A AUTO IMAGEM DO BIBLIOTECÁRIO: um estudo de caso na biblio-teca central da UFG
Por: Vinicius Brito • 11/11/2017 • Artigo • 1.815 Palavras (8 Páginas) • 347 Visualizações
AUTOIMAGEM DO BIBLIOTECÁRIO: um estudo de caso na biblioteca central da UFG[1][pic 1][pic 2]
VASCONCELOS, Vinicius Brito[2]
RESUMO
Este projeto tem como objetivo explanar a autoimagem dos bibliotecários, utilizando o recorte social e cultural dos profissionais da biblioteca central UFG, para elucidar o estudo de caso se faz necessário discorrer sobre a permanecia de estereótipos sobre a profissão no que tange o imaginário popular. Devido as constantes transformações tecnológicas para garantir a manutenção do ofício, e ainda que no Brasil possui mais de 100 anos de tradição a Biblioteconomia tem sua pratica questionada no contexto social contemporâneo. Ancoramos os pressupostos teóricos em literaturas especificas com recortes na grande área das ciências da informação, sociologia, história e antropologia, que dialogam com a instrumentalização dos dados por meio de análise qualitativa, produto de entrevistas realizadas com bibliotecários da biblioteca central da UFG, esperamos identificar a autoimagem regional desse profissional, o que espera para o futuro da profissão, e qual representatividade social da função. Os resultados parciais obtidos revelam que existem estereótipos estruturais na relação entre o bibliotecário e a sociedade, no entanto na medida em que, ações culturais são implementadas, o meio social compreende a importância do bibliotecário como sujeito multiplicador, claro que mudanças em representações tão enraizadas na sociedade, não são propagadas tão facilmente e por isso o profissional está cada vez mais buscando novas práticas dentro da Biblioteconomia, com isso se mantem em um processo de pós formação intelectual constante mantendo nas práticas tecnológicas na ciência da informação.
Palavra Chave: Biblioteconomia. Bibliotecário. Autoimagem. Ciência da informação.
1 INTRODUÇÃO
Partindo dos pressupostos culturais responsáveis pela manutenção da mentalidade popular, acerca das representações de identidade profissional do bibliotecário enquanto sujeito social, esse projeto de pesquisa visa problematizar por meio de análise qualitativa, a visão do profissional que trabalha em biblioteca, especificamente a biblioteca universitária da instituição federal do estado de Goiás, observando os impactos que a globalização da informação trouxe ao profissional e suas expectativas em relação a profissão, que possui histórico de superação e adaptação as novas práticas e tecnologias.
2 BIBLIOTECONOMIA BREVE HISTORICO
Os saberes biblioteconômicos estão voltados a comunicação, desde o surgimento da reflexão em torno da biblioteconomia como disciplina. No século XIX as ciências rompem com os meios tradicionais e nesse contexto surgem os periódicos, que além de serem instrumentos para a manutenção dos saberes e ganharam importância no que tange as raízes da biblioteconomia, pois proporcionam o surgimento por meio da necessidade de armazenamento, tratamento e catalogação desses documentos um novo ofício dentro da Biblioteconomia: a documentação.
O bibliotecário é o profissional que torna acessível à informação ao usuário, independentemente do suporte que ela apresente, ou seja, a base do trabalho desse profissional se direciona para as técnicas de organização e o tratamento da informação para fins de recuperação e uso. (NASCIMENTO, 2009, p. 18)
Para Vidal (2008, p. 10) “o mercado de trabalho tem sofrido constantes modificações com a grande demanda de informação e conhecimento gerados pela ‘Era da Informação’. O que impulsionou os saberes do armazenamento a status de “armas de guerra”, no início do século XX, com a eminência das grandes guerras e o período de latência que as antecederam, fez com que o subcampo da biblioteconomia ganhasse grande prestígio na ciência da informação e também no campo belicista, que agrada ao capital, causando rupturas na superestrutura que transformou toda a ciência que antes era fomentada no campo das ideias passa a ser objetificada a outros saberes e modos de “produção”, nesse contexto teremos a produção experimentalista, onde a comunicação informação e a tecnologia ganham grande importância para a sociedade. O bibliotecário, antes era responsável por tratar, catalogar e disponibilizar livros e a partir desse momento possui outros recortes dentro da comunicação, propagando mudanças estruturais no ofício e em sua prática.
3 BIBLIOTECONOMIA: CONSTRUINDO A IDENTIDADE
Levando em consideração o contexto histórico as transformações que propagaram o processo de globalização, segundo Pierre Lévy (1999) o contexto social pós-moderno, impõe um novo padrão produto das novas tecnologias, que ao ser instrumentalizado, modifica toda a estrutura social e com isso o indivíduo se adapta ao meio, nesse processo a transformação do indivíduo possui características indenitárias no campo profissional. Para compreendermos essas mudanças temos que identificar o conceito de identidade do sujeito, para o teórico Stuart Hall (2005, p.102), existem três tipos sujeitos: iluminismo centrado possui um núcleo interior, exposto em seu nascimento era alimentado por sensações inatas, modelo individualista, pois não possuía interação com o meio, sociológico esse sujeito é produto do mundo moderno aprendeu a viver em seu mundo privado porem atendia a totalidade social por meio de signos e símbolos; e pós moderno, complexo e fragmentado, possui identidades especificas como por exemplo a identidade profissional, o processo indenitário no contexto pós moderno e construído durante toda a vida ,pois os signos, símbolos e representações culturais possuem características cíclicas e com base nessas características o sujeito constrói sua identidade.
4 METODOLOGIA
Segundo Yin em Estudo de caso: planejamento e métodos (2006, p. 212) o estudo de caso é a generalização analítica na qual os dados dialogam com a teoria. Se faz necessário várias replicações para que esse estudo propague resultados e para que o mesmo forneça sustentação teórica, a repetição de dados é o que reforça e dá suporte a teoria. Entrevistas em profundidade semiestruturadas para que o entrevistado revele suas motivações, cultura e crenças à cerca da imagem do bibliotecário que compõem a estrutura desta pesquisa sendo a mesma realizada na Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás. Em entrevistas realizadas com profissionais da biblioteconomia, por meio de correio eletrônico, onde foi enviado um questionário para 17 profissionais, onde apenas 3 enviaram suas respostas que mediante destas trouxeram informações essenciais nas quais serão exploradas para auxiliar na resolução do problema levantado nesta pesquisa. Segundo Gil (1999) neste tipo de pesquisa é encontrada a vertente onde os pontos de discussão foram produzidos previamente.
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