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A LEITURA DE LIVRO LITERÁRIO: RESENHA DO LIVRO HERDEIRAS DO MAR

Por:   •  6/11/2021  •  Resenha  •  763 Palavras (4 Páginas)  •  102 Visualizações

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Susan Kate de Melo Barbosa

LEITURA DE LIVRO LITERÁRIO:

RESENHA DO LIVRO HERDEIRAS DO MAR

Rio de Janeiro/RJ

2020

O livro “Herdeiras do Mar” (título original: White Chrysanthemum) foi publicado em 2018 nos Estados Unidos pela editora Schwarcz S.A. A obra foi traduzida para o português em 2020, através de uma parceria entre a editora Paralela (responsável pela tradução e edição) e a Tag – Experiências Literárias (responsável pelo projeto gráfico e distribuição). A edição brasileira possui 280 páginas de história.

A autora do livro, Mary Lynn Bracht, nasceu na Alemanha, cresceu em uma em uma comunidade de imigrantes sul coreanos nos Estados Unidos e, atualmente, reside em Londres, onde concluiu seu mestrado em Birkbeck. Estudou Antropologia, Psicologia e Escrita Criativa e recebeu o prêmio de melhor romance de estreia da Guilda de Escritores da Grã Bretanha. A ideia do livro foi concebida em 2002, em uma viagem ao vilarejo onde sua mãe nasceu na Coreia do Sul.

Embora ficcional, a história apresenta elementos históricos reais como a existência de uma população denominada haenyeo (formada por mulheres, de uma linhagem semi-matriarcal, que realizam pesca através de mergulho livre), das mulheres de consolo (mulheres retiradas de suas terras natais e transformadas em escravas sexuais dos soldados japoneses em bordéis de beira de estradas) e a realização do Massacre de Jeju (quando cerca de 30.000 habitantes da ilha de Jeju, acusados de traição ao governo da Coreia do Sul, foram fuzilados e outros 40.000 enviados para cumprir pena perpétua ou serem mortos no Japão).

O livro conta a história de duas irmãs coreanas – Hana e Emiko - e suas tragédias pessoais em meio a duas grandes guerras (Segunda Guerra Mundial e Guerra das Coreias). Hana (16 anos) e Emiko (9 anos) residem na ilha de Jeju e fazem parte da linhagem de mulheres haenyeo. Certa tarde no verão de 1943, ao submergir das profundezas do oceano, onde exercia seu ofício de mergulhadora, Hana avista soldados japoneses se dirigindo ao ponto da praia onde Emiko está abrigada (e fora da vista dos soldados). De modo a proteger sua irmã, Hana vai em direção aos soldados e acaba sendo sequestrada e forçada a atuar como uma mulher de consolo na Manchúria. Emiko, salva pela irmã de uma vida de violência sexual, passa por outras tragédias ao sobreviver à Segunda Guerra Mundial e viver em um dos locais mais impactados pela Guerra das Coreias.

O livro apresenta, a cada capítulo, uma visão alternada sobre a trajetória de vida das duas irmãs. Os capítulos que contam a história de Hana são ambientados em 1943 e descrevem a maioria dos acontecimentos no tempo presente, com poucos trechos de descrição de eventos passados (flashback). Os capítulos destinados à vida de Emiko são ambientados em 2011 e apresentam diversos trechos em flashback, nos quais podemos vislumbrar os principais acontecimentos de sua vida entre os 9 e 77 anos.

As histórias são, de certa forma, independentes e poderiam estar organizadas como duas partes de um mesmo livro. Entretanto, o formato escolhido pela autora faz com que o leitor entenda a profundidade dos sentimentos de culpa de Emiko pelo sequestro de Hana, uma vez que todo o sofrimento da irmã é apresentado a medida que a vida de Emiko é descortinada em cenas no formato flashback.

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