Variação Linguística
Trabalho Escolar: Variação Linguística. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: g1lb3rto • 21/8/2013 • 1.439 Palavras (6 Páginas) • 504 Visualizações
UFS – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPEE
CAMPUS UNIVERSITÁRIO
PROF. ALBERTO CARVALHO
Curso: Letras / 2013.1
Disciplina: Sociologia
Professora: Márcia Mariano
Acadêmicos: Gilberto Serafim de Menezes
ESTUDO DIRIGIDO
Variação linguística,
Mídia e preconceito linguístico
ITABAIANA-SE
2013
Texto base:
SCHERRE, Maria Marta P. “Variação linguística, mídia e preconceito linguístico”, In: _______.Doa-se lindos filhotes de poodle. Variação linguística, mídia e preconceito. São Paulo: Parábola, 2005. p.37-78.
1. Na p.39, a autora questiona afirmações contidas em uma seção publicada no Correio Braziliense em 1995. Nessa seção, o jornal critica o português falado e escrito usado por autoridades brasileiras e diz que os portugueses falam o idioma melhor do que nós, brasileiros, que possuímos o “linguajar dos colonizadores”. A partir dessas colocações do Correio Braziliense e dos questionamentos da autora do livro estudado, discuta: há formas linguísticas ou línguas inferiores a outras?
A pesar do apresentador, passar uma visão que há línguas estruturalmente melhores do que outras, a autora do livro nos mostra que essa visão é completamente equivocada, e assim, mostra-nos que o que existem são formas linguísticas, especialmente em matéria de língua falada, que variam de região a região, sem noções de certo/errado, rico/podre. O que acontece, na verdade é a não distinção entre estruturas linguísticas e comportamentos sociais, o que acaba causando preconceitos linguísticos.
2. Na p.41, Scherre afirma que “[...] especialmente em matéria de língua falada, noções de certo/errado, de rico/podre, de complexo/simples, são noções, acima de tudo, sociais.” Comente a afirmação.
Com essas palavras, Scherre afirma que não há erro algum na fala de um cidadão, apenas, variantes produzidas em circunstâncias naturais, ou seja, sem pressão social. Toda língua é adequada à comunidade que a utiliza, é um sistema completo que permite a um povo exprimir o mundo físico e simbólico em que vive. É absolutamente impróprio dizer que há línguas pobres em vocabulário. Como também, não existem sistemas gramaticais perfeitos.
3. Segundo Scherre, na página 41, a visão da gramática normativa, que toma como base a escrita de autores consagrados, é a que leva algumas pessoas a avaliarem como “errados” determinados usos da língua. Por que será que a gramática normativa e a escrita parecem estar sempre tão distantes do uso efetivo da língua pelos falantes?
A distância do uso efetivo da língua, com relação à gramática normativa e a escrita, se dá pelo fato da língua esta enriquecida com dados de natureza social, o que lhe permite ir além da frase, no sentido de uma gramática da interação falante/ouvinte.
4. Scherre, na p.42, nos diz que não se ensina língua portuguesa. Por quê? O que se ensina, ou o que se deve ensinar, então, na disciplina LP? Qual (is) o (s) problema (s) no ensino de LP? Por que os alunos, muitas vezes, detestam a disciplina? O que podemos fazer para resolver esse problema? Reflita.
Não se ensina língua portuguesa porque é um fato real, próprio do ser humano e transmitida de geração em geração de modo natural.
O que é ensinado em LP, na verdade, é a gramatica normativa, a escrita, não a língua propriamente dita. Deve-se ensinar e conscientizar os alunos, a cerca das variações linguísticas decorrentes do contexto social em que a língua esta inserida, suas mudanças e transformações ao longo do tempo.
O grande problema está no uso restrito da gramática normativa, que em nome de uma boa língua, tem causado injustiças sociais, humilhações e consequente abandono escolar de alunos que não conseguem adaptar-se dentro daquilo que se denominam “norma padrão”. Não levando em consideração sua formação social e cultural, levando-os a detestar a disciplina.
Portanto, para resolver esse problema, deve-se abandonar o uso restrito da gramatica normativa, que, nada mais é, do que, a codificação de uma norma padrão, estereótipos de textos consagrados e/ou variações de prestígios. E promover discussões públicas sobre preconceito linguístico.
5. De acordo com o texto (p.44-45), de que forma a sociolinguística ajuda (ou pode ajudar) para a solução de problemas referentes ao ensino de língua materna?
De acordo com o texto, a participação dos (sócio)linguistas na mídia de maneira mais contundente, pode trazer mais resultado do que a própria recodificação linguística, produção de novas gramática e materiais didáticos.
6. Nas páginas 45-49, a autora analisa casos de concordância de número não-padrão, mais especificamente em contextos de uso de “a gente” e de sujeitos coletivos, como “o casal”, o “pessoal”, etc. Faça uma síntese dessa parte do texto, comentando em que contextos esse tipo de (não) concordância mais ocorre.
Esse tipo de concordância ocorre mais, quando se trata de sujeito “oculto” co-referentes ou sujeito coletivo singular, que se trata também de um fenômeno de manutenção da referencia e não apenas de ausência de concordância de numero, que nestes casos, é o verbo na forma plural. “Assim percebe-se que o controlador sintático da concordância é6 formalmente singular, mas os verbos dos sujeitos ocultos” ligados ao coletivo singular encontram-se no plural.
7. Baseada em pesquisas, Scherre faz as afirmações abaixo. Encontre no texto ou elabore exemplos para cada afirmação:
a) (p.53) “[...] elementos não nucleares à esquerda do núcleo favorecem marcas explícitas de plural (mais concordância); elementos não nucleares à direita do nome desfavorecem-nas (menos concordância)”.
Exemplos de elementos “não nucleares à esquerda”: Novas escolas;
...