Herber Alexander Simon
Bibliografia: Herber Alexander Simon. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Thiagoshrek • 11/6/2013 • Bibliografia • 1.679 Palavras (7 Páginas) • 533 Visualizações
Herber Alexander Simon
Herbert Alexander Simon (1916-2001), economista e psicologo norte americano, foi um dos mais influentes cientistas sociais do século XX, cuja pesquisa variou entre os campos da psicologia cognitiva, ciência da computação, administração pública, economia, administração, filosofia e sociologia da ciência. Sua carreira docente foi altamente produtiva, com quase 1000 publicações, e se desenvolveu em sua maior parte na Carnegie Mellon University.
Graduou-se em Ciência Política pela Universidade de Chicago em 1936, onde obteve também o título de Ph.D, na área, em 1943. Iniciou suas atividades de pesquisa na Administração Pública e posteriormente voltou-se à administração de empresas. Foi também, consultor do governo e da NASA e diretor do Conselho de Pesquisas de Ciências Sociais (LODI, 1993).
Seus trabalhos sobre a decisão e o comportamento humano têm até hoje influência marcante nos campos da Administração, Economia, Psicologia e Ciência da Computação, e lhe renderam, além do Prêmio Nobel de Economia em 1978, o prêmio Turig em ciência dos computadores e a primeira Medalha Nacional da Ciência concedida por seu trabalho em ciências do comportamento. Seu interesse na tomada de decisões gerenciais começou em 1935, quando ainda era estudante de graduação em Ciência Política na Universidade de Chicago e realizou um trabalho para a disciplina de Governo Municipal, estudando um problema clássico de orçamentação na administração do lazer público de Milwaukee, que se dividia entre o Conselho Escolar e o Departamento de Parques. Simon verificou que a simples decisão de distribuir recursos entre as duas divisões, ia muito além do que os manuais de economia ensinavam, percebendo que as preferências e fidelidades do tomador de decisão, geralmente, pesavam mais do que as considerações economicamente racionais (investir no que traz resultados melhores). A partir desse estudo Simon viu o problema como sendo uma questão de tomada de decisões humanas e de racionalidade limitada e em 1945 publicou Comportamento Administrativo, um estudo dos processos decisórios nas organizações administrativas, que têm suas raízes no estudo de Milwaukee.
Visão de Simon
Simon queria buscar uma melhor compreensão do real comportamento humano no processo de tomada de decisão e resolução de problemas dentro das organizações.
Em 1947,Simon publicou Administrative behavior (comportamento administrativo) havia sido dada pouca importância ao processo de tomada de decisão. Assi, embora toda a organização seja permeada por deciões e ações, dispensava-se maior atenção ás ultimas do que ás primeiras. Daí então o behaviorismo veio preencher essa lacuna teórica, enfatizando o processo de tomada de decisão, que considera atividade central da administração.
O processo decisório envolve a seleção consciente ou inconsciente de determinadas ações entre aquelas que são fisicamente possíveis para o agente e para aquelas pessoas sobre as quais ele exerce influência e autoridade. Para Simon a decisão representa o processo pelo qual uma alternativa de comportamento ou estratégia é selecionada e realizada em determinado momento, como a escolha em fabricar sapatos masculinos ao invés de sandálias femininas ou a escolha entre comprar uma casa maior e mais confortável num bairro distante e uma casa menor e menos confortável num bairro mais bem localizado e com futuro promissor. A melhor alternativa é a que objetiva o bairro em que se quer adquirir o imóvel ou tamanho e a estrutura da casa? Quais as conseqüências dessas alternativas? A proposta de Simon baseia-se nas possibilidades de comportamento alternativo e suas conseqüências.
A tarefa de decidir é composta de três etapas (SIMON, 1965):
1. O relacionamento de todas as possíveis estratégias que poderão ser adotadas (a estratégia representa o conjunto de decisões que determinam o comportamento a ser seguido num determinado período de tempo);
2. A determinação de todas as conseqüências decorrentes da adoção de cada estratégia;
3. A avaliação comparativa de cada grupo de conseqüências e escolha de uma alternativa entre várias disponíveis, a partir de valores pessoais e organizacionais. A escolha indica a preferência por um conjunto de conseqüências.
No entanto, Simon alerta que mesmo a palavra “todas”, sendo usada deliberadamente, “é impossível, evidentemente, que o indivíduo conheça todas as alternativas de que dispõe ou todas as suas conseqüências” (SIMON, 1965, p.80). Isto significa que o administrador não terá acesso a todas as informações necessárias e não será possível saber qual a melhor alternativa de comportamento ou estratégia a ser selecionada e implementada, como pressupõe o homem econômico. A situação se assemelha à do alpinista que escolhe uma montanha (o pico Everest) como seu objetivo imediato: dos vários caminhos alternativos que lhe possibilitam chegar lá, “ele pode, de fato, percorrer apenas um e nunca saberá se aquele que escolheu é o melhor, embora sob certas condições ele possa ter um palpite razoável” (GABOR, 2001, p.261).
Percebe-se que para realizar todas as etapas citadas acima, o indivíduo é limitado na sua racionalidade. Para Simon o comportamento real não alcança a racionalidade objetiva (a melhor escolha), pois o indivíduo é limitado e influenciado, muitas vezes, por sua capacidade física, pelos seus valores e pela extensão de seus conhecimentos (SIMON, 1965).
Quanto às limitações de conhecimentos, Simon (1965) propõe que não é possível ao administrador ter acesso a todas as possibilidades de ação, medindo todas as opções, tendo em vista a impossibilidade material de obter todas as informações, dados problemas de tempo e custo. O administrador contenta-se em adquirir um número limitado de informações, “um nível satisfatório”, que possibilite a identificação dos problemas e algumas soluções alternativas. “O que o indivíduo faz, na realidade, é formar uma série de expectativas das conseqüências futuras, que se baseiam em relações empíricas já conhecidas e sobre informações acerca da situação existente” (SIMON, 1965, p.81). Para ilustrar a imperfeição ou ausência de conhecimento, Simon cita o exemplo do corpo de bombeiros de uma cidade, pode-se imaginar a cidade de São Paulo-SP:
Influência organizacional
A administração da organização deve trabalhar nos limites da racionalidade (capacidade, valores e extensão dos conhecimentos) que afetam o indivíduo na tomada de decisão, proporcionando as condições ideais
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