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A POLUIÇÃO MARINHA

Por:   •  3/5/2019  •  Projeto de pesquisa  •  5.151 Palavras (21 Páginas)  •  226 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO - UFRPE

UNIDADE ACADEMICA DE SERRA TALHADA – UAST

BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PESCA

Adriano Hedeywis Ferreira Gomes

Denis Alves da Silva

POLUIÇÃO MARINHA

Serra Talhada – PE

2018.2

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO - UFRPE

UNIDADE ACADEMICA DE SERRA TALHADA – UAST

BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PESCA

Adriano Hedeywis Ferreira Gomes

Denis Alves da Silva

POLUIÇÃO MARINHA

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Serra Talhada – PE

2018.2

1. DEFINIÇÃO E CONCEITOS BÁSICOS

É aquela caracterizada pela presença de lixos sólidos e poluentes líquidos nas águas dos mares e oceanos, que são frutos de atividade humana, em outras palavras, poluição é tudo que o homem, direta ou indiretamente, introduz no meio ambiente, seja na forma de substâncias ou de energia, que provocam, ou podem provocar danos à saúde humana ou à dos seres vivos. No direito internacional do meio ambiente, diversas convenções de proteção do meio ambiente marinho cuidaram de definir “poluição” como a introdução pelo homem, direta ou indiretamente, de substâncias ou de energia no meio marinho, incluindo os estuários, sempre que a mesmo provoque ou possa vir a provocar efeitos nocivos, tais como danos aos recursos vivos e ao ecossistema marinho, perigo à saúde humana, entraves às atividades marítimas, incluindo entre estas a pesca e o uso legítimo do mar, alteração da qualidade da água do mar, no que se refere à sua utilização e deterioração dos locais de recreio (MORE, 2002).

A poluição marinha ocorre porque tanto os mares quanto os oceanos recebem diariamente, em todo o mundo, uma infinidade de poluentes, como esgoto doméstico, industriais, lixo sólido, que são levados pelos rios que deságuam no mar (FREITAS, 2012). 

2. POPULAÇÃO VS RECURSOS NATURAIS VS POLUIÇÃO

2.1. USO DE AGROTÓXICOS

A utilização de agrotóxicos é a 2ª maior causa de contaminação dos rios no Brasil, perdendo apenas para o esgoto doméstico, segundo dados do IBGE. Considerando que a agricultura é o setor que mais consome água doce no Brasil, cerca de 70%, segundo a FAO, pode-se dizer que além de sérios problemas para a saúde, os agrotóxicos também se transformaram em um grave problema ambiental no país. