A Importancia Do Serviço Social
Exames: A Importancia Do Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: isma • 27/8/2013 • 2.457 Palavras (10 Páginas) • 534 Visualizações
Apresentação
O presente trabalho tem como objetivo principal colaborar para as atuais discussões acerca das possibilidades de minimização da pobreza e miserabilidade na sociedade brasileira Para tanto, consideramos necessário dissertar num primeiro momento pensamentos que envolvem o significado da pobreza pôr não se restringe àquela concepção de pobreza, mas inclui também como buscamos mostrar adiante alguns desdobramentos práticos de sua adoção
A pobreza é algo que sempre esteve presente na história da humanidade. Relatos não faltam no decorrer dessa história que possibilitam a identificação da sua ocorrência, independentemente do povo e período histórico a que nos refiramos e a forma com que ela foi definida durante os diferentes períodos de tempo permite que se perceba a evolução que o seu conceito obteve, partindo de uma definição mais restritiva para uma definição mais abrangente e complexa
Desenvolvimento
A pobreza é parte de nossa experiência diária e através desse colocamos em discussão alguns aspectos sobre os impactos destrutivos das transformações em andamento no capitalismo contemporâneo vão deixando suas marcas sobre a população empobrecida o aviltamento do trabalho, o desemprego, os empregados de modo precário e intermitente, os que se tornaram não empregáveis e supérfluos, a debilidade da saúde, o desconforto da moradia precária e insalubre, a alimentação insuficiente, a fome, a fadiga, a ignorância, a resignação, a revolta, a tensão e o medo são sinais que muitas vezes anunciamos limites da condição de vida dos excluídos e subalternizados na sociedade
Deste modo, as metodologias utilizadas para definir a mensuração ou tamanho da pobreza são bem variadas e em decorrência disso existem imprecisões quanto aos reais números de pobres no mundo, inclusive no Brasil, pode-se dizer que geralmente, as estatísticas apontam uma dimensão aproximada da pobreza em uma dada realidade do país. O que não quer dizer que esse fenômeno não possa ser mensurado, e sim, que as formas ou métodos utilizados são variados, pois partem de referenciais, critérios e indicadores diferentes, o que de certa forma é até “normal” considerando que existem percepções conceituais também divergentes acerca desse problema.
Sinais que expressam também o quanto a sociedade pode tolerar a pobreza e
Banalizá-la e, sobretudo, a profunda incompatibilidade entre os ajustes estruturais da economia à nova ordem capitalista internacional e os investimentos sociais do Estado brasileiro. Incompatibilidade legitimada pelo discurso, pela política e pela sociabilidade engendrada no pensamento neoliberal, que, reconhecendo o dever moral de prestar socorro aos pobres e “inadaptados” à vida social, não reconhece seus direitos sociais (cf. Yazbek, 2009, p. 72).
Consideram como essencial para definir a condição de pobreza o acesso a alguns bens, de modo que sem esses os cidadãos não são capazes de usufruir uma vida minimamente digna. Incluem: água potável, rede de esgoto, coleta de lixo, acesso ao transporte coletivo, educação, saúde e moradia. O caráter multidimensional da pobreza leva á necessidade de indicadores que tenham uma correspondente abordagem multidimensional e que leve em consideração como o indivíduo percebe sua situação social.
O entendimento da pobreza como subsistência exerceu muita influência nas políticas econômicas e sociais durante todo o século XX. De acordo com Codes (2008, p. 12), essa idéia ainda permanece balizando medidas de assistência à pobreza em vários países no mundo.
No entanto, a abordagem biológica da pobreza, como também é conhecida a abordagem associada à idéia de subsistência, tem sido alvo de algumas críticas, entre elas: existência de variações significativas entre as características físicas e os hábitos do indivíduo que dificultam o estabelecimento de requerimentos nutricionais; a transformação dos requerimentos nutricionais mínimos em quantidades mínimas de alimentos depende das commodities escolhidas; dificuldade em se especificar os requerimentos mínimos de necessidades não alimentares (SEN, 1983, p.12).
As duas últimas décadas do século XX repercutiram a fragilidade das bases de sustentação do processo de crescimento econômico brasileiro e das suas limitações como condição suficiente para superação da pobreza. Tal fato não surpreende, pois apesar de todas as transformações econômicas, sociais e políticas vivenciadas durante esse processo, não houve mudança nas relações sociais estruturantes. Nas palavras de Furtado (2004, p. 485): “a experiência nos ensinou amplamente que, se não se atacam de frente os problemas fundamentais, o esforço de acumulação tende a reproduzir, agravado, o mau-desenvolvimento”.
No Brasil a pobreza se configura como um produto de relações sócio políticas históricas as quais ao longo do tempo se ritualizam dando novas conformações aparentando transformações e modernidades, porém mantendo o mesmo perfil conservador e de subalternização e naturalização a essa questão
Só a partir da década de 1990, segundo SOUSA (2006) que a pobreza no Brasil passa a fazer parte da agenda pública ganhando visibilidade como objeto de interesse público, uma vez que, representa um problema a ser resolvido na esfera democrática sob a suspeita de vir a se constituir uma ameaça para a própria estabilidade da redemocratização
Programa Bolsa Família desde sua criação ele atende hoje a 12,7milhoes de famílias o programa em questão integra o Fome Zero, que, oficialmente, visa assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional, bem como contribuir para a erradicação da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à fome (BRASIL, 2009c).
De um modo geral, o programa tem se destacado positivamente principalmente no tocante à renda e ao impacto no movimento de combate à pobreza e à desigualdade social: dados coletados pelo IPEA apontam, entre os anos de 2001 e 2005, uma queda de 4,6% no coeficiente de Gini, (BARROS; CARVALHO; FRANCO; MENDONÇA, 2007). Essa desconcentração de renda levou a uma expressiva redução da pobreza e da extrema pobreza: estudos feitos pela Fundação Getúlio Vargas apresentam uma queda de 19,18% no número de miseráveis, entre os anos de 2003 e 2005 (Neri, 2006: 03). Dados preliminares da Pnad de 2007 divulgadas pelo Ipea mostram que 13,8 milhões de brasileiros mudaram de estrato social entre 2001 e 2007.
Atualmente
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