7 º Semestre
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Centro de Educação a Distância
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CURSO PEDAGOGIA
Educação Profissional e Educação em Ambientes não Escolares
Profª. Tutora EAD
Tema: Educação não-formal e Educação Profissional
Taboão da Serra - SP
18 de abril de 2013
Introdução
Neste texto pontuaremos a ação da educação não-formal e a possibilidade desta ação na sociedade, Educação não-formal são as atividades ou programas organizados fora o sistema regular de ensino, com objetivos educacionais bem definidos. A Educação não-formal vem tomando grandes proporções na área da educação na sociedade atual, um exemplo isso são as crescentes ações de instituições tanto governamentais, quanto não governamentais, prioritariamente no atendimento a criança e ao adolescente, a ação da educação não-formal se caracteriza como uma prática lúdica, cultural política e social.
Se estivesse claro para nós que foi aprendendo que aprendemos ser possível ensinar, teríamos entendido com facilidade a importância das experiências informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios, em que variados gestos de alunos, de pessoal administrativo, de pessoal docente se cruzam cheios de significação.
(FREIRE, 1997, p.50)
Educação não-formal
A educação não-formal, porém, define-se como qualquer tentativa educacional organizada e sistemática que, normalmente, se realiza fora dos quadros do sistema formal de ensino, a educação não-formal não se submete a ordenamentos jurídicos do Estado, compreende toda atividade educativa organizada e sistemática que ocorre fora do sistema oficial de ensino, com o objetivo de facilitar determinados tipos de aprendizagem a grupos específicos da população. Refere-se àquelas “atividades com caráter de intencionalidade, porém com baixo grau de estruturação e sistematização, implicando certamente relações pedagógicas, mas não formalizadas”. (LIBÂNEO, 2008, p. 89).
Essas atividades educacionais, apesar de possuírem objetivos claros e bem definidos, são organizadas e estruturadas de maneira flexível. Apresenta um caráter complementar a Educação Formal, portanto, não conferem graus ou títulos aos seus participantes, apenas podem conceder certificados de aprendizagem obtida.
Como trata Gohn, (2006, p.31-32) em seu texto em relação à metodologia da educação
não-formal:
Na educação não-formal, as metodologias operadas no processo de aprendizagem parte da cultura dos indivíduos e dos grupos. O método nasce a partir de problematização da vida cotidiana; os conteúdos emergem a partir dos temas que se
colocam como necessidades, carências, desafios, obstáculos ou ações empreendedoras a serem realizados os conteúdos não são dados a priori. São construídos no processo. O método passa pela sistematização dos modos de agir e de pensar o mundo que circunda as pessoas. Penetra-se, portanto no campo do simbólico, das orientações e representações que conferem sentido e significado às ações humanas. Supõe a existência da motivação das pessoas que participam. Ela não se subordina às estruturas burocráticas. É dinâmica. Visa à formação integral dos indivíduos. Neste sentido tem um caráter humanista. Ambiente não formal e mensagens veiculadas “falam ou fazem chamamentos” às pessoas e aos coletivos, e as motivam. Mas como há intencionalidades nos processos e espaços da educação não-formal, há caminhos, percursos, metas, objetivos estratégicos que podem se alterar constantemente. Há metodologias, em suma, que precisam ser desenvolvidas, codificadas, ainda que com alto grau de provisoriedade, pois o dinamismo, a mudança, o movimento da realidade segundo o desenrolar dos acontecimentos, são as marcas que singularizam a educação não-formal.
Na educação não-formal quem educa ou é o agente do processo de construção do saber é o outro, aquele com quem interagimos ou nos integramos; os espaços educativos localizam-se em territórios que acompanham as trajetórias de vida dos grupos e indivíduos, fora das escolas, em locais informais, locais onde há processos interativos intencionais.
