Resenha O Corpo Fala
Ensaios: Resenha O Corpo Fala. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Dislane • 8/9/2013 • 627 Palavras (3 Páginas) • 1.913 Visualizações
“O Corpo Fala”, de Pierre Weil e Roland Tompakow, procura mostrar a linguagem manifestada pelo corpo, nos diversos tipos de relacionamentos humanos que temos ao longo de nossas vidas.
Os autores usam a esfinge, como referência para “traduzir” a linguagem corporal. Colocam as três partes da esfinge para mostrar como é dividido o homem: o boi, seria a referência para os instintos (ou desejos); o leão, refere-se aos sentimentos e, a águia estaria ligada aos pensamentos (ou consciência).
O homem somente conseguirá o equilíbrio, quando dominar os “três animais” dentro de si e nada acontece na vida sem que este equilíbrio se estabeleça.
A mesma coisa acontece com os relacionamentos interpessoais: se não existir uma atração de águia para águia, de boi para boi e de leão para leão, o relacionamento poderá ser incompleto.
Mesmo no dia-a-dia, podemos ver estes sinais com que as pessoas passam seus sentimentos em relação a nós e aos outros. O corpo diz, em uma linguagem não verbal se está havendo ofeedback, ou seja, boa receptividade na forma como estamos tentando nos comunicar.
A forma como as pessoas se comportam, como colocam os membros em nossa direção ou em direção oposta pode nos dizer sobre seu interesse em que continuemos nossa comunicação, nossa interlocução ou não.
Para nós, jornalistas essa linguagem pode ser muito importante. Afinal, temos que ser observadores diferenciados dos acontecimentos e das pessoas. Temos que estar sempre atentos se nosso interlocutor está mentindo, sendo sincero, desviando o olhar, nervoso, enfim o corpo pode denunciar muitas coisas que podem ser importantes para fazermos bem nosso trabalho.
O ponto negativo do livro está em sua linguagem maçante, repetitiva. Embora o ser humano seja muito menos observador do que realmente precisaria ser, esse livro “chove no molhado”. Durante toda a nossa existência, desde tenra idade, aprendemos a decifrar esses códigos do corpo. Nada do que foi discutido é novidade. O nosso dia-a-dia, já nos ensina quando estamos sendo rejeitados ou bem aceitos. Não há como se fazer um manual e entregar tudo pronto, como se não fossemos encontrar pessoas dissimuladas que conseguirão fazer com que a linguagem corporal, apenas nos leve a creditar em coisas que interessem somente a eles.
Podemos destacar também, que traz alguns erros, que um livro dedicado a acadêmicos, não poderia cometer. Por exemplo: descodificar aparece em vários trechos, quando o certo seria decodificar, que segundo o Grande Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa quer dizer – v. t. 1. Efetuar uma decodificação; decifrar. – 2. Escrever em linguagem clara e comum um texto escrito em código.
Outro ponto que podemos identificar no livro é seu lado “machista”. A mulher aparece na maioria dos desenhos como inferior, subalterna, como “caça”, até mesmo usando uma forma pejorativa de mostrá-la como a sogra, que tenta atrapalhar um relacionamento. O homem, sempre aparece como exemplo de altivez, sempre numa posição bastante superior. Acredito que este tipo de imagem subjetiva pode intensificar o posicionamento machista que impera em nosso mundo e, isso, psicologicamente, não é bom. Por que em nenhum dos desenhos aparece uma mulher, tentando seduzir um homem? Ou, quando a relação é de trabalho, a mulher como chefe, conduzindo a ação? São observações
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