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RESENHA CRÍTICA – CURRICULO, CONHECIMENTO E CULTURA

RESENHA CRÍTICA – CURRICULO, CONHECIMENTO E CULTURA

Trabalho de cunho avaliativo apresentado a componente curricular de currículo do curso de pedagogia 2º semestre na Faculdade Atual e orientado pelo professor Rildo Nascimento.

CURRICULO, CONHECIMENTO E CULTURA

Segundo Moreira e Candau, as questões que envolvem o tema currículo, tem sido alvo de preocupação por vários grupos sociais: autoridades, professores, gestores, pais, estudantes e membros da comunidade o que não poderia ser diferente, visto que, os profissionais da educação precisam estar em constante pesquisa na tentativa de facilitar a aprendizagem dos alunos.

O conceito da palavra currículosubentende-se de várias formas como por exemplo: os conteúdos a serem estudados e apreendidos, as experiências e as aprendizagensescolares a serem vividospelos alunos.

Penso que a discursão sobre o que se deve ensinar e a quem naescola sempre demanda novas análises, novos ângulos e novas perspectivas. É uma discussão que precisa sempre se renovar, ainda mais que nossa escola tem tido dificuldade dedecidir e como ensinar aos alunos de grupos sociais oprimidos. Fracasso e exclusão continuam a marcar nossa escola (Regina Leite Garcia e Antônio Flavio BarbosaMoreira).

Os planos pedagógicos elaborados pelos professores, escolas e sistemas educacionais, os objetivos a serem alcançados por meio do processos de ensino e os processos de avaliação terminam por modificar os conteúdos e os procedimentos selecionados nos diversos graus de escolarização.

Sem pretender considerar qualquer umas dessas ou de outras concepções como certa ou como errada, já que elas refletem variados posicionamentos, compromissos e pontos de vista teóricas, podemos afirmar que as discussões sobrecurrículo, incorporam com maior ou menor ênfase, discussões sobre os conhecimentos escolares, sobre os procedimentos, e as relações sociais que conformam o cenário em que os conhecimentos se ensinam e se aprendem sobre as transformações que desejamos efetuar nos alunos e alunas, sobre os valores que desejamos encucar e sobre as identidades que pretendemos construir. Discussões sobre conhecimento,verdade, poder e identidade, marcam invariavelmente os debates sobre questões curriculares (Silva, 1999 a).

É importante ressaltar que a palavra currículo tem sido usada para verificar efeitos alcançados na escola, sendo difícil a sua identificação por alguns não estarem definidos nos planos e propostas escolares, trata-se do currículo oculto, e constitui rituais e praticas, relaçõeshierárquicas, regras e procedimentos, modo de organização do espaço e do tempo na escola, distribuição dos alunos: agrupados, enfileirados ou em círculo; o jeito como a escola ensina como a criança deve tratar o professor(tia, fulana ou professora), as mensagens implícitas na fala da professora e no livro didático (como por exemplo o conceito de família geralmente ligada a família tradicional de classe média).Que efeito nossas práticas estão surtindo, será que não estamos contribuindo para apermanência de uma sociedade racista e discriminante?

Vale enfatizar que independente da concepção que adotamos da palavra currículo, temos certeza de sua importância para o processo educativo escolar; visto que o professor tem um papel de fundamental importância para a construção do currículo e sua materialização através do resultado obtido pela sociedade. Daí a necessidade de constantes discursões, reflexões, e redefinições escolares, tanto o currículo formalmente planejado e desenvolvido, como o currículo oculto e é nossa obrigação enquanto profissionais da educação participamos criticamente e criativamente na elaboração de currículos mais atraentes, democráticos e fecundos.

Como recursos podemos e devemos nos dispor de documentos oficiais, como: ai Lei de Diretrizes e Bases, as Diretrizes Curriculares Nacionais, as Propostas Curriculares Estaduais e Municipais, além dos congressos, seminários e publicações de periódicos que estão circulando de forma expressiva no País.

Recentes análises desses estudos destacam que as preocupações dos pesquisadores tem se desligado das relações entre currículo e conhecimento escolar para as relações entre currículo e cultura (Moreira, 2002 a).

Entende-se que o conhecimento escolar e um dos elementos centrais do currículo e que a aprendizagem deste fornece condições para que os conhecimentossocialmente produzidos sejam assimilados, criticados e até mesmo reconstruídos por todos os alunos brasileiros. Por isso torna-se importante que o ensino seja ativo e efetivo com um professor que conheça bem, escolha, organize e trabalhe no sentido de seleciona-los afim de torná-los relevantes e significativos para os alunos a ponto de habilita-los a fazer mudanças no contexto social ao qual estáinserido e que ao mesmo tempo promova sua ampliação cultural.

O conhecimento escolar tem característica próprias que se distinguem deoutras formas de conhecimento, podemos entende-lo como um tipo de conhecimento produzido pelo sistema escolar e pelo contexto social e econômico mais amplo, que nasce das relações de poder determinadas pelo aparelho escolar e entre esse aparelho e a sociedade (Santos,1995).

Por bem ou por mal a cultura agora é um dos elementos mais dinâmico – e mais imprevisíveis – da mudança histórica do novo milênio. Não deve nos surpreender, então, que as lutas sejam crescentemente, simbólicas e discursivas ao invés de tomar simplesmente uma forma física e compulsiva, e que as próprias políticas assumam a feição de uma política cultural.

A pluralidade cultural atinge de forma violenta e súbita os espaços sociais e na escola não poderia ser diferente, causando confrontos e conflitos entre os estudantes e insegurança entre os profissionais da educação, porém essa mesma pluralidade possibilita o enriquecimento e a renovação das chances na atuação pedagógica.

E os filmes que tivemos a oportunidade de assistir relatam muito bem a dura realidade que vivem algumas famílias das mais variadas escalas da sociedade, observamos que independente da classe social ou racial todos temos algumas necessidades particulares, relacionadas as questões; financeiras, emocionais, afetivas ou raciais. Porém é triste comprovar que num país onde existe uma extensa variedade cultural ainda seja possível nos depararmos com tanta descriminação entre as pessoas. O problema