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Trovadorismo

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Por:   •  24/3/2015  •  822 Palavras (4 Páginas)  •  256 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Podemos dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional. O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha”, escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo.

TROVADORISMO

O trovadorismo surgiu provavelmente entre os séculos X e XI e floresceu na península Ibérica do século XII ao século XIV.

Os trovadores eram compositores de cantigas e eram muito respeitados na Idade Média, porque deles provinha a música que servia para acompanhar as festividades ou as reuniões solenes das cortes, assim como os banquetes ou as núpcias. Do trovadorismo português poucas notações musicais sobreviveram até nós: o que temos na maioria são apenas as letras das cantigas coletadas em grandes livros manuscritos e ilustrados, chamados Cancioneiros. Chegaram até nós apenas três cancioneiros: Cancioneiro da Ajuda,Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro da Biblioteca Nacional. São aproximadamente 1680 cantigas de 153 trovadores.

A função dos trovadores nas cortes medievais era compor músicas como estampidos, bailias e cantigas para as cerimônias, festividades, núpcias e banquetes.

Executar a música era função de grupos de artistas liderados por menestréis, segréis e jograis, compostos por homens e mulheres pagos para esse trabalho.

Dois trovadores executando seus instrumentos musicais: o arrabil (à esquerda) e o alaúde.

Os grupos musicais podiam ser fixos numa corte ou itinerantes (viajando de uma corte a outra). Ocorria, bem menos frequentemente, que o próprio trovador tomasse parte nas funções como músico ou cantor.

Eram três os tipos de cantigas, ou cantares:

• Cantigas lírico-amorosas;

• Cantigas satíricas;

• Cantigas religiosas.

CANTIGAS LÍRICO-AMOROSAS

Eram de dois tipos, bem distintos: de amor e de amigo.

CANTIGAS DE AMOR

Refletiam sentimentos de um eu-lírico masculino, que reclama de sua coita. A mulher que o faz sofrer é retratada sempre como superior, ingrata, cruel até, impiedosa. Mas, mesmo assim, o tratamento que dispensa a ela é respeitoso, na justa medida do amor cortês: não divulga o nome da amada, nem se excede na exposição emocional. Essa amada é chamada apenas de "senhor" ou "dona" - no galego-português, língua falada na época, não havia ainda a distinção de gênero em senhor/senhora; a pronúncia, aliás, era a mesma para o masculino e para o feminino ("o senhor", "a senhor").

As cantigas de amor têm como modelo as cantigas provençais. As cortes de Provença, na França, eram um rico posto de passagem de caravanas de comércio e de peregrinação religiosa a Roma ou à Terra Santa. A moda trovadoresca parece ter sido criada em Provença e difundida a outras partes pelos viajantes.

Nos cantares de amor, por conta do sentimento platônico do compositor e do traçado idealizante da mulher amada, percebemos uma linguagem mais refinada, com influências provençais no vocabulário. Todavia, essa linguagem não se distinguia muito do falar geral galego-português. Na Idade Média, a linguagem da corte e a do povo eram muito próximas: a oralidade imperava mesmo entre os nobres. Não nos esqueçamos de que a leitura e a escrita eram restritas em geral à nobreza real e a altos cargos religiosos.

A

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