A FORMAÇÃO DAS NAÇÕES LATINO-AMERICANAS
Por: Willian Sanches • 10/6/2020 • Relatório de pesquisa • 1.388 Palavras (6 Páginas) • 167 Visualizações
WILLIAN JAMES DA CONCEIÇÃO SANCHES
HISTÓRIA DA AMÉRICA II
RESENHA: A FORMAÇÃO DAS NAÇÕES LATINO-AMERICANAS
Para compreender como se deu a formação das nações latino-americanas é preciso ressaltar alguns fatos importantes como as difíceis lutas e os processos de independência, visto que, na América Portuguesa, isso ocorre de forma diferente do que na América Espanhola uma vez que temos a presença da família real no Brasil consolidando o poder, quanto á coroa espanhola se fragmentava no “novo mundo”.
Mesmo a coroa espanhola sendo autoridade máxima durante todo o período colonial, a primeira década do século XIX é marcada por manter as aparências do poder a despeito de outras evidências da crise que se aprofundava.
Durante o século XVIII, ocorreram alterações comercial sendo uma delas, o livre comércio entre as próprias colônias a partir de 1778, mesmo sendo uma prática corrente era considerado ilegal pela metrópole. Porém, o comércio com outras nações ainda era interditado. No entanto, de uma forma genérica, as produções manufatureiras eram altamente taxadas. Havia também o problema com quem eram nascidos na América Espanhola, os criollos, que não podiam ter uma ascensão social, ter um cargo político, privilégios estes que eram concedidos somente aos nascidos na Espanha.
Durante o período colonial havia duas instituições que se destacavam por seus privilégios: o Exercito e a Igreja. Os militares possuíam um foro particular que os livrava da submissão à justiça comum, já a Igreja, era extremamente rica e destacava-se em importância perante o resto da sociedade e obtia suas rendas através de propriedades rurais, dos dízimos e das capelanias ou censos. Já a Igreja se destacava em importância frente ao resto da sociedade, devido ao fato de suas rendas serem obtidas através de três fontes principais que seriam: os proventos de suas propriedades rurais e urbanas que eram inumeráveis, os dízimos, impostos obrigatórios cobrados sobre todas as produções e rendas e as rendas das capelanias e censos que a transformava em um verdadeiro banco que emprestava dinheiro, particularmente aos proprietários rurais, pequenos comerciantes e manufatureiros.
Existia uma ligação sólida entre a coroa e a América Espanhola, onde a evangelização dos índios seria a outra forma de dominação colonial da coroa. Essa ligação evidencia-se definitivamente através do padroado, onde o papa outorgava aos reis espanhóis uma serie de prerrogativas, entre as quais: o direito da nomeação de bispos, a arrecadação de certos impostos, a criação e demarcação de dioceses e paróquias, etc. Em compensação, a Igreja possuía um foro especial que a distinguia ainda mais do restante da sociedade o que a fez tomar partido em favor da manutenção da ordem colonial vigente que tantos privilégios lhe ofereciam quanto ao baixo clero, vivia em situação próxima à dos pobres tomando posições radicais e contestadores para os poderes vigentes na época.
Em relação aos índios, num primeiro momento, a coroa havia se colocado como protetora, em contrapartida, os índios viviam na miséria e sofriam discriminações de toda natureza e recebiam um tratamento humilhante. Eram isentos do dízimo, mas eram obrigados a pagar um tributo ao rei. As castas, além de sofrer o estigma de sua origem ilegítima, eram proibidas de usar armas, receber ordens religiosas e usar ouro e seda.
A situação de trabalho dos índios e das castas era terrível. Nas fazendas, quase se tornavam escravos por dívidas que eram adquiridos ao se fazer empréstimos com o patrão e, caso as dívidas não fossem quitadas em vida, os filhos herdariam.
Ao analisar o processo de colonização da América Portuguesa, podemos observar algumas características no contexto latino-americano como a importância da produção de açúcar no inicio da colônia que não se comparava à riqueza dos metais preciosos explorados nas regiões da América Espanhola, uma diferença que marcou fortemente as formas assumidas pelas duas colonizações.
O Brasil estava divido em dois Estados, o do Brasil e o do Pará e Maranhão, porém, era uma divisão nominal, já que o vice-rei do Brasil exercia seu poder nos dois Estados, mas, em 1763, o Rio de Janeiro se tornava a sede do vice-reinado. O papel local era monopolizado pelos senhores de terras, os “homens bons” e, diferente da América Espanhola, a posse da terra significava o acesso à riqueza e ao efetivo exercício, se possível, do poder local.
A Igreja portuguesa tinha menos poder e riquezas que o da América Espanhola, mas o papa, também cedeu ao rei de Portugal o direito do padroado. Os dízimos foram concedidos ao monarca português que devia realizar uma série de benefícios para a Igreja e manter a subsistência do clero com o pagamento das côngruas.
As tropas de linha constituíam as forças militares e eram compostas por regimentos portugueses tendo como oficiais nobres portugueses. O recrutamento na colônia, para soldados rasos, se restringia aos homens brancos, mas pela dificuldade de preencher os lugares e de encontrar os tipos desejados, aceitavam-se mestiços e mulatos claros.
Na segunda metade do século XVIII, as ideias reformistas chegaram à coroa portuguesa que colocou em prática medidas para aprimorar o sistema colonial. Os principais alvos da reforma foi o combate ao contrabando e uma maior arrecadação dos impostos e se iniciou uma maior liberalização da economia e decretou o fim do estanco do sal e da pesca da baleia, estimulou o comércio internacional e incentivou a diversificação da produção agrícola. Entretanto, as manufaturas continuaram proibidas já que os ilustrados trabalhavam no sentido do incremento da indústria metropolitana.
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