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Resenha - Marcos Bagno

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Por:   •  17/12/2012  •  457 Palavras (2 Páginas)  •  1.694 Visualizações

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Essa resenha se refere ao livro "Preconceito Linguístico" que tem como tema central a linguística, onde ao desenrolar do livro o autor vai demonstrando os preconceitos que os falantes nativos da língua portuguesa continuam sofrendo até hoje. Mas que na verdade deveria ser chamado de português brasileiro, pois vem se diferenciando de Portugal.

O autor Marcos Bagno mestre em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco e Doutor pela Universidade de São Paulo, atualmente professor acadêmico também é contista, poeta, tradutor, e autor. Amante da língua portuguesa e defensor da linguística especificamente. Ele defende uma língua com suas variações linguísticas, e que seus preconceitos sejam superados e façam apenas parte do passado.

O desenvolvimento do livro é dividido em quatro partes, onde a primeira fala em detalhes sobre os principais mitos que a língua sofre, que são mostrados em nove na obra. Na segunda parte o autor fala do círculo vicioso do preconceito linguístico, que diz respeito a forma em que se é ensinada a gramática tradicional como se fosse a única forma de ensinar a língua. Taxando de errado qualquer outra forma diferente.

Ele fala também da desconstrução do preconceito linguístico na terceira parte, mostrando que só depende dos falantes da língua materna mudar essa situação, parando de acreditar naqueles mitos que não passam de pensamentos menospreza dores. E logo após ele fala do preconceito que os linguistas e a linguística sofrem dos conservadores da gramática normativa, que considera tudo que não está de acordo com ela como erro.

A obra é de grande valor científico, pois defende umas das ciências mais importantes que é a língua portuguesa, e está sim em constantes mudanças como toda e boa ciência, e as pessoas que não acompanham essas mudanças deveriam se sentir ultrapassadas ao invés de agir de maneira preconceituosa. Ao longo do livro Marcos Bagno vai derrotando os mitos e mostrando porque além de serem mitos, eles não possuem conteúdo científico e são danosos aos falantes da língua.

No mito dois ele fala de uma atitude preconceituosa que é de costume do povo brasileiro de se achar sempre inferior em relação a outros países, principalmente quando um desses países já foi sua metrópole. O autor mostra bem isso na página 36 que se refere ao mito de que o brasileiro não sabe português, onde na verdade ele não sabe a gramática, e que é em Portugal se fala melhor. Outro ponto que tem importância crucial para entender o verdadeiro sentido da obra, é quando se fala que não existe precisamente o certo ou o errado na língua, mas sim as situações adequadas de se comportar em relação a fala, em diferentes ocasiões . Dando a entender que não devemos usar a língua de forma inadequada, mas que podemos ser poliglotas na mesma língua.

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