Resumo da Obra "Maus A Historia de Um Sobrevivente"

Passado e presente de uma vida de rato.

“Maus – A história de um sobrevivente.”

Na obra “Maus – A história de um sobrevivente” Art Spiegelman, o filho de um polonês sobrevivente do holocausto, retrata em quadrinhos a vida de seu pai, Vladek, e sua mãe, Anja, sobrevivendo à perseguição nazista durante a Segunda Guerra Mundial e as conseqüências que isso trouxe a toda a família. Spiegelman utiliza de antropomorfismo, transformando os judeus em ratos, nazistas em gatos, norte-americanos em cães e poloneses em porcos e enfatiza a desumanização da época, com o uso de desenhos realistas e que contrastam com a fantasia panglossiana de Wall Disney em Mickey Mouse.

Nesse livro o autor consegue exprimir a dor e a humilhação de tal período, trazendo um entendimento do mal causado e cria a sensação de vergonha do poder de crueldade da raça humana. Com o uso de narrativas no passado e no presente, conseguimos vivenciar as marcas psicológicas deixadas em todos os sobreviventes, que se passa por várias gerações e marcam a personalidade dos personagens, inclusive do próprio Artie. Outra característica que diferenciava a descendência dos personagens foi trazida nas falas, onde os judeus não conjugam verbos e usam somente artigos femininos.

Conseguimos perceber também por acontecimentos ao longo do livro a diferença no tratamento de classes, onde a população com maior poder financeiro resiste melhor às conseqüências da guerra, inclusive judeus que conseguem escapar por mais tempo dos campos de concentração, como é o caso de Vladek e Anja, que graças ao dinheiro da família abastarda de Anja conseguiram evitar o destino trágico de muitos judeus. O medo da ameaça comunista, fator considerável para a ascensão de Hitler no poder e seu grande apoio, também é exposto nos quadrinhos.

Portanto, esse relato quebrou o estereótipo das histórias em quadrinhos com heróis e finais felizes porém trouxe realmente História para os quadrinhos e expõe os horrores do Holocausto e como sobreviver aos campos de concentração vai muito mais além de sair deles vivo.