A História Do Pensamento Econômico
Trabalho Escolar: A História Do Pensamento Econômico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: holinaldo • 17/5/2014 • 2.537 Palavras (11 Páginas) • 547 Visualizações
A história do pensamento econômico
Mercantilismo
Podemos definir o mercantilismo como sendo a política econômica adotada na Europa durante o Antigo Regime. Como já dissemos, o governo absolutista interferia muito na economia dos países. O objetivo principal destes governos era alcançar o máximo possível de desenvolvimento econômico, através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um reino, maior seria seu prestígio, poder e respeito internacional.
Podemos citar como principais características do sistema econômico mercantilista:
Metalismo: o ouro e a prata eram metais que deixavam uma nação muito rica e poderosa, portanto os governantes faziam de tudo para acumular estes metais. Além do comércio externo, que trazia moedas para a economia interna do país, a exploração de territórios conquistados era incentivada neste período. Foi dentro deste contexto histórico, que a Espanha explorou toneladas de ouro das sociedades indígenas da América como, por exemplo, os maias, incas e astecas.
Industrialização: o governo estimulava o desenvolvimento de indústrias em seus territórios. Como o produto industrializado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, exportar e manufaturados era certeza de bons lucros.
Protecionismo Alfandegário: os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas para outros países.
Pacto Colonial: as colônias europeias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa. Dentro deste contexto histórico ocorreu o ciclo econômico do açúcar no Brasil Colonial.
Balança Comercial Favorável: o esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira
Fisiocracia
Suas teorias surgiram na França e foram mais populares durante a segunda metade do século XVIII. A Fisiocracia talvez seja a primeira teoria bem desenvolvida da economia.
O movimento foi particularmente dominado por François Quesnay (1694-1774) e Anne Robert Jacques Turgot (1727-1781). Esse movimento imediatamente precedeu a primeira escola moderna, a economia clássica, que se iniciou com a publicação do livro de Adam Smith, A Riqueza das Nações, em 1776.
A contribuição mais significativa dos fisiocratas era a sua ênfase no trabalho produtivo como fonte de riqueza nacional. Esse pensamento é contrastante em relação ao das escolas anteriores, em particular o mercantilismo, que muitas vezes focava na riqueza do governante, no acúmulo de ouro, ou no saldo da balança comercial. Enquanto a escola Mercantilista de economia dizia que o valor dos produtos da sociedade era criado no seu ponto de venda, com
o vendedor vendendo seus produtos por mais dinheiro do que estes tinham "originalmente" valido, a escola Fisiocrática de economia foi a primeira a ver o trabalho como a única fonte de valor. No entanto, para os fisiocratas, apenas o trabalho agrícola criava este valor nos produtos da sociedade. Todo o trabalho "industrial" e não agrícola eram "apêndices improdutivos" para o trabalho agrícola.
Na época em que fisiocratas estavam formulando suas idéias, a economia era quase totalmente agrária. Esse talvez seja o motivo pelo qual a teoria tenha considerado apenas o trabalho agrícola como sendo valioso. Fisiocratas viam a produção de bens e serviços como consumo do excedente agrícola, uma vez que a principal fonte de energia era o músculo humano ou animal e toda a energia era derivada a partir do excedente de produção agrícola. O lucro na produção capitalista era apenas o "aluguel" obtido pelo proprietário do terreno em que a produção agrícola estava ocorrendo.
A percepção do reconhecimento dos Fisiocratas da importância fundamental do terreno foi reforçada no meio século seguinte, quando os combustíveis fósseis foram aproveitados por meio do uso da máquina a vapor. A produtividade aumentou consideravelmente. Ferrovias, e sistemas de abastecimento de água e saneamento a vapor, possíveis cidades de vários milhões de pessoas com valores da terra muitas vezes maior do que as terras agrícolas. Assim, enquanto os economistas modernos também reconhecem manufatura e serviços como produtivos e geradores de riqueza, os princípios estabelecidas pelos fisiocratas permanecem válidos. A Fisiocracia também tem uma relevância contemporânea importante em que toda a vida permanece dependente da produtividade do solo bruto e a capacidade do meio ambiente natural se renovar.
Utilitarismo
O Utilitarismo é uma escola filosófica que nasceu no século XVIII, na Inglaterra. Ela estabelece a prática das ações de acordo com sua utilidade, baseando-se para tal em preceitos éticos. Assim, uma atitude só deve ser concretizada se for para a tranquilidade de um grande número de pessoas. Portanto, antes da efetivação de uma ação, ela deve ser avaliada sob o ponto de vista dos seus resultados práticos.
Esta expressão foi plasmada por Jeremy Bentham, na primeira metade do século XIX, em referência à essência desta doutrina. Mas ela foi usada originalmente por Stuart Mill, que estendeu o uso desta filosofia aos aspectos consistentes da sociedade, tais como sistema político, legislação, Justiça, política econômica, liberdade sexual, entre outros. Ele também idealizou a fundação de uma Sociedade Utilitarista.
Pode-se dizer que do ponto de vista filosófico o Utilitarismo visa alcançar o maior valor da existência humana, a felicidade, não no sentido meramente individual, mas no aspecto coletivo. Economicamente, é também a vantagem de todos que deve servir de parâmetro para se tomar ou não uma decisão, ciente de que ela é ou não correta. Assim, ele é oposto ao cultivo do egoísmo e à tomada de atitudes impulsivas, que não medem as consequências. Segundo esta doutrina, a ação não depende da motivação de quem a pratica, pois uma intenção negativa pode gerar consequências úteis e benéficas.
De certa forma, pode-se afirmar que esta linha filosófica já era cultivada na Antiguidade, principalmente por Epicuro e seus discípulos, na Grécia Antiga. Além disso, alguns pesquisadores apontam a existência, no século XVII, de traços do Utilitarismo na filosofia moralista do Bispo Richard Cumberland. Pouco tempo depois, Francis Hutcheson defendeu que “a melhor ação é a que busca a maior felicidade para o maior
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