A educação não-formal ocorre em ambientes e situações interativas construídos coletivamente, segundo diretrizes de dados grupos, usualmente a participação dos indivíduos é optativa, mas ela também poderá ocorrer por forças de certas circunstancias da vivência histórica de cada um. Há na educação não-formal uma intencionalidade na ação, no ato de participar, de aprender e de transmitir ou trocar saberes.
A finalidade ou objetivos da educação não- formal é capacitar os indivíduos a se tornarem cidadãos do mundo, no mundo. Sua finalidade é abrir janelas de conhecimento sobre o mundo que circunda os indivíduos e suas relações sociais. Seus objetivos não são dados a priori, eles se constroem no processo interativo, gerando um processo educativo. Um modo de educar surge como resultado do processo voltado para os interesses e as necessidades que dele participa. A construção de relações sociais baseadas em princípios de igualdade e justiça social, quando presentes num dado grupo social, fortalece o exercício da cidadania. A transmissão de informação e formação política e sócio cultural é uma meta na educação não formal. Ela preparar os cidadãos educa o ser humano para a civilidade, em oposição à barbárie, ao egoísmo, individualismo etc.
A educação não- formal poderá desenvolver, como resultados, uma série de processos tais como:
* consciência e organização de como agir em grupos coletivos;
* a construção e reconstrução de concepção (s) de mundo e sobre o mundo,;
* a contribuição para um sentimento de identidade com uma dada comunidade;
* forma o indivíduo para a vida e suas adversidades ( e não apenas capacita-o para entrar no mercado de trabalho);
* quando presente em programas com crianças ou jovens adolescentes a educação não-formal resgata o sentimento de valorização de si próprio (o que a mídia e os manuais de auto-ajuda denominam, simplificadamente, como a auto-estima); ou seja dá condições aos indivíduos para desenvolverem sentimentos de autovalorização, de rejeição dos preconceitos que lhes são dirigidos, o desejo de lutarem para de ser reconhecidos como iguais (enquanto seres humanos), dentro de suas diferenças (raciais, étnicas, religiosas, culturais etc.);
Associativismo e sua relação com os projetos sociais
Definir o associativismo como um conjunto de iniciativas em prol de interesses comuns, é pouco, se nós observarmos o grande potencial de organização e fortalecimento da sociedade. O associativismo está presente nos mais diferentes lugares, ainda que involuntariamente, como a família, o ambiente de trabalho, escola etc. Diante desse quadro, é importante compreender o associativismo como uma oportunidade de fortalecimento humano através da troca de experiência pela convivência organizada entre as pessoas, podendo proporcionar a transformação da sociedade e melhoria da própria existência humana, resultando em oportunidades de crescimento humano e desenvolvimento local. As associações podem e devem ser vistas como verdadeiras escolas de civismo, pois a convivência democrática, o espírito colaborativo, vem contribuir para o trabalho associativo e constituir uma forte referência que determina direitos e deveres, padrões de identidade, de sociabilidade, modelos de famílias, estilos de vida, inclusive padrões e comportamentos políticos.
A reunião de pessoas com comportamentos comuns de união, solidariedade, devidamente normatizada e institucionalizada por meio de associações deverá nos trazer a idéia clara de uma sociedade que luta por igualdade, sustentabilidade, por indivíduos livres, emancipados e verdadeiros donos de seus destinos. Por isso, a participação em associações e organizações civis é um forte gerador de solidariedade social e desenvolvimento local. Sendo o desenvolvimento local um conjunto de atividades culturais, econômicas, políticas e sociais que participam de um projeto de transformação consciente da realidade local, está intimamente ligado ao associativismo que resultam em iniciativas inovadoras e mobilizadoras da coletividade, articulando as potencialidades locais. Daí a necessidade de se compreender o desenvolvimento local como desenvolvimento econômico, social, ambiental, cultural, político e humano.
