A HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO
Por: Feconsolo • 6/12/2017 • Trabalho acadêmico • 2.623 Palavras (11 Páginas) • 328 Visualizações
COLÉGIO ESTADUAL JUSCELINO KUBTISCHEK DE OLIVEIRA
CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
FERNANDO CONSOLO COSTA
UMA ANÁLISE DA HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO
MARINGÁ
2017
FERNANDO CONSOLO COSTA
UMA ANÁLISE DA HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO
Trabalho apresentado ao Curso de Tecnico de Segurança do Trabalho do Colégio Estadual Juscelino Kubitschek de Oliveira para nota parcial da disciplina Comunicação e Educação em Segurança do Trabalho Ministrado pela professora Rosimar Jezualdo.
MARINGÁ
2017
À minha mãe, meu irmão e minha namorada sem o amor incondicional de vocês hoje não estaria aqui.
À professora Rosimar Jezualdo por todo o apoio e ensina para a eloboração deste documento e por sempre fomentar o saber.
‘’ O fim da arte e da educação é substituir a natureza e contemplar aquilo que ela apenas começou” (Aristóteles)
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 6
2. HISTORIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO 7
2.1 Segurança do trabalho no mundo 7
2.2 Segurança do trabalho no Brasil 8
3. CONCLUSÃO 10
REFERÊNCIAS 11
APÊNDICE 12
ANEXOS 13
- INTRODUÇÃO
Este trabalho visa uma análise da história e evolução da segurança do trabalho, sendo que primeiro é feita uma contextualização no mundo sobre o tema e depois como o tema é abordado no Brasil.
Será feita uma revisão bibliográfica de literaturas anteriores sobre o tema de forma a elucidar como a segurança do trabalho veio evoluindo ao longo dos séculos no mundo e em específico no país.
Tendo em vista que muitas leis e foram criadas sobre o tema é importante saber contextualizar a forma como elas foram surgindo e traçar paralelos entre o mundo e o Brasil, não apenas na diferença de tempo para as leis surgirem, mas os processos que a fizeram existir.
Portanto é de suma importância que um profissional entenda quais as raízes da área que ele trabalha para ter uma visão global dos acontecimentos e poder às vezes até antes das leis, antecipar e adiantar processos no mundo globalizado.
- HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO
2.1 SEGURANÇA DO TRABALHO NO MUNDO
Durante o decorrer da evolução humana as relações de trabalho também foram evoluindo, segundo Mendes e Oliveira (1995) durante a transição do sistema feudal para o capitalista foram surgindo maiores relações entre a saúde e o trabalho.
Porém muito antes disso no século IV a.C. o médico Hipócrates já reconhecia e registrara a toxidade do chumbo na mineração, 500 anos depois um sábio romano chamado Plínio complementou os estudos de Hipócrates, comentando sobre os perigos iminentes do manuseio de zinco e enxofre e doa exposição dos trabalhadores ao mercúrio e poeira, Plínio ainda descreve a primeira utilização de equipamento de proteção individual (EPI) pelos escravos ao colocarem sobre o rosto panos ou bexigas de animais para atenuar a inalação de poeiras (MENDES, 1995).
Após esse período no feudalismo acontecem evoluções para o homem, no entanto, essas evoluções ficam restritas as áreas da engenharia e em específico na militar, apenas em 1473 é publicado pela editora Ulrich Ellenbog um panfleto sobre doenças ocupacionais com instruções a respeito de saúde ocupacional, logo após em 1556 Georgius Agrícola foi quem efetivamente publicou sobre fatores de risco associados à indústria de mineração em seu livro “De Re Metallica” que foi traduzido para o inglês somente em 1912 (CLAYTON, 1991).
Devido à demora para uma tradução, o primeiro estudo publicado sobre o tema é considerado a obra de Bernardino Ramazzini intitulada “As Doenças dos Trabalhadores” em 1700, no livro são descritas as doenças de mais de 50 ocupações e medidas mitigadoras para diminuir os acidentes nas indústrias.
Porém começa a ter força de lei apenas durante a primeira revolução industrial, devido a condições de trabalho que beiravam a escravidão, surgiram muitos movimentos sociais e reivindicações trabalhistas forçando os políticos e legisladores a introduzirem medidas cabíveis para evitar maiores revoltas populares e melhorar a produção. Em 1802 o parlamento inglês aprova a Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes (SALIBA, 1998).
As Leis começam a ter um rigor maior em 1933 com a criação da “Lei das Fábricas”, onde o parlamento inglês pela primeira vez regulamenta o trabalho das crianças, impedindo o trabalho noturno dos menores de 18 anos e colocando a idade mínima para trabalho de 13 anos. Além desses fatores a lei estabelecia um máximo de 48 horas semanais de trabalho, o empregador deveria prover educação ao empregado e a lei trouxe pela primeira vez multas para condições de trabalho insalubres (NOGUEIRA, 1984).
Em 1864 e 1878 são feitas implementações significativas nas leis das fábricas, indicando os requisitos para a instalação de ventilação local e exaustora para a remoção de poeiras e fumos que poderiam causar danos a saúde. Devido a todos esses acontecimentos em 1901 o parlamento cria a legislação para riscos de produtos químicos, sendo aqui o marco do divisório da medicina e da saúde ocupacional. Essas séries de Leis impostas pelo parlamento inglês serviram de inspiração para muitos outros países industrializados da época, como a Alemanha e a Suíça.
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