Resenha Critica
Pesquisas Acadêmicas: Resenha Critica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lsdcrz • 12/10/2013 • 898 Palavras (4 Páginas) • 368 Visualizações
Modelo de resenha crítica
Recentemente, J.K. Rowling, a criadora de Harry Potter, lançou Os Contos de Beedle,
o Bardo (Rio de Janeiro: Rocco), mesmo após ter declarado que “Harry Potter e as Relíquias
da Morte”, o sétimo livro da série, encerraria a saga do bruxo. De fato, neste livro não
sabemos nada mais de Harry, já que nem mesmo ele é citado na obra. Entretanto, Beedle nos
leva de volta ao mundo dos bruxos, ao universo de Harry Potter; além disso, seus contos,
como se sabe, foram citados e lidos por seus colegas de escola. A propósito, segundo
Rowling, o que a levou a publicar essa coletânea de histórias (já foram publicados “Animais
fantásticos e onde habitam” e “Quadribol através dos séculos”) foi uma “novíssima tradução
dos contos feita por Hermione Granger”, a amiga sabida de Harry Potter.
O livro de Rowling traz cinco “histórias populares para jovens bruxos e bruxas”, mas
que, com as notas explicativas da autora, podem ser perfeitamente lidas pelos “trouxas”
(como Rowling se refere às pessoas sem poderes mágicos, como nós). Nessas notas, Rowling
esclarece alguns termos próprios do mundo dos bruxos como, por exemplo, “inferi”, que, “são
cadáveres reanimados por magia”.
No mundo dos bruxos, Beedle, poder-se-ia dizer, tem a importância do escritor
dinamarquês Hans Christian Andersen e suas histórias se assemelham em muitos aspectos aos
nossos contos de fada. Aliás, seus contos tiveram o mesmo destino dos nossos contos de
fadas, ou seja, caíram no gosto das crianças e, como lemos no prefácio do livro, são
usualmente contadas antes de dormir. Ademais, como afirma Rowling, nesses contos, assim
como costuma acontecer nos contos de fadas, “a virtude é normalmente premiada e o vício
castigado”.
Nos contos de Beedle, no entanto, a magia nem sempre é tão poderosa quanto se
pensa: seus personagens, apesar de serem dotados de poderes mágicos, não conseguem
resolver seus problemas somente com magia. As histórias mostram, desse modo, que ao
contrário do que se pensa, a mágica pode tanto resolver quanto causar problemas ou pode
também não ter efeito nenhum.
Quanto às heroínas do livro, elas são em geral bem diferentes daquelas dos contos de
fada “tradicionais”, ou seja, ao invés de esperarem por um príncipe que as venham salvar, elas
enfrentam o próprio destino. No conto “A Fonte da Sorte”, por exemplo, são as três bruxas,
Asha, Altheda e Amata, que procuram (juntas) a solução para seus próprios problemas. Elas buscam amor, esperança e a cura para uma doença na chamada “fonte da sorte”. Ao final da
estória, elas alcançam aquilo que desejam, muito mais por méritos próprios do que pela magia
das águas da fonte que, mesmo sem saberem, “não possuíam encanto algum”.
Na verdade, os heróis dos contos não são aqueles com maiores poderes mágicos, mas
sim aqueles que demonstram bom senso e que agem com gentileza. Um exemplo é “O conto
dos três irmãos”, onde o irmão mais novo, ao se confrontar com a Morte “em pessoa” não
tenta trapaceá-la nem fazer mal a alguém. Desse modo, ao contrário dos seus irmãos, ele tem
um final feliz, pois “acolheu, então, a Morte como uma velha amiga e acompanhou-a de bom
grado, e, iguais, partiram desta vida”.
Para aqueles que sentiam falta de Dumbledore, o poderoso mago Diretor de Hogwarts,
J.K. Rowling mata um pouco da saudade: no final de cada conto, há explicações e
comentários do bruxo,
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