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Síndrome De Alexander

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Por:   •  10/5/2014  •  846 Palavras (4 Páginas)  •  2.332 Visualizações

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A DOENÇA DE ALEXANDER OU SÍNDROME DE ALEXANDER

A doença ou síndrome de Alexandre consiste em um transtorno genético raro, de caráter autossômico dominante, que acomete a substância branca do cérebro, especialmente de lactentes e crianças, habitualmente levando à morte dentro de alguns anos após seu surgimento.

A doença de Alexander é primariamente uma alteração dos astrócitos, que fazem parte das células de suporte dos neurônios (neuroglía). Entre os astrócitos, os mais comuns na substância branca são os de tipo fibroso. Estes últimos caracterizam-se porque em seu citoesqueleto contêm um filamento intermédio, a já mencionada PAFG, que ao mutar constrói uma estrutura proteica defeituosa.

Esta se armazena junto com a ubiquitina e outras duas proteínas de choque térmico, as já conhecidas fibras de Rosenthal. Podem-se localizar em todo o sistema central, tanto no cérebro como na medula espinal, mas em especial nos copos sanguíneos da superfície do cérebro.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a ocorrência desta doença é rara, com a forma infantil, que representa cerca de 63% dos casos, iniciando-se até os seis meses de idade, ou até os dois primeiros anos de vida, durando aproximadamente 3 anos. A forma juvenil da doença, que representa cerca de 24% dos casos, surge entre os 4 aos 10 anos de idade e dura, na maior parte dos casos, em torno de 8 anos.

Esta doença, que é causada por uma mutação no gene GFAP, responsável por mapear o cromossomo 17q 21, pertence às leucodistrofias, grupo de desordens que alteram o desenvolvimento da bainha de mielina que, no sistema nervoso central, está localizado na substância branca. Desta forma, há a destruição desta última, que é acompanhada pela formação de tecido fibroso e estruturas conhecidas como fibras de Rosenthal.

O que leva à destruição da bainha de mielina da doença de Alexandre é o acúmulo exagerado de ácidos graxos de cadeia longa no cérebro, resultando em perda da função corporal e também da capacidade de falar.

Segundo Meldau :

As manifestações clínicas apresentadas pelos portadores desta doença são:

• Retardo mental;

• Atraso no desenvolvimento de algumas habilidades físicas, psicológicas e comportamentais;

• Macrocefalia;

• Convulsões;

• Espasticidade;

• Hidrocefalia;

• Demência.

O diagnóstico pode ser alcançado através do quadro clínico apresentado pela paciente, juntamente com a realização de ressonância magnética no crânio, capaz de revelar alterações no cérebro que podem apontam para a doença. A confirmação pode ser feita através de testes genéticos.

A doença de Alexander afeta principalmente o sexo masculino e geralmente começa em cerca de 6 meses de idade. Os sinais e sintomas da forma infantil incluem normalmente uma alargada cérebro e cabeça, convulsões, rigidez nos braços e pernas, retardo mental e físico atrasados desenvolvimento. Em casos menos frequentes, ocorre mais tarde na infância (a forma juvenil) ou vida adulta. Os problemas comuns em jovens e adultos incluem anormalidades da fala, dificuldades na deglutição e má coordenação.

A doença tem várias formas que diferentes em seu quadro clínico e na idade de aparecimento, tendo todas elas o rasgo distintivo da degeneração fibrinóide dos astrócitos com fibras de Rosenthal.

De acordo com Rodríguez (2001), desde 1976 são reconhecidas três formas da doença:

Forma infantil:

• Aparece desde o nascimento até os 2 anos;

• É a mais comum;

• Pode cursar com ou sem macroencefalia, ainda que o mais corrente é que apareça;

• Observam-se ataques e atraso

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