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RESENHA CRITICA: O MORTAL IMORTAL

Por:   •  28/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  470 Palavras (2 Páginas)  •  819 Visualizações

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Resenha critica: O mortal imortal.

O conto de Mary Shelley ‘O mortal imortal’ escrito em 1833, conta a história de um rapaz chamado Winzy, aprendiz de um alquimista, que está tendo problemas com sua amada, Bertha, portanto ele então resolve tomar uma poção que o alquimista tinha preparado como sua experiência de anos, nesta poção Winzy acreditava que nela continha a cura do amor, ele não poderia ter se enganado tanto, porquê após ter se passado cinco anos, o alquimista em sua beira da morte confessa a Winzy que na verdade a poção não curava somente o amor, mas sim tudo, era um elixir da imortalidade.

Então Winzy era imortal. Será? Winzy se faz essa pergunta no decorrer do conto. Será que ele é mesmo imortal? Mas ele não bebeu todo o elixir, porém ele já viveu mais de trezentos anos. No começo era divertido, ele se sentia bem, alegre e com o coração leve. E por esses mesmos motivos acabou se casando com sua amada Bertha, que ficava mais velha e rabugenta através dos anos, e ele com o mesmo físico de quando tinha vinte anos. Então sua esposa morre, e ele perde a única ligação que ele tinha com a humanidade, e então ele vaga pelo mundo, ele não tem mais expectativas, sonhos, deveres, família, amigos, nada, ele não tem mais nada, ele apenas vaga pelo mundo sem rumo, sem ninguém. E quanto mais ele teme a morte ao mesmo tempo que a ideia de se matar passa pela sua cabeça, ele perdeu a motivação, porque o que faz um humano ter amor a vida é o medo da morte. Mas como alguém imortal teria amor a vida então?. Quase chegando ao fim do conto ele faz essa analogia ‘’Um marinheiro sem leme ou compasso, debatendo-se em um mar tempestuoso’’ e é assim que ele se sente, perdido e desamparado. E valeu a pena? Valeu ver as pessoas que ele amava morrer?

Os humanos tem a mania de sempre querer mais, sem se importar com as consequências, tentar mudar o percurso natural da vida, pensando em benefícios que podem não ser tão benéficos como eles imaginam , como foi apresentado neste conto a imortalidade tem um fardo enorme, ver as pessoas morrendo enquanto você continua o mesmo, ou quase, minha teoria diante deste conto é:

Ele não é imortal. Por não ter bebido todo o elixir ele acabou desacelerando sua velhice, porque acaba aparecendo cabelos brancos e rugas nele, bem mais demorado do que realmente deveria ser, quando suas primeiras rugas apareceram sua esposa já estava quase morrendo de velhice, portanto minha teoria é que, vai demorar, e muito, mas em algum momento ele ira morrer de velhice também.

Mesmo este conto sendo escrito em 1833, Mary Shelley continua deixando seus questionamentos através de gerações. E então, ele é mortal? Ou imortal?

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