A IMPORTANCIA DOS JOGOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Por: ECPMACHADO • 27/8/2016 • Trabalho acadêmico • 3.795 Palavras (16 Páginas) • 376 Visualizações
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DA MATEMÁTICA
ELIZANE DA CUNHA PAIS MACHADO
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Santa Luz
2015
ELIZANE DA CUNHA PAIS MACHADO
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Trabalho de Conclusão de Curso, sob a forma de Artigo Científico, apresentado a Universidade Candido Mendes (UCAM), como requisito obrigatório para a conclusão do curso de Pós-graduação Lato Sensu em Ensino da Matemática.
Orientador(a): Prof. Henrique Magalhães
Santa Luz
2015
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Elizane da Cunha Pais Machado
RESUMO
Este artigo abordará a importância do uso dos jogos no ensino da matemática como recurso didático-metodológico capaz não só de dinamizar as aulas, como torná-las prazerosas. O jogo deve ser considerado como um dos recursos necessários ao ensino-aprendizagem e acima de tudo deve se fazer presente no cotidiano escolar. Além de contribuir no processo de construção do conhecimento, o jogo proporciona ao aluno uma aula diferente, levando-o a fugir da rotina e do tradicionalismo. A utilização dos jogos em sala de aula surge como uma oportunidade de socialização dos alunos, promovendo o senso crítico e investigativo nos discentes.
Palavras-chave: Jogos, Matemática, Ensino, Aluno.
1. INTRODUÇÃO
O debate sobre a importância dos jogos no ensino da matemática vem se difundindo à medida que o professor apropria-se do jogo com a intenção de motivar a aprendizagem do aluno, visando desenvolver a concentração, o raciocínio lógico e o senso cooperativo de forma que possibilite a interação deste aluno com os demais alunos da classe.
A noção de jogo aplicado à educação desenvolveu-se com lentidão e penetrou, tardiamente, no universo escolar, sendo sistematizada com atraso. No entanto, introduziu transformações decisivas... Materializando a ideia de aprender divertindo-se... (Schwartz, 1966)
A utilização de jogos para o ensino requer uma mudança de postura do professor quando se refere ao ensino de matemática, ou seja, o papel do professor que antes era de transmissor de conhecimento, através do ato de observar, intervir e incentivar a aprendizagem, respeitando o processo de construção do saber de cada aluno.
Não se deve permitir que o discente participe do jogo de qualquer jeito, é preciso traçar objetivos a serem cumpridos, metas a alcançar, além de regras que deverão ser obedecidas. O aluno não deve ver o jogo como uma atividade à parte que não faz parte da aula e, portanto não será necessário prestar atenção no professor, adotando assim uma conduta de indisciplina, é preciso conscientizá-lo de que aquele momento é importante para sua formação, pois caberá a ele usar de seus conhecimentos e suas experiências para participar, argumentar e propor soluções na tentativa de chegar aos resultados esperados pelo professor, até porque um mesmo jogo pode não ter uma única resposta, mas várias, nessa perspectiva deve-se aceitar a variedade das respostas, visto que não fujam do propósito.
2. DESENVOLVIMENTO
Existe uma grande variedade de sentidos que a palavra jogo assume, e tentar caracterizar o que é jogo não é tarefa fácil. Por isso, ao longo desse trabalho, serão abordados apenas aqueles significados relacionados ao ensino e aprendizagem nas aulas de matemática, visto que a utilização do jogo e sua importância para a educação foram objeto de estudo de teóricos renomados, tais como Freire, Huizinga, Kishimoto, Piaget, entre outros que tendem a chegar num consenso em relação a definição de jogo e sua aplicabilidade no campo educacional.
Além de ser um objeto sociocultural em que a Matemática está presente, o jogo é uma atividade natural no desenvolvimento dos processos psicológicos básicos; supõe um “fazer sem obrigação externa e imposta”, embora demande exigências, normas e controle.
Segundo Huizinga (2007)
Jogo “é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana” (HUIZINGA, 2007, p. 33)
O trabalho com o jogo em si traz toda essa complexidade, pois além de promover a participação livre do indivíduo, leva-o a obedecer às regras contidas no jogo tornando-se capaz de alcançar os objetivos propostos pelo profissional que sugeriu o uso desse recurso tão valioso no ambiente escolar.
No jogo, mediante a articulação entre o conhecimento e o imaginado, desenvolve-se o autoconhecimento - até onde se pode chegar – e o conhecimento dos outros – o que se pode esperar e em que circunstâncias. PCN (1997, p 48)
Para que o aluno possa desenvolver esse senso crítico e auto avaliativo é necessário conhecer bem qual é seu potencial e suas limitações, a partir daí ele será capaz de interagir com segurança e cooperação num momento de participar de uma atividade em dupla ou grupo, respeitando e aceitando as diferenças nas opiniões e atitudes dos demais membros envolvidos.
Kishimoto (2001) afirma que, se praticado em duplas ou grupos, propicia a reciprocidade, além de estimular o entendimento e a consideração de diferentes pontos de vista.
Essa é um das sensações provocadas pela ação de jogar, além de proporcionar ao indivíduo
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