RESENHA Platão e Aristóteles
Resenha: RESENHA Platão e Aristóteles. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: LIDIANNESP • 30/9/2014 • Resenha • 402 Palavras (2 Páginas) • 305 Visualizações
Deriva do vocábulo latino “narro” que significa “dar a conhecer”, “tornar conhecido”, o qual provém do adjectivo “gnarus”, que significa “sabedor”, “que conhece”. Por sua vez, “gnarus” está relacionado com o verbo “gnosco”, lexema derivado da raiz sânscrita “gnâ” que significa “conhecer”. O narrador é a instância da narrativa que transmite um conhecimento, narrando-o. Qualquer pessoa que conta uma história é um narrador.
Platão e Aristóteles distinguem três tipos de narrador: o orador ou poeta que usa a sua própria voz; alguém que assume a voz de uma ou mais pessoas que não a sua e que fala pela voz delas; alguém que usa uma mistura da sua própria voz com a de outras.
Alguém que conte uma história pode iniciá-la com a sua voz; depois poderá apresentar um narrador que vai continuar a narração, o qual, poderá apresentar outras personagens que também irão contar outras histórias. Neste caso estamos em presença de uma Rahmenerzählung, ou narrativa enquadrada, Marlow, que narra a viagem pelo Congo em Coração das Trevas, foi antes apresentado pelo primeiro narrador da obra; As Mil e uma Noites é a narrativa paradigmática da “história dentro da história”.
O narrador faz parte da narrativa. Ele assume a função de um actor na diegese, pode apresentar-se sob a forma do
pronome pessoal “eu”, “I am always drawn back to places where I have lived, the houses and their neighborhoods (...) during the early years of war, I had my first New York apartment (…)” Truman Capote, Breakfast at Tiffany’s, (1958); adaptar a identidade de um nome próprio, “Call me Ishmael. Some years ago – never mind how long precisely – having little or no money in y purse, and nothing particular to interest me on shore, I thought (…) Herman Melville, Moby Dick, (1851); ou manter uma mera voz narrativa, como no caso dos contos populares em que a voz do narrador se faz sentir através da simplicidade de “Era uma vez uma bela princesa que vivia (...). Em qualquer dos casos, trata-se de um sujeito com existência textual, “ser de papel”, como lhe chamou Barthes, e tem como função relatar eventos que constituem as alterações de estados sofridas por agentes antropomórficos, ou não, e situados no espaço empírico da narrativa. As funções do narrador vão para além do acto de enunciação e, visto que ele é o protagonista da narração, a sua voz pode ser percebida através de intrusõ
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