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RESENHA CRÍTICA DE MARCOS BAGNO

Por:   •  1/4/2018  •  Resenha  •  1.276 Palavras (6 Páginas)  •  1.187 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA CAMPUS EUNÁPOLIS

CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

        RESILLY MEDRADO COSTA

RESENHA CRÍTICA DO CAPÍTULO lll, DO LIVRO DE MARCOS BAGNO

EUNÁPOLIS

2017


RESILLY MEDRADO COSTA

RESENHA CRÍTICA DO CAPÍTULO lll, DO LIVRO DE MARCOS BAGNO

Este trabalho tem como objetivo resenha do lll capítulo do livro “Preconceito Linguístico o que é como se faz”. Sob a orientação da Professora: Fernanda Mariano, como requisito parcial da disciplina de Português Instrumental, no Curso Técnico de Segurança do Trabalho.

EUNÁPOLIS

2017

  1. INFORMAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

BAGNO, M. Preconceito Linguístico o que é, como se faz. 48ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 1999. P. 96-132.

  1. DADOS SOBRE O AUTOR

Graduado e mestrado em letras pela Universidade Federal de Pernambuco, doutor em língua portuguesa pela Universidade de São Paulo e atualmente professor na Universidade de Brasília. Prêmios importantes: “João de Barro” (literatura infantil, 1988), “Cidade do Recife” (poesia, 1988), “Cidade de Belo Horizonte” (contos, 1988), “Estado do Paraná” (contos, 1989) e “Carlos Drummond de Andrade” (poesia, 1989).

Principais obras: A invenção das horas (contos) (1988), O papel roxo da maçã (infantil) (1989), Rua da Soledade (contos) (1995), A Língua de Eulália (novela sociolinguística) (1997), Pesquisa na escola: o que é, como se faz (1998), Dramática da língua portuguesa: tradição gramatical, mídia & exclusão social (2000), Português ou brasileiro? Um convite à pesquisa (2001), Norma linguística (org.) (2001), Linguística da norma (org.) (2002).

  Ele é, também, poeta, contista, tradutor e autor de livros voltados ao público infanto – juvenil, contudo, Bagno ganha importante notoriedade ao escrever seus livros sobre o debate do ensino do português brasileiro, desempenhando um importante papel dentro da sociolinguística.

  1. DADOS SOBRE A OBRA

Dividida em quatro capítulos, o professor, linguista e filólogo Marcos Bagno aborda sobre os diversos aspectos da língua bem como o preconceito linguístico e suas implicações sociais. Sem dúvidas é um dos livros mais importantes do autor Marcos Bagno, que já havia abordado em suas obras: “Linguística da norma” e “A língua de Eulália” a maneira preconceituosa como a língua é tratada na sociedade, e retoma este tema de forma inteligente neste livro de grande importância para a linguística brasileira.

  1. POSICIONAMENTO CRÍTICO

O terceiro capítulo com o título “A desconstrução do preconceito linguístico” sugere que muitas mudanças precisam acontecer, tem por objetivo desconstruir e acabar com preconceito, suas subdivisões que totalizam sete, traz um panorama do direcionamento a ser seguido, o primeiro passo é o “Reconhecimento da crise”, os passos seguintes são: “Mudança de atitude”, “O que é ensinar português?”, “O que é erro?”, “Então vale tudo?”, “A paranoia ortográfica” e “Subvertendo o preconceito linguístico”.

No primeiro subcapítulo o autor ressalta que professores contemporâneos já admitem que a gramática tradicional já não sirva como único instrumento de ensino, e que o ensino língua portuguesa encontra-se em um momento muito difícil, Bagno afirma que não preciso saber gramática para falar e escrever bem, sobre a norma padrão, ele comenta sobre suas regras sem lógica e sem nexo, no capítulo em questão ele evidencia normas cultas é exclusiva a poucas pessoas.

Essa norma padrão trata-se na realidade, de um ideal ligado ao português de Portugal, a opção estilística de grandes e renomados escritores do passado ou até mesmo ao gosto pessoal do gramático o que expressa uma peculiaridade. Por esse motivo se faz necessário à criação de uma nova gramática brasileira, valendo-se da verdadeira língua falada pelos brasileiros valorizando a língua materna.

 O terceiro capítulo é essencialmente direcionado a uma crítica, por que o acesso às formas prestigiadas de falar é exclusivo a poucas pessoas no Brasil? Entendo que essa pergunta envolve razões: políticas, econômicas, sociais e culturais. Podemos observar isso só na quantidade injustificável de analfabetos que existe nesse país. Porém, não falo só em analfabetos absolutos, existem aqueles que não compreendem textos mais longos, ou que ainda permanecem no nível básico e não são considerados completamente alfabetizados. Temos milhões de desempregados e ao mesmo tempo sobram vagas para cargos e funções que exigem um nível de formação um pouco acima daquela média. Com tantos analfabetos plenos e funcionais, lamentar a “decadência” ou “a corrupção” da “língua culta” no Brasil é, no mínimo, uma atitude cínica, ou simplesmente um forma de excluir a maioria.

         Segundo, por razões históricas e culturais, a maioria das pessoas plenamente alfabetizadas não cultiva nem desenvolvem suas habilidades linguísticas. Ler e, sobretudo, escrever não fazem parte da cultura das nossas classes sociais mais escolarizadas. Além disso, nossa população socioeconômica mais privilegiada não faz da leitura um de seus hábitos culturais mais frequentes. Noto que o ensino tradicional em vez de incentivar o uso das habilidades linguísticas do individuo, deixando-o expressar-se livremente, age exatamente ao contrário: interrompe o fluxo natural da expressão e da comunicação com a atitude corretiva (e muitas vezes punitiva). Como consequência, temos a criação de um sentimento de incapacidade e incompetência do falante.

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