A ESCASSEZ DE RECURSOS HUMANOS: "UM PASSO PARA UM COLAPSO ESCOLAR"
Artigo: A ESCASSEZ DE RECURSOS HUMANOS: "UM PASSO PARA UM COLAPSO ESCOLAR". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 20102 • 18/3/2014 • 3.788 Palavras (16 Páginas) • 399 Visualizações
ESCOLA ESTADUAL ALUISIO GERMANO
A ESCASSEZ DE RECURSOS HUMANOS:
“UM PASSO PARA UM COLAPSO ESCOLAR”
BETÂNIA COUTINHO
CARPINA, MAIO DE 2008.
JUSTIFICATIVA
Muito tem avançado o processo de desenvolvimento do comportamento administrativo escolar e a evidência dos benefícios que essa prestação de serviços podem oferecer à sociedade escolar sob diversas formas.
A concepção errada de que a entidade escolar são sistemas fechados e muitas vezes, uma interpretação equivocada do funcionamento como sistemas abertos, podem levar a erros. Um deles é a falha em não reconhecer, completamente, que a organização depende continuamente da contribuição de recursos humanos, e que a influência da energia humana e de matérias é uma constante (KATZ, 1970).
Mesmo que as escolas possuam alguns dispositivos inerentes que a mantenham estáveis, não deve obscurecer as inter-relações dinâmicas de qualquer estrutura social com seu ambiente natural e social.
Muito se tem visto a respeito de novas formas organizacionais a partir do final do século passado implantadas nas escolas. A globalização da economia e o desenvolvimento tecnológico levaram o homem a mudanças rápidas em seu comportamento social e organizacional. As entidades educativas como parte do organismo social passaram a gerar novos comportamentos e a sofrerem influências da sociedade que exigem rapidez e qualidade nos serviços prestados de forma mais abrangentes.
O ambiente escolar evoluiu para ambiente mais humano sem perder o foco na atividade fim da organização. Tais evoluções são, hoje, vistas como mudanças radicais, porém, muito há de se buscar para satisfazer um constante desenvolvimento e inserção de contexto interno ao social.
O aumento na freqüência e na variedade de mudança implica que os funcionários se tornem mais hábeis no trabalho de planejar, atuar e introduzir uma mudança para assim executar um trabalho com qualidade e rapidez. Eles precisam entender o processo de mudança e as estratégias alternativas disponíveis para administrar esse processo(HAMPTON,1990).
As mudanças necessárias estão além de simples adaptação às novas realidades e necessidades. Para permanecerem em consonância com a sociedade as organizações precisam de alterações profundas nos modelos que vêm adotando.
A nova realidade educacional com, infelizmente, escassez de funcionários administrativos cria, automaticamente, um desafio de preenchimentos das lacunas existentes pelo quantitativo reduzido de pessoas que assumam essas funções ou a necessidade de novas formas e estratégicas organizacionais. Os novos problemas exigem soluções também novas, sendo a inovação um dos recursos indispensáveis, para que as escolas enfrentem os desafios crescentes que a ameaçam incessantemente.
As organizações são combinações de ciências e pessoas - tecnologia e humanismo. Para alguns autores as organizações são sistemas sociais e caso alguém queira trabalhar nelas e administrá-las, necessita compreender como funcionam. “A tecnologia é suficientemente difícil em si mesma, mas quando se juntam pessoas chega-se a um sistema social imensamente complexo cuja compreensão é realmente adequado porque são necessárias para que atinja os benefícios da civilização. O progresso da nossa sociedade depende de organizações eficazes” (DAVIS, 1992).
Quando se fala em mudanças organizacionais, automaticamente fala-se em mudanças comportamentais em relação às pessoas que fazem parte delas. O comportamento humano nas organizações é bastante imprevisível. Isso ocorre porque ele nasce das necessidades do homem, profundamente arraigadas e dos sistemas de valores. Todavia, ele pode ser parcialmente compreendido em termos dos pressupostos das ciências do comportamento, da administração e de outras disciplinas. Não existem fórmulas simples para se trabalhar com pessoas. Não existe uma solução perfeita aos problemas organizacionais. Os gestores devem aumentar os seus conhecimentos e habilidades de tal forma que os relacionamentos possam ser considerados.
Para nos auxiliar a compreender como as pessoas agem dentro das organizações, tem-se à disposição o estudo do comportamento organizacional, que é uma ferramenta que nos auxilia a analisar este universo. “Uma ferramenta humana para o benefício do homem” (DAVIS, 1992). Ela se aplica amplamente ao comportamento das pessoas em todos os tipos de organizações, tais como negócios, escolas e organizações de serviços.
Quando é aplicada com enfoque sistêmico, cria-se um sistema de gratificação no qual os objetivos humanos, organizacionais e sociais tornam-se alinhados. Havendo trabalho em equipe, aprimoramento dos recursos, cooperação, quantidade de funcionários adequados nas repartições das escolas públicas, as pessoas encontram mais satisfação em exercer suas funções dentro das repartições públicas. Elas estão aprendendo, crescendo e contribuindo. A organização também tem maior sucesso porque ela opera mais eficazmente. A qualidade é melhor e os custos menores. Talvez o maior beneficiário do sistema de recompensa seja a sociedade em si mesma, porque ela passa a ter melhores produtos e serviços, melhores cidadãos, um clima de cooperação e progresso.
Todavia, efeitos negativos também são resultantes de uma ação comportamental, desta forma se faz necessário estar atento para determinar se uma ação produzirá um efeito positivo ou negativo. “Não é mais suficiente olhar apenas os benefícios, pois podem existir custos em outras partes do sistema” (DAVIS, 1992).
PROBLEMA
No Brasil, as orientações de Políticas educacionais, advindas das condicionalidades de acordos estabelecidos com os organismos internacionais de financiamento (FMI, Banco Mundial, BID), a partir do final dos anos 80 sinalizam, no discurso, para a construção
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