A ANÁLISE DOS FENÔMENOS LINGUÍSTICOS NA OBRA DE ARIANO SUASSUNA : O AUTO DA COMPADECIDA
Por: SSassessoria • 24/5/2018 • Trabalho acadêmico • 680 Palavras (3 Páginas) • 1.190 Visualizações
FACULDADE SUMARÉ
LETRAS – HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
Unidade Tatuapé I
A ANÁLISE DOS FENÔMENOS LINGUÍSTICOS NA OBRA DE ARIANO SUASSUNA
O AUTO DA COMPADECIDA
São Paulo
2015
Caroline Moretti
Cristina Carlos
Simone Santos
A ANÁLISE DOS FENÔMENOS LINGUÍSTICOS NA OBRA DE ARIANO SUASSUNA
O AUTO DA COMPADECIDA
Trabalho apresentado para nota parcial da disciplina
PPI - Projeto Profissional Interdisciplinar IV, do curso
de Letras da Faculdade Sumaré, sob a orientação do
Professor Mestre José Wildzeis Neto.
São Paulo
2015
''Que é muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos.”
Ariano Suassuna
Introdução
A língua, objeto de estudo dos linguistas, tem se tornado, cada dia mais o
motivo para ser observada e analisada. No decorrer dos tempos, percebemos a língua
falada se modificando e se renovando com maior velocidade em comparação a língua na
sua modalidade escrita. Os povos de uma civilização são identificados por meio de sua
particularidade em expressar uma determinada língua, como também fatores históricos,
sociológicos, culturais, geográficos, econômicos, de gêneros e faixa etária contribuem
para o surgimento de um novo conceito de linguagem.
Através dos textos literários, muitas histórias são retratadas e seus personagens representam pessoas de culturas diversificadas. Contudo como são preparados esses personagens? Como os autores fazem para reproduzir a fala de tais personagens nos textos teatrais, considerando variação Linguística dos seus personagens?
Esta pesquisa se propõe a investigar os fenômenos linguísticos que possam
ocorrer na obra literária de gênero teatral, do mestre e escritor Ariano Suassuna, O Auto
da Compadecida, cujo o objetivo é mostrar que a Linguística está presente em todas as
áreas em que ocorre a comunicação verbal, seja ela na modalidade escrita ou oral e que
a existência de tais fenômenos na língua sejam retratados de maneira que não ocorra o
preconceito linguístico na representação dos personagens.
[...] É um verdadeiro acinte aos direitos humanos, por exemplo, o modo como a fala nordestina é retratada nas novelas de televisão [...] Todo personagem de origem nordestina é , sem exceção, um ipo grotesco, rústico, atrasado, criado para provocar o riso, o escárnio e o deboche dos demais personagens e do espectador. No plano Linguístico, atores não nordestinos expressam-se num arremedo de língua que não é falado em lugar nenhum do Brasil, muito menos no nordeste de Marte! Mas sabemos muito que essa atitude representa uma forma de marginalização e exclusão. (BAGNO, 2007, p. 43 e 44)
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