A Matemática Nos Anos Iniciais Do Ensino Fundamental

Introdução

Nesses últimos tempos muito se discute sobre a necessidade de mudanças para que o ensino da Matemática melhore. É fundamental que mude a maneira como é apresentada aos alunos e com isso será possível mudar a mentalidade que muitas pessoas têm a respeito dessa disciplina, pois até hoje é vista por muitos alunos como uma matéria difícil, impossível de ser aprendida, mas tudo isso é em consequência da forma pela qual é apresentada.

As indagações sobre dificuldades no processo de ensino-aprendizagem da Matemática, especialmente nos primeiros anos do Ensino Fundamental são infindáveis.

Os professores polivalentes, que atuam na fase inicial do ensino fundamental, não tem formação específica e carregam a enorme responsabilidade de ensinar os primeiros conceitos matemáticos às crianças.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) trouxeram inovações para o currículo de matemática onde ela é colocada como instrumento de compreensão e leitura de mundo.

A matemática tem característica própria por apresentar uma linguagem própria, com uma variedade de símbolos, procedimentos, expressões, padrões e argumentações tudo isso vinculado a competências e habilidades próprias.

Muitas pessoas consideram a matemática escolar um ensino de números e operações que podem ajudar a resolver problemas cotidianos e a formar cidadãos capazes de fazer análises críticas. Mas isso não basta, a Matemática precisa ser apresentada e discutida com os alunos para que com isso haja um aprofundamento no estudo de suas características e as aplicações sejam mais bem entendidas.

Desenvolvimento

O processo de estudo dessa disciplina foi muito bom e de grande importância na minha prática pedagógica, pois pude perceber que o ensino de matemática é muito mais do que eu já vinha trabalhando ao longo dos anos. Por esse motivo não senti dificuldade alguma no estudo e na aprendizagem dos conteúdos trabalhados.

Para que se possam desenvolver as competências matemáticas essenciais a um cidadão, é necessário ter em mente que a aprendizagem não pode estar baseada no conhecimento de regras e na memorização. O conhecimento memorizado não ajuda os alunos a compreender o que é Matemática nem garante que serão capazes de utilizá-la na prática no seu cotidiano. A noção de competências matemáticas está associada a conhecimento e a atitudes relativas à Matemática, que, de forma integrada, a criança deve desenvolver e ser capaz de usar o que aprendeu.

Em vários países, educadores especialistas em matemática desenvolvem estudos para proporcionar aos alunos do ensino fundamental a construção de competências matemáticas básicas necessárias ao exercício da cidadania.

Sabemos que a formação docente inicia nos primeiros anos da escolarização. A formação matemática pode trazer marcas como sentimentos bastante negativos em relação a essa disciplina, podendo causar bloqueios para que se possa aprender ou até mesmo ensinar. As crenças formadas devido a esse tipo de aprendizagem podem interferir no momento em que o professor tenha que ensinar matemática. Possivelmente, ele irá lembrar-se de como aprendeu essa disciplina e poderá transmitir da mesma maneira para seus alunos. A maneira como um professor ensina a matemática demonstra como ele enxerga essa disciplina.

É preciso romper a barreira dessas crenças. E isso pode ser feito durante a formação do professor possibilitando uma transformação nas concepções que ele construiu ao longo de sua vida escolar e profissional.

Muito se tem falado, na área de educação, sobre a importância de se trabalhar com os conhecimentos prévios dos alunos. Se levarmos em conta a concepção construtivista sobre os processos de ensino-aprendizagem, veremos que se devem aprender todos os conteúdos escolares dando sempre um sentido a eles construindo assim um aprendizado significativo.

Antes mesmo da intervenção do educador, as crianças têm ideias prévias sobre quase todos os temas que a escola aborda, pois à medida que vão crescendo, têm a oportunidade de observar, cotidianamente inúmeras informações escritas e numéricas em seu dia-a-dia. O educador precisa conhecê-las para ensinar aprofundando o que elas sabem e não fazer propostas além do que são capazes de compreender.

A matemática deve ser inclusiva, pois ela faz parte da cultura humana, do seu cotidiano, portanto, o ensinar matemática deve ser analisado do momento do seu planejamento até o momento em que o aluno irá aplicar ou não que aprendeu.

Para que o aluno tenha prazer em aprender matemática e faça isso de forma significativa devemos proporcionar-lhes um ambiente propício para essa aprendizagem onde ele possa dialogar com seus colegas e professor participando ativamente da construção do conhecimento.

Os alunos precisam aprender a ler matemática, sendo assim capazes de interpretar um texto matemático, familiarizando-se com a linguagem e símbolos próprios dessa disciplina. Lendo e interpretando, os alunos se tornam aptos para escrever sobre o que aprendem e assim podem aperfeiçoar o seu estudo. Em todos os momentos dessa nova construção do saber o professor deve estar presente, interferindo sempre que necessário. Essa ajuda proporciona ao aluno uma ampliação do seu vocabulário matemático, dando a oportunidade para que os alunos ousem mais e se soltem em relação a essa prática. O registro das atividades é capaz de mostrar para o professor quais são conhecimentos prévios dos alunos, como eles estão entendendo o conteúdo e se estão ou não aprendendo de forma correta o que lhes foi proposto.

A exposição oral das ideias construídas sobre o assunto trabalhado mostra a autonomia que o aluno tem sobre o que