Situação didática
Muitas vezes ao se criar um projeto de educação desenvolvido por instituições não-formal o primeiro objetivo é tirar crianças e adolescentes da rua, da frente da TV, vídeo game, computador. Quando pensamos em ensinar um instrumento musical as vezes nos esquecemos da utilização desse aprendizado para o futuro profissional; para isso que desenvolvemos essa situação didática, para ensinar um instrumento musical focados no profissionalismo, disciplina e ajudá-los a extravasar através da musica toda a carga emocional vivida, tanto negativa, quanto positiva.
Quais são as possíveis contribuições da Educação não-formal no cotidiano da sociedade atual?
A educação não-formal visa contribuir para o desenvolvimento da sociedade, principalmente de crianças e adolescentes, e ainda tem como uns de seus objetivos erradicar o trabalho infantil afastá-los das drogas e rua, abrindo um leque de possibilidades para descoberta de habilidades, profissão/carreira.
As políticas públicas e sociais têm oferecido como alternativa para as crianças e adolescentes em situação de risco social, uma prática educativa que vem sendo executada por instituições, organizações não-governamentais e movimentos sociais, através da educação não-formal. A qual em sua atuação em contra turno com a escola e oferecem atividades diferenciadas da educação formal. São atividades alternativas que possuem propostas educativas, atraentes, variáveis de acordo com a instituição, organização ou movimento social, no geral estas atividades são voltadas para a questão artística, lúdica e cultural.
Esse modelo de educação é recente na história do Brasil e vem se construindo. É um serviço que se entende por ser auxiliar no direito a educação e que contribui para inclusão do sujeito no âmbito educacional. Este modelo alternativo de educação não se dá apenas em instituições fechadas, apesar de na maioria dos casos se caracterizarem desta forma, mas também através de movimentos sociais e ainda organizações não-governamentais que atuam com a questão da infância e adolescência, o que desmistifica a questão apenas institucional da educação não-formal. A infância e adolescência para ser considerada, respeitada e legitimada, necessitaram de intervenções políticas que até hoje ainda buscam apoios em movimentos sociais e organizações não governamentais. Estas interferem para que se cumpra o que determina as políticas e também para que se criem políticas voltadas para a infância, como o caso das políticas sociais que contribuem na legalidade da educação não-formal.
Conclusão
O sucesso de todas essas iniciativas nos faz acreditar que o ensino não-formal tem ainda um enorme potencial a ser explorado, principalmente no que diz respeito à sua capacidade de motivar o aluno para o aprendizado, valorizando suas experiências anteriores, de desenvolver sua criatividade e, sobretudo, de despertar o interesse do jovem pela ciência.
Contudo, ao pensarmos nas crianças e adolescentes como cidadãos, vimos que é impossível colocar à parte educação formal, educação-não formal e educação informal, pois a tarefa de ensinar não compete apenas ao professor formal , até mesmo porque o aluno não aprende apenas na escola, entre outras coisas, ele aprende também através dos cursos extra-curriculares no contra turno à educação formal, da família, dos amigos, das pessoas consideradas significativas, dos meios de comunicação, do cotidiano.
“Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.”
Augusto Cury
Referencia Bibliográfica
Apresentação educação não formal
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=s0009-67252005000400013&script=sci_arttext acesso em 10/04/13
Educação não-formal na pedagogia social
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000092006000100034&script=sci_arttext acesso em 10/04/13
Desmistificando a educação não formal
http://www.sumare.edu.br/Arquivos/1/raes/06/raesed06_artigo01.pdf acesso em: 13/04/13
Associativismo
http://www.estudosdotrabalho.org/anais6seminariodotrabalho/joaocarlosleonelloeclaudiamariadahercosac.pdf acesso em: 14/04/13
O mapa da educação profissional no Brasil
http://revistaepoca.globo.com/Vida-util/noticia/2011/10/o-mapa-da-educacao-profissional-no-brasil.html acesso em: 14/04/13
Imagens
http://www.google.com.br/search?q=educa%C3%A7%C3%A3o+nao+formal&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=YQ1qUe_dBory9gTzoIH4Bg&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1366&bih=667 acesso em 14/04/13
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