Sociologia - Cultura

CULTURA

A junção de toda a produção humana forma o universo simbólico, chamado de cultura. Esta então constitui as práticas, saberes, valores e normas que organizam uma sociedade e nós, somos produtos e produtores da cultura em que vivemos.

O olhar sobre as diferenças culturais

É perceptível que a criação de símbolos humanos não é igual em todo o lugar. O significado de uma vaca no Brasil não é o mesmo que na Índia. Assim, o fato de os valores das diferentes sociedades não serem os mesmos levou a tentativa de explicação para essa diferença. Entre essas explicações encontramos dois determinismos: o biológico, onde as diferenças entre os seres humanos são explicadas com base em características biológicas herdadas, ou seja, as sociedades seriam diferentes devido às distintas características biológicas; e o geográfico, onde as características geográficas são tomadas como modelo para a explicação das diferenças entre as sociedades.

Apesar da influência que ainda exercem sobre o senso comum, essas duas doutrinas foram superadas, visto que sociedades com origens biológicas semelhantes desenvolvem comportamentos e formas de organização diferentes entre si e que sociedades que ocupam a mesma região geográfica também podem ser diferentes em muitos aspectos.

Em oposição aos determinismos citados, a Antropologia tenta dar conta de todos os aspectos das sociedades humanas que não são biológicos ou naturais, mas transmitidos por meio da interação social, e que constituem seu universo simbólico.

Nesse sentido, as diferenças entre as sociedades humanas são explicadas pelos valores e práticas aprendidos na vida em sociedade, e sua configuração está relacionada a escolhas e experiências históricas vividas em cada comunidade. Assim surge a concepção de que as diferenças entre os homens e suas respectivas sociedades devem ser atribuídas à cultura.

Assim, teremos três grandes visões sobre as diferenças culturais:

EVOLUCIONISMO: forma como os primeiros teóricos da cultura, como Edward Tylor, via as diferenças. Segundo ele, as sociedades e as religiões teriam um ponto de convergência, e, assim, a cultura seria resultado de um constante processo evolutivo. Essa perspectiva é considerada etnocêntrica, pois teria como último estágio evolutivo a sociedade europeia.

Selvagem Bárbaro civilizado

Antropologia de gabinete, ou seja, não ia fazer pesquisa de campo.