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A INCLUSÃO DO ALUNO NA CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Por:   •  6/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.706 Palavras (7 Páginas)  •  318 Visualizações

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A INCLUSÃO DO ALUNO NA CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

   Acadêmicos: André Vitor Bernardo Vicentini¹

Larissa dos Santos Maturi¹

Natalia Marques dos Santos¹

 Tutor Externo: Yuri Alexander dos Santos Rôas²

  RESUMO

A cultura corporal do movimento rompeu com a sua imagem antiga, aquela que as aulas de Educação Física seriam só para os alunos mais habilidosos. Com a educação inclusiva, a escola passa a estar aberta a todos, a escola passa a se adaptar ao aluno e não o aluno a escola. Nas aulas de Educação Física não é diferente, a escola e o professor colocam em prática o desafio de incluir todos os alunos em suas aulas, independente de sua condição física ou mental, cor, raça, sexo ou religião. O presente estudo de revisão bibliográfica, de caráter exploratório, teve como foco mostrar os percursos do conceito de inclusão do aluno na escola e nas aulas de Educação Física e onde essa temática emergiu e penetrou no campo teórico, a fim de discorrer sobre como é possível realizar a inclusão de todos os alunos nas aulas e os possíveis benefícios dessas práticas. Chegamos a conclusão, que as aulas de Educação Física conduzidas de forma inclusiva, são extremamente importantes para todos os alunos, resultando na aquisição de muitos benefícios e de contribuições significativas, que serão levadas para a vida toda dos alunos.

  Palavras-chave: Inclusão. Cultura Corporal. Educação Física.        

  1. INTRODUÇÃO

A cultura corporal privilegiava quem tinha mais habilidades em todas as áreas do esporte, da dança e entre outros e ela excluía quem tinha algum tipo de dificuldade, quem tinha alguma deficiência física ou intelectual e muitas vezes também, a raça, cor, religião ou sexualidade da pessoa. Mas esta perspectiva de cultura corporal não só deve, como tem sido mudada cada vez mais, a Educação Física deve ser um instrumento usado para desenvolver não somente o aspecto físico, mas também o mental, o emocional, o estético, ou seja, o ser humano por completo, independente de suas habilidades, dificuldades, características físicas, entre outras.

No presente estudo, iremos ver alguns pontos de como incluir o aluno na questão da cultura corporal do movimento nas aulas de Educação Física. É fundamental desenvolver atividades onde o aluno se sinta confortável em participar de uma aula. Em criar dinâmicas onde os alunos possam incluir aquelas pessoas que possuam algum tipo de deficiência, sejam elas físicas ou intelectuais, que todos os alunos possam vivenciar as dificuldades e sensações que um aluno com deficiência possa apresentar, conseguindo assim, participar, interagir e aprender a respeitar o outro.

Mostrar os percursos do conceito de inclusão do aluno na escola e nas aulas de Educação Física e onde essa temática emergiu e penetrou no campo teórico, produzindo diferentes conhecimentos sobre o tema, com isso, será possível apontar alguns desencontros sobre o referencial teórico estudado e as práticas inclusivas, inspirado por essa diversidade de teorias.

Antigamente os alunos ficavam em salas separadas, a sala era chamada de (sala especial), quem se encaixava nessa sala eram os alunos que não andavam, não corriam, não saltavam, não falavam e não ouviam, ou possuíam alguma dificuldade de acompanhar os outros alunos, e era mais fácil para os outros professores das outras turmas lidar com os alunos que não possuíam nenhuma deficiência.

O intuito é mostrar métodos pedagógicos que incluam essa criança na Educação Física, sem que ela seja excluída.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A cultura deve ser entendida como um conceito para a Educação Física quando se assume essa postura, ou seja, de que a Educação Física tem uma atuação cultural importante, há que se considerar primeiro, a história, a origem e o local daquele grupo específico e depois suas representações sociais, emolduradas pelas suas necessidades, seus valores e seus interesses.

(DAOLIO,1995)

A educação inclusiva diz respeito a uma escola aberta para todos, um ambiente em que todos os alunos aprendem juntos, quaisquer que sejam as suas dificuldades. O ensino deve se adaptar ao aluno e não ao contrário. E a Educação Física não deve ser diferente, ela deve ser inclusiva e adaptada para que todos os alunos consigam realizar as atividades propostas.

A Educação Física é um componente curricular obrigatório, no qual todos os alunos devem desenvolver habilidades, sejam elas motoras ou esportivas. A Educação Física era vista como uma disciplina seletiva, privilegiando o rendimento ou a descoberta de talentos, excluindo os alunos com dificuldades físicas ou intelectuais. Através de novas formas de se pensar a cultura corporal, a Educação Física passou a ter uma nova visão, trabalhar com o coletivo, sem excluir os alunos menos favorecidos, possibilitando o convívio, a socialização, o respeito e o prazer de realizar atividades esportivas, jogos, brincadeiras, danças, ginásticas, lutas, etc.

As aulas de Educação Física devem ser pensadas para incluir os alunos com necessidades especiais, as brincadeiras ou jogos devem ser adaptados para a realização de todos, sem deixar ninguém de fora, proporcionando inúmeros benefícios para todos os alunos, por exemplo: melhora da autoestima, capacidade de se expressar, fortalecimento dos vínculos de amizades, capacidade de conhecer e se por no lugar do outro, desenvolvimento físico e mental, etc.

As aulas de Educação Física devem superar o ensino apenas das modalidades e técnicas esportivas e principalmente o ensinar por ensinar. Os professores devem estar atentos aos interesses dos alunos, reconhecendo e respeitando o aporte cultural de cada um, garantindo com isso, o ensino contextualizado das manifestações relativas a cultura de movimento. (DAOLIO,1995)

Segundo KUNZ (2004, p.19), “Na forma prática o esporte passa por uma “análise de sentindo” num trabalho conjunto entre professor e alunos. Importante é desenvolver uma capacidade de agir pelo esporte e, para tanto, o que o esporte tradicional tem e que poderá ter para o seu mundo.

[...] é por meio desse mecanismo chamado cultura que o homem adquiriu a capacidade de ser o construtor de sua própria história, desde a utilização de ferramentas, passando pelo convívio social, pela linguagem chegando a outras formas mais complexas de significar o fazer humano.  (GEERTZ, 1989, p. 15).

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