Resumo do texto e da aula sobre o livro "Desenho Ambiental: uma introdução à arquitetura da paisagem com o paradigma ecológico"
Por: frederico augusto • 8/3/2017 • Resenha • 586 Palavras (3 Páginas) • 2.279 Visualizações
Resumo do texto e da aula sobre o livro "Desenho Ambiental: uma introdução à arquitetura da paisagem com o paradigma ecológico"
Nesse livro, Maria de Assunção Ribeiro Franco discute principalmente a importância da relação entre o projeto paisagístico com o meio artificial, construído pelo homem. A obra faz um levantamento de projetos e arquitetos desde a década de 50, quando a preocupação com o espaço externo começa a ganhar força.
A partir da segunda metade do século XX, arquitetos como Burle Marx, Barragán, Ernest Kramer e Thomas Church, entre outros são os primeiros a propor uma visão diferenciada sobre o paisagismo. Oposta aos modelos de jardins ingleses e franceses, baseados principalmente na funcionalidade e formalidade, respectivamente.
Roberto Burle Marx, arquiteto brasileiro, baseia seus projetos na criação de formas orgânicas, com um viés artificial, com o intuito de representar a naturalidade do ambiente sem perder a atuação do homem. Foi também reconhecido pela sua valorização pela flora nacional e pela genialidade na combinação de diferentes espécies nativas.
Luís Barragán, em seus projetos, costumava contrastar elementos arquitetônicos modernos e meio ambiente. Caracterizado como surrealista, pela autora. Em Cuadra de San Cristóban, é nítida essa contraposição, como o espelho d'água que reflete o azul do céu e a cor chamativa das paredes, ou o verde denso das árvores ao fundo com as formas geométricas dos elementos. Gerando uma sensação de atemporalidade ao ambiente.
A inserção dos Jardins Japoneses, na cultura Ocidental, foi uma das maiores rupturas dos ideais de paisagismo até então compartilhados. Considerado como "jardim morto", o jardim japonês se faz composto por materiais brutos, pedras, areia, madeira, entre outros, dispostos no espaço a fim de proporcionar tranquilidade e reflexão espiritual, pelo fato que cada elemento usado, possui um propósito. Entretanto, no ocidente, grande parte dos projetos não eram baseados nesse misticismo e filosofia. Até então, a não utilização da vegetação em um jardim era ilógico.
No pós Segunda Guerra Mundial, devido à grande destruição ambiental e diminuição dos recursos naturais da Terra. Uma nova corrente de arquitetos e designers, se voltaram para a criação de projetos, que não só atendessem a estética, mas sim aos valores ecológicos de preservação e qualidade de vida no ambiente urbano. Dentre eles, estão Lawrence Halprin e Ian Mcharg, pioneiros no desenvolvimento do Desenho Ambiental.
Consequente à maior atenção voltada para o meio ambiente, muitos artistas passaram a utilizar a natureza como tela de suas obras, ou seja, passaram a trabalhar com o meio ambiente como forma de arte. Por exemplo, Simon Beck, que reproduz desenhos na neve através de suas pegadas, ou Robert Smithson que reproduziu um espiral de dimensões monumentais em alto mar, utilizando pedras, entre outros.
O Deconstrutivismo foi um movimento que teve como premissa a ruptura dos valores até então utilizados. No Desenho Ambiental não foi diferente. Os paisagistas adeptos à essa linha filosófica como Martha Schwartz, e Alexandre Chemetoff, se utilizaram de formas e combinações em seus projetos que outrora seriam repudiáveis esteticamente.
Contudo, paralelo à alguns arquitetos paisagistas,
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