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Vidas Secas

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Por:   •  11/6/2013  •  987 Palavras (4 Páginas)  •  1.192 Visualizações

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No livro Vidas Secas de Graciliano Ramos conta a história de uma família de retirantes, que estão fugindo da seca do sertão nordestino. Fabiano o pai, Sinhá Vitória a mãe, os dois filhos do casal, filho mais novo e filho mais velhos assim chamados, a cachorra baleia que é tratada como gente e um papagaio que foi morto para matar a fome da família. Essa família por sua vez sempre sofreu, passando fome, tristeza e muita necessidade.

Podemos comparar essa família de retirantes com as famílias brasileiras de hoje que vivem no sertão nordestino e de forma miserável sofrendo com a seca, e muitas dessas famílias vão em busca de vida nova em outras regiões. Onde algumas conseguem trabalho e dar o necessário para a sobrevivência de sua família. Mas muitas não conseguem trabalho e assim vivem mendigando pelas ruas.

Após terem caminhado muito, todos estavam muito famintos e cansados e também estavam todos magros, com ossos saltados, rachaduras nos pés, e com vários ferimentos causados pela viagem cansativa e pela seca. Resolveram parar em baixo de um juazeiro para descansar, baleia a cachorra avistou um preá que serviu para matar a fome de toda família.

Chegam a uma fazenda abandonada e ali ficam. Fabiano e sua família se apossaram da casa, pois não tinham onde ficar. Com o tempo a chuva chegou e também um ar de vida nova. A pareceu também o dono na fazenda que expulsa os retirantes de lá, Fabiano sente uma grande tristeza e implora para o fazendeiro para trabalhar na fazenda, o fazendeiro aceita. Agora Fabiano é um vaqueiro.

Mesmo sendo um vaqueiro, tendo casa para morar, Fabiano não estava satisfeito com sua vida, pois aquela não era sua casa, não estava trabalhando em sua terra e assim como nada é seu, como só tem a posse e não a propriedade dos meios de produção, Fabiano não se sente pertencente ao lugar onde está. Tem a consciência de que logo, logo, outro entraria em seu lugar.

Certa ocasião Fabiano vai ate a cidade para compras, mas acaba jogando baralho com um soldado amarelo que o convida. O jogo acontece, Fabiano perde e sai da bodega que deixa o soldado amarelo falando sozinho, o que o deixa muito furioso. Então o soldado começa irritar Fabiano. Fabiano perde a paciência e fala mal da mãe do soldado que o leva para cadeia. Fabiano se sente muito pequeno e sem valor, pois nunca tivera conseguido dar para sua família o necessário para viver, também tinha muita raiva do soldado por cometer injustiças com pessoas inocentes como ele. Solto Fabiano continua levando sua vida na fazenda.

Esse fato nos mostra como a sociedade é injusta, como as pessoas um ‘pouco mais espertas’ recriminam o pobre, o cidadão sem estudo. Pensam que são maiores, poderosos e se aproveitam da situação, e fazem com que a pessoa se sinta mais inútil e miserável do que a própria realidade a torna. Mas essas pessoas se esquecem que estão falando com gente, e não com bichos como as tratam.

O dono da fazenda aparecia poucas vezes na fazenda, mas era sempre para reclamar ou para cobrar contas. Fabiano sabia que seu patrão o roubava então mandou Sinhá Vitória fazer as contas, mas sempre as contas de Sinhá Vitória eram bem diferentes das do Patrão. Mas Fabiano ficava quieto, pois tinha medo que o patrão o mandava embora e assim as dividas se aumentavam. Fabiano admirava seu Tómas da Bolandeira, homem inteligente que falava bem, lia jornais e livros, e votava e queria entender como ele para que não fosse roubado e injustiçado por

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