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A Inclusão Do Deficiente Mental

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Por:   •  27/6/2014  •  3.351 Palavras (14 Páginas)  •  307 Visualizações

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RESUMO

Neste trabalho apresentarei uma pesquisa a respeito da inclusão de deficiente mental no sistema escolar sob uma perspectiva sócio-política. Explana-se sobre o que é a escola inclusiva, sendo para que seja respondida esta pergunta é necessário compreender suas quatro fases, que são: fase da exclusão, fase da segregação, fase da integração e fase da inclusão. Apresento a definição de deficiência mental, abordando primeiramente o conceito de inteligência e suas características, para se consiga compreender o assunto tratado. Também é tratado é a inclusão do deficiente mental sendo que a inclusão não conseguiu ainda alcançar os níveis desejados. O tema é muito complexo e não se pode levar em consideração somente as escolas que conseguem desenvolver bem este trabalho, mas é preciso que se observe as dificuldades que estão sendo apresentadas em todo o sistema público de ensino.

Palavras-chaves: Educação Inclusiva; Deficiência Mental; Perspectiva cultural.

Introdução

Partindo do pressuposto que o 1º ano do Ensino Fundamental visa a alfabetização da criança dita “normal” e que a inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais em escolas públicas é uma realidade, nasceu então,a idealização de pesquisar sobre o assunto, dando ênfase a criança portadora de deficiência mental.

Durante muitos anos os docentes da Educação Especial tentaram dar resposta aos alunos com necessidades educativas especiais retirando-os da sala de aula e ministrando-lhes um ensino individual que, tecnicamente, consideravam como sendo o mais adequado. Em muitos casos ainda se conseguiu estabelecer uma certa cooperação entre o docente da Educação Especial e o docente das turmas "regulares" e os alunos foram integrados total ou parcialmente, mas quase sempre sendo retirados nas horas do "apoio".

Como resultado, muitos docentes e pais começaram a desejar um modo mais inclusivo de educar todas as crianças. As palavras, por si só, têm significados distintos conforme as pessoas que as interpretam; daí que a inclusão, mais que um termo, é uma filosofia.

A Inclusão implica que as crianças e jovens freqüentem as mesmas escolas com os seus irmãos e vizinhos e o resto da população em geral, com colegas do mesmo nível etário, com objetivos de aprendizagem pertinentes e individualizados e com os apoios necessários para o ajudar a aprender (por exemplo educação especial e serviços relacionados). Isto não significa que os estudantes não possam trabalhar num pequeno grupo de quando em vez ou que se limitem à aprendizagem de alguns objetivos do currículo normal que lhe sejam acessíveis.

As crianças e jovens com necessidades educativas especiais deverão beneficiar-se dos apoios individuais e de todas as outras ajudas que os auxiliem a aproximar-se dos comportamentos adaptativos comuns à sua idade e ao meio em que se inserem. Deverá ser feito todo o esforço para satisfazer as necessidades individuais de todos os estudantes através de um currículo versátil aplicado na sala de aula regular. Planejamento compartilhado entre Escola, Família e Comunidade são fundamentais para o desenrolar deste processo.

Ainda estamos a aprender como é que as escolas poderão proporcionar um ambiente o menos restritivo possível para as crianças com necessidades educativas especiais e, ao mesmo tempo, manter os seus níveis instrucionais.

1. O que é Escola Inclusiva

Para responder a esta pergunta, torna-se necessário retomar um pouco da história da educação no que se refere às pessoas com deficiência. Houve quatro fases principais: Fase da exclusão, Fase da segregação, Fase da integração e Fase da Inclusão.

A primeira, que corresponde ao período anterior ao século 20, pode ser chamada de fase da exclusão, na qual a maioria das pessoas com deficiência e outras condições era tida como indigna de educação escolar.

A segunda fase, chamada de segregação, já no século 20, começou com o acolhimento e atendimento às pessoas deficientes dentro de grandes instituições, principalmente religiosas, que realizavam um trabalho de cunho assistencialista.

A terceira fase, localizada na década de 70, constitui a fase da integração. A palavra integração é definida como: (Do latim integratione)1. Ato ou efeito de integrar (se). (2) Ação ou política que visa integrar um grupo as minorias raciais, religiosas, sociais, etc.”Ferreira (1986,p.954).

Embora a bandeira desse movimento da integração já tivesse sido defendida a partir dos anos 60. Nesta nova fase, houve uma mudança filosófica em direção à idéia de educação integrada, ou seja, escolas comuns aceitando crianças ou adolescentes deficientes nas classes comuns, ou excepcionalmente em ambientes o menos restritos possíveis. A Educação Integrada exigia a adaptação dos alunos ao sistema escolar excluindo aqueles que não conseguiam adaptar-se ou acompanhar os demais alunos.

Os estudos de Sassaki (1997, p.34-35) revelam que a integração social ocorre pelas seguintes formas:

Pela inserção pura e simples daquelas pessoas com deficiência que conseguiram ou conseguem, por méritos pessoais e profissionais próprios, utilizar os espaços físicos e sociais, bem como seus programas e serviços, sem nenhuma modificação por parte da sociedade, ou seja, da escola comum, da empresa comum, do clube comum, etc. Pela inserção daqueles portadores de deficiência que necessitam ou necessitam de alguma adaptação específica no espaço físico comum ou no procedimento da atividade comum a fim de poderem, só então, estudar, trabalhar, ter lazer, enfim conviver com pessoas não deficientes. Pela inserção de pessoas com deficiência em ambientes separados dentro de uma empresa comum; horário exclusivo para pessoas deficientes num clube comum etc. Esta forma de integração, mesmo com todos os méritos, não deixa de ser segregativa.

Falvey (1990. In: Canziani) define a integração como um processo natural, mas as práticas segregativas já incorporadas pela sociedade funcionam como impedimentos da interação do deficiente ‘a escola.

A quarta fase, a de Inclusão, baseada em uma visão de educação de qualidade para todos, em que não é o aluno que deve ser “normalizado” para se integrar na escola mas é esta que se modifica para atender a todos. O princípio da normalização diz respeito a uma colocação seletiva do indivíduo portador de necessidade especial na classe comum. Neste caso, o professor de classe comum não recebe um suporte do professor da área

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