

Pré-modernismo

O pré-modernismo deve ser situado nas duas décadas inicias desde século, até 1922, quando foi realizada a Semana da Arte Moderna. Serviu de ponte para unir os conceitos prevalecentes do Parnasianismo, Simbolismo, Realismo e Naturalismo. O pré-modernismo foi considerado como fases, não possui um grande numero de representantes mas conta com nomes imenso valor para a literatura brasileira que formaram a base. O pré-modernismo, também conhecido como período sincrético. Os autores embora tivessem cultivado formalismo e estilismo, não deixaram de mostrar inconformismo perante suas próprias consciências dos aspectos políticos e sociais, incorporando seus próprios conceitos que abriram o caminho para o Modernismo. Na realidade, Pré-modernismo é um termo genérico que designa toda uma vasta produção literária.

Contexto histórico

Nesse período nossa literatura caracterizou-se pela ausência de uma única diretriz. Houve isso sim, um sincretismo estético, um entrecruzar de varias correntes artístico-literárias.  O pais viva na época uma constante tensão.

Nesse contexto, alguns autores refletiam o inconformismo diante de uma realidade sociocultural injusta e já apontavam para a irrupção iminente do movimento modernista. Por outro lado, muitas obras ainda mostravam a influencia das escolas passadas: realista/naturalista/parnasiana e simbolista. Essa dicotomia de tendência, uma renovadora e outra conservadora, gerou não só tensão, mas, sobretudo um clima rico e fecundo, chamado de Pré-Modernismo.

Para os autores, o momento histórico brasileiro interferiu na produção literária, marcando a transição dos valores éticos do século XIX para uma nova realidade que se desenhava. Por apresentarem uma obra significativa para uma nova interpretação de realidade brasileira, bem como pelo valor estilístico, limitaremos o pré-modernismo ao estudo de Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos. Assim, abordaremos o período que se inicia em 1902 e se estende ate o ano de 1922, com a realização da Semana da Arte Moderna (S.A.M.).  

Segue em alguns autores:

Afonso Henrique de Lima Barreto, foi um jornalista e escritor que publicou romances, sátiras, contos, crônicas e uma vasta obra em periódicos, principalmente em revista populares ilustradas. Nascido em 13 de Maio de 1881 no Rio de Janeiro, faleceu em 1 de Novembro de 1922.

Euclides Rodrigues da Cunha, foi um escritor e jornalista brasileiro. Era engenheiro, porem seu talento literário não passava despercebido. Nascido em 20 de Janeiro de 1866 no Rio de Janeiro, faleceu em 15 de Agosto de 1909.

Em destaque:

José Bento Renato Monteiro Lobato, nascido em 18 de Abril de 1882 em São Paulo. Foi um dos mais influentes escritores brasileiros de todos os tempos. Foi um importante editor de livros inéditos e autor de importantes traduções, ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis. A outra metade, consistindo de contos (geralmente sobre temas brasileiros), artigos, criticas, crônicas, prefácios, cartas, livros sobre a importância do ferro e petróleo. Escreveu um único romance, que não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças, que entre as mais famosas destaca-se “Reinações de Narizinho” 1931, “Caçadas de Pedrinho” 1933 e “O Picapau Amarelo” 1939. Formado em Direito, atuou como promotor publico ate se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô. É bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde a realidade e fantasia estão lado a lado. Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e ideias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, a sabia espiga de milho que tem atitudes de adulto; Cuca, vilã que aterroriza a todos do sitio; Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da famosa obra Sítio do Picapau Amarelo, que ate hoje é lido por muitas crianças e adultos.

Algumas obras infantis:

A menina do Nariz Arrebitado

O Saci

Fábulas do Marquês de Rabicó

Aventuras do Príncipe

Noivado de Narizinho

O Pó de Pirlimpimpim

Entre outras...

Principais características do Pré-Modernismo no Brasil:

 – Abordagem de problemas sociais brasileiros (desigualdade, conflitos, pobreza e exclusão social e politica). Estes temas serão retratados, principalmente, nas obras de dois importantes escritores do período: Lima Barreto e Euclides da Cunha.

– Regionalismo: valorização de aspectos culturais de regiões do Brasil.

– Estética literária marcada por valores do Naturalismo.

– Mistura de estilos literários de escola anteriores.

 – Surgimento, em alguns escritores (Lima Barreto, por exemplo) do uso da linguagem coloquial.

– Surgimento, embora o conservadorismo ainda se faça presente, de inovação técnicas na forma de expressão literária.

Importante: por não se tratar de uma escola literária, mas sim um período de transição, as características acima não estão presentes nas obras de todos os escritores pré-modernistas. Cada escritor possui seu próprio estilo e suas próprias temáticas de destaque.

 

 Arte Moderna

A Semana da Arte Moderna, realizada entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, em São Paulo no Teatro Municipal. Foi uma explosão de ideias inovadoras que aboliam por completo transformar o contexto artístico e cultural urbano, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na musica uma perfeição estética tão apreciada no século XIX. Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito, experimentavam diferentes caminhos. Isto culminou com a incompreensão e com a completa insatisfação de todos que foram assistir a este novo movimento. Logo na abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu poema Os sapos, foi desaprovado pela plateia através de muitas vaias e gritos, atrapalhando a sua leitura. Villa-Lobos fez uma apresentação musical. Entrou no palco calçando num pé um sapato e em outro um chinelo. O público também vaiou, pois considerou a atitude futurista e desrespeitosa. Depois, foi esclarecido que Villa-Lobos entrou desta forma, pois estava com um calo no pé. Ocorre que nem sempre o novo é bem aceito, isto foi bastante evidente no caso do Modernismo, que, a principio, chocou por fugir completamente da estética europeia tradicional que influenciava os artistas brasileiros.

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