SÍNTESE DOS TEXTOS RETIRADOS DO LIVRO A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DO LIVRO ESTADO MILITAR

SÍNTESE DOS TEXTOS RETIRADOS DO LIVRO A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DO LIVRO ESTADO MILITAR

O texto de Aranha (1996) trata numa perspectiva histórica a ação dos movimentos estudantis: Centros Populares de Cultura (CPC); Movimentos de Cultura Popular (MCP) e os Movimentos de Educação de Base (MEB) que defendiam uma nova forma de educação, possibilitando a participação da população e desenvolvendo a criticidade dos estudantes, com o golpe militar em 1964, esses movimentos de conscientização popular foram interrompidos, surgindo renovações no âmbito educacional na perceptiva da ditadura, com cuidado na formação dos professores e condições de trabalho, mas essa iniciativa foi interrompida.

Nesse período de ditadura não era possível o povo se expressar, as escolas passaram a ser controladas pelo governo, restringindo o acesso dos trabalhadores e o pais se torna reprimido pelo regime. O ensino de Educação Moral e Cívica se tronou obrigatório. A situação explosiva e a repressão provocam a radicalização do movimento estudantil, influenciados pelas revoltas começadas em Paris. O governo regulamenta o decreto lei nº 477 que proíbe os professores, alunos e funcionários das escolas, toda e qualquer manifestação de caráter politico. O Clima de repressão estava instaurado no Brasil pela ditadura.

Ocorre uma reformulação em todos os aspectos educacionais, nas leis da LDB definindo as diretrizes de reforma, modificação nos vestibulares para sistema classificatório, reformas do ensino de 1º e 2º graus ampliando a obrigatoriedade do ensino com alterações curriculares e se estendendo para o ensino primário e médio, cujo marco principal é a lei 5.692/71 que fixa as diretrizes.

Germano (1994) trata sobre oque motivou o Estado a levar adiante um projeto de reforma educacional, esse mesmo Estado que concorreu decisivamente para acentuar a miséria social dos despossuídos, ao adotar políticas restritivas ao trabalho e favoráveis ao capital. A politica educacional é, entre todas as outras políticas setoriais, talvez o exemplo mais patente de como o Estado procura produzir uma aparência de igualdade

 A politica educacional em apreço é primeiramente uma questão de hegemonia, posta por um Estado em que a função de domínio, conforme foi dito, é claramente predominante em virtude da forma de ditadura militar que ele assumiu nessa quadra da historia. No caso da educação isso é evidente, na medida em que o esforço de aprendizagem individual é colocado no lugar da discussão politica coletiva e organizada como meio adequado de transformação social.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda – História da Educação, 2º ed. São Paulo: Moderna, 1996.

GERMANO, José Willington. Estado Militar e Educação no Brasil, 2ª ed. São Paulo, Cortez, 1994.

...