A Cultura Erudita
Por: LyaSanfrey • 10/4/2019 • Trabalho acadêmico • 1.744 Palavras (7 Páginas) • 209 Visualizações
INTRODUÇÃO
Sendo a cultura uma construção histórica e coletiva da vida humana, ela é composta dos vários e diversos processos que as sociedades atravessam. Abrange um conjunto de saberes coletivos e próprios, que se manifestam através de identidade própria de um grupo.
A cultura possui tanto aspectos tangíveis - objetos ou símbolos que fazem parte do seu contexto - quanto intangíveis - ideias, normas que regulam o comportamento, formas de religiosidade. Esses aspectos constroem a realidade social dividida por aqueles que a integram, dando forma a relações e estabelecendo valores e normas.
O presente trabalho tem por finalidade abordar o tema Cultura Erudita, que é aquela proveniente de estudos, produzida através de pesquisas, análises teóricas, experimentação. Sendo a principal responsável pela evolução intelectual da sociedade, já que está diretamente ligada a produção de conhecimento pela elite de uma sociedade.
CULTURA ERUDITA
A cultura erudita faz parte de uma elite social, econômica, política e cultural e seu conhecimento é proveniente do pensamento científico, dos livros, das pesquisas universitárias ou do estudo em geral.
O acesso à cultura erudita é facilitado para a aristocracia sob o argumento de ser produto de intensa investigação.
Diante desses fatores, é agregado valor monetário aos bens culturais e quem tem menor poder aquisitivo é excluído de sua contemplação.
Como exemplos de cultura erudita temos a música, dança, literatura, teatro, cinema, obras de artes.
MUSICA ERUDITA
Música clássica, música de concerto ou música erudita é o nome dado à principal variedade de música produzida ou enraizada nas tradições da música secular. Por sua complexidade de elaboração, está entre os principais exemplos de cultura erudita.
Entre os nomes notórios da música clássica estão Beethoven, Brahms, Delibes, Mozart, dentre outros. No Brasil, o nome de maior destaque é o maestro Heitor Villa Lobos.
DANÇA ERUDITA
Danças eruditas são as que precisam de todo um processo de aprendizagem sistematizado, dado a sua complexidade e por serem em sua essência habilidades motoras altamente estruturadas, ou seja, são aquelas habilidades que se originam de estudos biomecânicos e devem ser incorporadas ou internalizadas para serem eficientes na prática da modalidade à qual os modelos pertencem.
Os espetáculos de dança erudita, representadas pelo Ballet, apresentam dois estilos básicos. O primeiro chamado estilo clássico, que engloba o repertório barroco, clássico e romântico, criado a partir das danças da corte em meados do século XV e vai até o século XIX. Temos como exemplo: O Lago dos Cisnes, Giselle, O Quebra-Nozes, Coppélia, A Bela Adormecida, entre muitos outros.
Surgido no início do século XX, o segundo estilo propõe uma grande ruptura e renovação, no chamado estilo moderno, onde se buscou, a partir de uma nova linguagem musical, com Debussy, Stravinski, Ravel e Prokofiev, entre outros, novas formas de expressividade e dramaticidade, através da dança. Esta verdadeira revolução na arte da dança se deu, sobretudo, pelos espetáculos dos “Ballets Russes” de Diaghlev, em Paris. Exemplos marcantes deste período são as estreias de “L’apres midi d’um Faune”, de Debussy, e, principalmente, o grande e escandaloso impacto da estréia da “Sagração da Primavera”, de Stravinski.
Enquanto o ballet clássico prezava pelo movimento perfeito, o ballet contemporâneo liberta de toda essa rigidez o bailarino.
Atualmente, os grandes e tradicionais espetáculos do mundo, produzem tanto o repertório clássico, quanto o moderno.
LITERATURA ERUDITA
A Literatura erudita esta relacionada diretamente ao refinamento de suas obras à polidez ao intelectualismo, e tem como defesa a escrita feita pensada, elaborada de forma racional, e são produzidas para serem consumidas pelas às classes sociais mais altas, (elites), Diante desses fatores, é agregado valor monetário aos bens culturais e quem tem menor poder aquisitivo é excluído de sua contemplação.
Obs: (Intelectual é um adjetivo que caracteriza algo ou alguém que desempenha uma atividade de natureza mental, relacionado com o intelecto e a inteligência. Um intelectual é a pessoa que produz pensamentos)
Em um fragmento do texto “A Arte de Escrever” o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) afirmou que “A peruca é o símbolo mais apropriado para o erudito puro. Trata-se de homens que adornam a cabeça com uma rica massa de cabelo alheio porque carecem de cabelos próprios.”
Na interpretação do texto anteriormente citado, podemos perceber que a escrita erudita é considerada aquela que é formada por meio de investigações teóricas e estudos que levam a considerações mais elitizadas e críticas.
TEATRO ERUDITA
Sempre foram destinados às classes nobres, pois exige mais estudo e alto padrão social.é uma das áreas de entretenimento que somente os nobres gostam e aproveitam.
Surge oficialmente na Grécia, no século VII a.c. E se desenvolve no século VI, em concursos dramáticos, como: comédias, tragédias e sátiras de temas mitológicos.
Exemplo de teatro erudita são as óperas, entre elas se destaca a de Giacomo Puccini, que é composta de óperas italianas, e estão entre as mais interpretadas atualmente: La Boheme, Tosca, Madama Butterfly E Turandont.
La Boheme: é uma ópera baseada no romance de Henri Murger. Estreou no teatro Regio de Turim em: 1 de fevereiro de 1896, na língua italiana.
Turandot: última ópera de Puccine , que ficou inacabada por causa da morte do autor. Em 29 ,de novembro de 1924. Mais que foi completa por Franco Alfano.
CINEMA ERUDITO
O nascimento do Cinema tem data e endereço: 28 de dezembro de 1895, Salão Grand Café, em Paris, com a exibição “A Saída da Fábrica Lumière em Lyon”, e, no ano seguinte, foi a primeiro em termos comerciais com “A Chegada do Trem na Estação”. À frente estavam os irmãos Lumière, Auguste Marie Louis Nicholas Lumière e Louis Jean Lumière.
Já o cinema erudito, que conhecemos pelo termo “cinema de arte”, surgiu na França, em 1904, por iniciativa dos irmãos Lafitte, com o objetivo de levar os intelectuais ao Cinema.
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