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VARIAÇÃO LINGUISTICA

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Por:   •  18/9/2014  •  1.572 Palavras (7 Páginas)  •  240 Visualizações

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VARIAÇÃO LINGUISTICA

O capítulo resenhado aborda como se da os diversos surgimentos das variações linguísticas, e os preconceitos enfrentados. Apresentando a linguagem e suas diferentes partes, mencionando suas variações, analisando língua e fala em que ao mesmo tempo que se distanciam, podem manter alguns fatores em comum.

Saussure é considerado o pai da linguística por ter sistematizado os estudos linguísticos. Ele descreve a língua como tendo um lado social e a fala um lado individual, sendo impossível um conceber sem o outro.

A língua por natureza é utilizada de forma homogênea por membros de uma mesma instituição social, a fala é utilizada de maneira particular e imprevisível. A língua é dotada de ordem e sistematização já a fala é irredutível a uma sistematização, pois os atos linguísticos não formam um sistema.

Em nosso país, Brasil, utilizamos a língua portuguesa para nos comunicarmos de forma homogenia, para uma compreensão, mas a fala é utilizada de maneira particular por cada indivíduo, pois nosso país é dotado de uma imensa diversidade linguística, muitas vezes ocasionada pelas diferenças sócias. Por isso como podemos ver, apesar de falarmos a mesma língua, utilizamos a de maneira diversificada, individual e heterogênea.

No livro de Bagno 2005, intitulado “Preconceito Linguístico”, o autor descreve oito mitos sobre os preconceitos sofridos pela língua brasileira. O oitavo mito “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade única”, para ele é o mais sério. Como todos nós sabemos, o dialeto brasileiro vai muito além de ser utilizado de maneira homogenia, ele é utilizado de forma heterogenia pelos indivíduos que a ele pertence. Por isso o grande preconceito enfrentado por pessoas de níveis sociais baixos, pois quando não utilizam à maneira “correta” de se falar estipulada por pessoas de alto prestigio, essas são totalmente estigmatizadas pela sociedade. A escola, por exemplo, tentam impor uma norma linguística, como se de fato nossa língua fosse de fato, pronunciada de maneira homogenia, esquecendo-se da realidade do aluno, do ambiente em que vive de onde ele veio qual sua cultura e etc. Nosso país ainda tem muito que aprender, pois o simples fato de não se fazer o uso da forma normativa, não quer dizer que o individuo esteja agindo de maneira errada, pois nosso país é dotado de diversas culturas, e de níveis social desproporcional, o modo de falar e individual de cada um, e deve ser respeitado.

A língua é um código usado por indivíduos de uma entidade social, pertencentes a uma cultura. Essa cultura ao entrar em contato com outra, pode ser influenciada podendo vir a tornar-se uma nova. Nosso país é um grande exemplo disso, ele se origina pela mistura de índios, Africanos e portugueses, e muitos outros que se achegaram durante os anos. Por isso a grande diversidade de modos de utilizar a fala e os variados sotaques, que se nota ao partir de um estado para outro.

A variação linguística pode ocorrer em todos os níveis da língua: lexical, fonético, morfológico, sintático e pragmático. Esses níveis são vinculados a três tipos de fatores que são: geográfico, sociais e socioculturais, de contexto.

A variação fonética caracteriza os diversos sotaques, como por exemplo, a maioria dos brasileiros costuma pronunciar a palavra “coração” com o fechado, mas em alguns lugares como no Nordeste se pronuncia com o aberto.

O nível suprassegmental da fala são os ritmos, a musicalidade, a entonação de cada fala. Cada lugar é conhecido pelo seu modo particular de falar como no Rio Grande do Sul ou em Santa Catarina, é conhecida por falar “cantando” ou pelo uso de expressões, como orra ou pô, pela juntura de palavras como fazem os cearenses, como por exemplo, na frase “que diabo é isso” se torna “diabeisso”, temos também uma variação sintática de ordenamento em “sei não”. Todos esses exemplos tratam se das diversas variações linguísticas que estão distribuídas no espaço físico, entre falantes de origem geográfica distinta.

Outro fator em que ocorre a variação pode ser devido ao nível de classe social, que veremos mais adiante, e também a faixa etária. A linguagem dos jovens é caracterizada geralmente por gírias especificas da idade ou pelo grupo em que esse está inserido, o que não quer dizer que mais a frente não será usadas por eles, pois muitas palavras também envelhecem com as pessoas que as usam, e sempre surgem novas com a nova juventude.

O preconceito em relação à linguagem da mulher a do homem, também é outro fator de variação. Uma pesquisa feita por ingleses constatou que as estruturas gramaticais e a entonação são diferente a do homem. Por achar a mulher um ser inferior e mais frágil, muitos homens optam em não pronunciar palavras que geralmente são ditas por ela.

As mulheres de hoje quebraram um grande tabu que é o de incapacidade ou de fragilidade. Elas vêm tomando um grande espaço, demonstrando que não é preciso só ter força muscular para fazer as tarefas que geralmente são dadas só para homens. Não a nada que indique à superioridade dos homens mediante a mulher, então não se pode afirmar que a fragilidade em sua fala, ou que a fala só pode ser dita por mulheres, já que as mulheres demonstram capacidade de se igualar totalmente ao homem.

Existe um fenômeno que geralmente acontece quando indivíduos de níveis sociais baixos pronunciam a frase no plural. “Como, por exemplo, a frase “As meninas bonitas” se torna “ As menina bonita. Existe um preconceito muito grande mediante a isso, por acharmos que tudo o que não corresponde à norma esta errado. Não existe certo ou errado, apenas a um preconceito de não como é a maneira falada, mas por quem está sendo pronunciado. Se por exemplo, essa mesma frase fosse pronunciada por alguém de alto prestigio na sociedade, ela mais para

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