A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE E APLICAÇÃO GERENCIAL DA CONTABILIDADE
Dissertações: A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE E APLICAÇÃO GERENCIAL DA CONTABILIDADE. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: indygandhi • 16/4/2014 • 1.512 Palavras (7 Páginas) • 393 Visualizações
A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE E APLICAÇÃO GERENCIAL DA CONTABILIDADE
A história sobre a Contabilidade é necessária para que possamos entender os métodos de custeio, compreender a sua utilização e conseqüentemente adaptá-los aos tempos modernos. Atualmente é concebida como um sistema de informação para gestão e uma ferramenta que ajuda a encontrar respostas a um grande número de questões que se apresentam não só em nosso dia-a-dia como também em qualquer entidade econômica.
Os primeiros vestígios de atividade contábil situam-se por volta de 8000 a.C., em Uruk, cidade da antiga Mesopotâmia, no território atual do Iraque. Uruk era um centro da civilização sumeriana. Esses primeiros registros contábeis constituíam-se em fichas de barro, guardadas em receptáculos de barro, que eram utilizadas na contagem do patrimônio. Por exemplo, uma ficha de barro poderia representar um boi. Se esse boi fosse transferido para outra pastagem ou fosse emprestado, a sua ficha seria igualmente transferida para um outro receptáculo de barro, registrando dessa forma o evento ocorrido e auxiliando o controle do patrimônio por parte do proprietário.
Dessa forma, um único evento contábil (por exemplo, um empréstimo de um boi) envolveria dois receptáculos de barro: um, representando o estoque de bois do dono do boi, forneceria uma ficha e outro, representando o direito do dono do boi sobre a pessoa que estava tomando o boi emprestado, receberia esta ficha. Isto seria um duplo registro da transação, ou em outras palavras, um lançamento de partida dobrada. Após a criação das fichas de barro para o controle da contabilidade, houve a criação de tábuas com escritos cuneiformes, para a contabilização de pão, cerveja, materiais e trabalho escravo, em Uruk e em Ur, também na Suméria. Dessa forma, a invenção da escrita pelo homem está intimamente ligada ao surgimento da contabilidade.
O Antigo Egito também contribuiu com grandes avanços na ciência contábil, principalmente devido à necessidade do governo de organizar a arrecadação de impostos. Os antigos egípcios inovaram ao efetuar os registros contábeis utilizando valores monetários, no caso o shatde ouro e prata.
Na Antiga Grécia, a burocracia da cidade de Micenas mantinha arquivos que registravam, em placas de barro, lançamentos de impostos, propriedade territorial, reservas agrícolas, inventários de escravos, de cavalos, de carros de guerra e de peças desses carros. A escrita utilizada era a "linear b". Com o desenvolvimento da democracia grega, os governantes eleitos passaram a ter que prestar contas de como utilizavam os recursos públicos, através de demonstrações contábeis inscritas em pedra.
Os antigos romanos se preocupavam em registrar cuidadosamente o seu patrimônio pessoal, utilizando tábuas de cera gravadas com estiletes pontiagudos para rascunhos, que em seguida eram transcritos para papiros ou pergaminhos. De alguns destes escritos, denominados ratio, surgiu o livro razão atual. A nível de administração governamental, os romanos tinham a figura do "contador-geral do estado", que controlava as finanças imperiais e que era um dos mais importantes funcionários da máquina estatal.
Na Idade Média, a ciência contábil européia sofreu um retrocesso. O colapso do Império Romano do Ocidente e a invasão dos bárbaros germânicos ocasionaram a diminuição drástica do comércio no continente, devido à insegurança generalizada e à desorganização das atividades produtivas. Houve uma decadência cultural, devido ao pouco valor dado pelos invasores à cultura livresca. A alfabetização ficou restrita aos mosteiros. Como a população tornou-se analfabeta em sua maioria e praticamente não havia mais comércio, não havia mais meio nem razão de se efetuar a contabilidade, ocasionando uma interrupção na evolução da ciência contábil.
No final da Idade Média, ocorreu o renascimento comercial e urbano da Europa, devido ao fim das invasões bárbaras. Isso gerou a necessidade de um desenvolvimento da ciência contábil, como forma de controlar o fluxo comercial em expansão. Essa necessidade foi particularmente sentida nas cidades do norte da Itália (Gênova, Veneza e Florença), que desenvolveram, de maneira independente umas das outras, sistemas contábeis utilizando "partidas dobradas", ou seja, registros das operações mercantis mostrando a origem e a aplicação dos recursos.
O ápice da contabilidade de custos e/ou gerencial se deu com a revolução industrial no século XVIII. O cenário da época imediatamente anterior a revolução consistia em transações comerciais entre o proprietário da empresa e o consumidor final, ou seja, geralmente quem fabricava também comercializava, a empresa da época não possuía nível hierárquico, tampouco funcionários com salários. Os bens de consumo eram fabricados na maioria das vezes artesanalmente.
Com o advento da revolução industrial, as empresas que até então fabricavam em escala e, para tanto, passou-se a contratar funcionários assalariados e comprar matéria prima em maior quantidade, gerando estoques. Esta fabricação em escala levou a uma nova realidade, pois, de meros donos-vendedores do seu próprio trabalho, os empresários tiveram que organizar suas empresas em níveis hierárquicos.
Como até então os empresários formavam seu preço de venda com base no valor pago ao seu fornecedor, visto que seus insumos eram basicamente mão de obra, na maioria das vezes própria, e matéria prima, a partir da produção em escala criou-se uma demanda por informações contábeis para se chegar ao preço de venda. Na falta de informações de preços dos processos de transformação ocorrida dentro de suas organizações, os proprietários criaram indicadores que sintetizassem a eficiência com a qual a mão de obra e matéria prima era convertida em produtos acabados, indicadores servindo também para motivar e avaliar os gerentes que supervisionavam o processo de
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