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VITORIANO José Marinho PALHARES

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Por:   •  5/5/2013  •  717 Palavras (3 Páginas)  •  601 Visualizações

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Cláudio Manuel da Costa, advogado, magistrado e poeta, nasceu em Vila do Ribeirão do Carmo [hoje, Mariana], em 5 de junho de 1729, e faleceu em Ouro Preto, MG, em 4 de julho de 1789. É o patrono da Cadeira n. 8, por escolha do fundador Alberto de Oliveira.

Era filho de João Gonçalves da Costa, lavrador e minerador, e de Teresa Ribeiro de Alvarenga. Fez os primeiros estudos em Vila Rica; passou depois ao Rio de Janeiro, onde cursou Filosofia no Colégio dos Jesuítas. Em 1749, aos vinte anos de idade, seguiu para Lisboa e daí para Coimbra, em cuja Universidade se formou em Cânones, em 1753. Ali publicou, em opúsculos, pelo menos três poemas, Munúsculo métrico, Labirinto de amor e o Epicédio consagrado à memória de Frei Gaspar da Encarnação. Nesses livros, a marca poética do Barroco seiscentista é evidente, nos cultismos, conceitismos e formalismos caraterísticos daquele estilo.

Nos Apontamentos enviados em 3 de novembro de 1759 ao Dr. João Borges de Barros, censor da Academia Brasílica dos Renascidos, da qual havia sido eleito sócio correspondente, e que se destinavam ao Catálogo dos Acadêmicos, diz ele que, "de 1753 a 1754", voltou a Vila Rica, onde viveu o resto da vida como advogado e minerador.

De 1762 a 1765 foi secretário do Governo da Província e, de 1769 a 1773, juiz medidor de terras da Câmara de Vila Rica, que era então a capital da Província, importante setor de mineração do século XVIII e centro de intensa vida intelectual. Cláudio Manuel da Costa ali chegou a fundar uma Arcádia chamada Colônia Ultramarina, cuja instalação teria sido em 4 de setembro de 1768, com outra sessão em 5 de dezembro, na qual fez representar o drama musicado O parnaso obsequioso. Foi buscar nos cânones do Arcadismo vigente muitos elementos típicos, tais como o bucolismo, os pastores e as ninfas. Adotou o nome arcádico de Glauceste Satúrnio. Ainda em Portugal sentira de perto o aspecto renovador do Arcadismo, implantado com a fundação da Arcádia Lusitana em 1756. A publicação em 1768 das Obras constitui o marco inicial do lirismo arcádico no Brasil.

Depois compôs o poema épico Vila Rica, pronto em 1773 mas publicado somente em 1839, em Ouro Preto. O respectivo "fundamento histórico" havia sido dado a lume pelo jornal O Patriota, do Rio de Janeiro, em 1813, sob o título de "Memória histórica e geográfica da descoberta das Minas". É a descrição da epopéia dos bandeirantes paulistas no desbravamento dos sertões e suas lutas com os emboabas indígenas, até a fundação da cidade de Vila Rica. O poema é importante porque, apesar de fiel aos cânones do Arcadismo, destaca-se pela temática brasileira, conferindo a Cláudio Manuel da Costa o título maior de fundar uma literatura que significasse a incorporação o Brasil à cultura do Ocidente.

Nas décadas de 70 e 80, escreveu várias poesias em que mostra preocupação com problemas políticos e sociais, publicadas na maior parte por Ramiz Galvão em 1895. A partir de 1782 ligou-se de estreita amizade com Tomás Antonio Gonzaga, e por certo exerceu influência literária sobre ele, ao menos como estímulo. Nas Cartas chilenas, cuja autoria chegou a ser atribuída por alguns críticos a Cláudio Manuel da Costa, possivelmente auxiliou o amigo. A exegese magistralmente conduzida por Afonso Arinos de Melo Franco, em sua edição das

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