Woody Allen
Por: Pedro Serrano • 9/8/2016 • Artigo • 691 Palavras (3 Páginas) • 336 Visualizações
Woody Allen
Nasceu no primeiro dia do último mês de 1935 o renomado e polêmico diretor, ator, roteirista, cineasta e músico Allan Stewart Königsberg na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Adotou o pseudônimo Woody Allen para assinar artigos que escrevia para comediantes, rádios e colunas de jornais.
Entre seus apenas vinte e vinte e cinco anos de idade já estava escrevendo programas de TV, o que lhe abriu portas para o mundo do cinema, tanto que em 1962 escreveu o roteiro do longa The Laughmaker. Daí para frente o sucesso não para, começa a trabalhar como ator, diretor e roteirista, sendo que o reconhecimento não demorou a vir, uma vez que foi indicado em 1969 ao Writers Guild of America.
A grande maioria de suas obras foram muito bem recebidas tanto pelo público quanto pela crítica. Do início de sua carreira, os mais reconhecidos foram Manhattan, A Rosa Púrpura do Cairo e A Era do Rádio. Em relação às últimas duas décadas, os filmes de maior destaque foram Dirigindo no Escuro, Match Point, Vicky Cristina Barcelona e Meia Noite em Paris.
Mesmo com tantos filmes em sua filmografia, Woody Allen tem um certo estilo que pode ser observado. É possível dizer que foi criado um personagem base e todas as narrativas foram feitas para se adequar a esse. Todos seus filmes, ou a esmagadora maioria, giram em torno de sua vida, seus relacionamentos e sua visão a respeito da sociedade americana atual.
Embora seus últimos filmes tenham sido filmados no continente europeu, Allen ficou famoso por retratar a cidade de Nova York com um certo carinho, porém não romantiza ou esconde o lado ruim. Todavia, um elemento que é muito marcante e de certa forma anuncia que um filme feito por ele vai começar é os créditos simples com fundo preto e fonte branca, acompanhados por um jazz ao fundo.
Muitos de seus personagens masculinos, além de remeterem muito a si mesmo, são neuróticos, artistas e nova-iorquinos que estão em busca de um propósito. Por outro lado, as personagens femininas são muito fortes, sendo essas retratadas antigamente por Diane Keaton e Mia Farrow, e atualmente por Scarlett Johansson e Penélope Cruz. Os papéis interpretados por elas mostravam maior complexidade e mais a falar do que os homens, sendo nunca retratadas apenas como a “mãe de alguém” ou “namorada de alguém”.
Outro traço muito forte são os diálogos fortes, incessantes e dinâmicos, sem contar com o diálogo com o leitor que é feito com um personagem olhando diretamente para a câmera, o que ocorre muito em “Manhattan”, “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”, entre outros. Muitas vezes nesses diálogos e narrações há uma forte presença de ironias e referências que requerem uma bagagem cultural levemente extensa.
Annie Hall (1978) foi o filme com o maior número de indicações, tanto ao Óscar quanto ao Globo de Ouro. Pela academia foi indicado a Melhor Ator Principal, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original, levando para casa os dois últimos. Já em relação ao segundo prêmio, não chegou a levar para casa nenhum troféu, porém as indicações foram para Melhor Ator em Filme de Comédia, Melhor Diretor e Melhor Roteiro. Além desse, seus filmes que lhe renderam premiações foram “Hannah e Suas Irmãs” (1987), que ganhou o prêmio da Academia de Melhor Roteiro Original e “Meia Noite em Paris” (2012) na mesma categoria, sem contar com o Globo de Ouro também para Melhor Roteiro.
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