Resenha Critica

Discente: Samara Luciano de Oliveira.

RESENHA CRITICA

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. -3 ed., 5ª reimpressão – São Paulo: Contexto, 2011.

Ingedore Grunfeld Villaça Koch nasceu na Alemanha e veio para o Brasil ainda criança, é uma linguista brasileira, considerada referência nacional em línguística aplicada. É mestre e doutora em Língua Portuguesa, livre-docente em Análise do Discurso, atuou nos cursos de Letras e Jornalismo, é professora titular do Departamento de Linguística do IEL - Unicamp. É autora e coautora de inúmeras obras e tem diversos trabalhos publicados em revistas e coletâneas, no país e no exterior. Seus livros são bibliografias básicas de qualquer curso de letras do Brasil.

Ao iniciar a obra, a autora cita a importância da leitura em nossa vida e o quanto é fundamental o hábito de ler. Diante desse pensamento, fica claro que a leitura e seu hábito são indispensáveis. É através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Sendo que, a obra fica a desejar os motivos pelos quais a leitura e o hábito são essenciais. A leitura nos permite refletir, estimular a criatividade, facilitar a comunicação e aprimorar a linguagem. Ao nos habituarmos a leitura, aumentamos nossa capacidade de escrever e argumentar.

Em seguida, a autora apresenta a língua como exposição do pensamento do sujeito individual, visto como aquele que exerce ideia e almeja que esta seja entendida da maneira como foi elaborada. O texto é visto como produto lógico do pensamento do autor, sendo o leitor obrigado a interpretar com as mesmas intenções de que o texto foi escrito. A leitura, assim, é entendida como o exercício de absorção das ideias do autor. Desavindo com a ideia, o entendimento do texto pela pessoa que está lendo nem sempre será o mesmo pensamento do escritor, pois se sabe que, cada individuo tem seu modo de pensar e entender diferente. Mesmo sabendo que alguns pensamentos podem ser comuns, não implica dizer que todos os pontos estejam de acordo.

Consecutivamente, a língua se compreende como ferramenta de comunicação que condiz com o sujeito inconsciente. Em meio dessa condição, o texto é o simples produto de codificação para ser decodificado pelo leitor/ouvinte. Sendo assim, a leitura, é o reconhecimento dos significados das palavras e estrutura do texto. Só que o leitor nem sempre tem o compreendimento da linguagem que está sendo usada. Dessa forma, não se consegue entender os sentidos das palavras, tornando-se impossível a compreensão sobre a estrutura do texto.

Posteriormente, o sujeito é entendido como construtor da realidade social, aquele que se constrói e é construído por intermédio do texto. Nessa concepção, a leitura é captada como a construtora dos sentidos, onde se leva em consideração os saberes do leitor. De acordo com o que diz a autora, a leitura envolve em primeiro lugar, a identificação dos símbolos impressos de carinhas (letras e palavras) e o relacionamento destes com os seus respectivos sons, exigindo seleção, antecipação, interferência e verificação. A leitura é um processo de construção, para que se tenha entendimento mais claro sobre o texto é necessário o uso