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A INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA NAS ESCOLHAS ALIMENTARES DAS CRIANÇAS

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Por:   •  26/10/2013  •  444 Palavras (2 Páginas)  •  598 Visualizações

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A INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA NAS ESCOLHAS ALIMENTARES DAS CRIANÇAS

Desde muito cedo, as crianças recebem influências externas quanto aos hábitos alimentares, o que, se feitas de modo inadequado, como tem acontecido nos últimos anos, pela difusão de propagandas nada educacionais, desencadeia maus hábitos alimentares. Toda essa influência também é impulsionada pela alteração significativa no consumo alimentar: menos cereais, frutas e hortaliças; mais alimentos processados. Isto, sem dúvidas, tem provocado desequilíbrio e deficiência nutricionais.

A formação dos hábitos alimentares nas crianças sofreu grande déficit a partir do novo padrão de marketing televisivo, auxiliado por processos socioculturais, níveis de renda e educação. Todo esse processo, em certos casos, estrutura, e, em outros, desestrutura a alimentação infantil, por agradar pela emoção, e não pela razão, o que caracteriza uma situação — ou exploração — de vulnerabilidade.

Segundo estudos recentes, as crianças passam mais de cinco horas por dia em frente à TV, o que proporciona, além de um comportamento sedentário, uma espécie de dominação, influenciando não só nas escolhas alimentares, mas também nos hábitos consumeristas.

Outro fator problemático reside na qualidade dos produtos exibidos: há muito mais propagandas de guloseimas do que de alimentos saudáveis. Esta estratégia de marketing é antiga, inclusive empregada em supermercados, que expõe à venda promocional produtos pouco nutricionais, deixando ao fundo alimentos necessários a uma boa alimentação.

A lei, em sentido amplo, tem proporcionado maior regulamentação do que é exposto na TV, de acordo com cada horário e limites de idade. A ANVISA, que possui grande força regulatória, tem procurado estabelecer critérios de marketing, com vistas a prevenir não só maus hábitos, mas também evitar a difusão de doenças oriundas da má alimentação. Do mesmo modo, organizações não governamentais têm auxiliado nesse controle.

Outro grande problema refere-se à educação dos pais, que acabam por negligenciar o que seus filhos assistem, e, consequentemente, consomem. Também não se nota qualquer estímulo a atividades físicas, tampouco ao controle de doenças de fácil propagação, tais como obesidade, anorexia e bulimia.

Na atualidade, tem se tentado dar maior visibilidade aos hábitos de consumo, por meio de embalagens mais claras e criativas, dispondo-se os rótulos às necessidades nutricionais, porém os comportamentos ainda ficam à mercê de uma mídia que, em vez de impulsionar o consumo correto, influencia o consumo desregrado, seja por meio de atrativos às crianças, tais como brindes-surpresa, como também pelo estímulo aos hábitos capitalistas, de origem norte-americana.

REFERÊNCIAS

COSTA, Thalita Feitosa et al. In: DUTRA-DE-OLIVEIRA, J. E.; MARCHINI, J. Sérgio. Ciências Nutricionais: aprendendo a aprender. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 543-563.

GERALDO, Ana Paula; MATOS, Mariana de Oliveira. A influência da propaganda televisiva de alimentos saudáveis sobre as escolhas alimentares de crianças. Nutrição em pauta, São Paulo, n. 118, jan.-fev. 2013, p. 41-5.

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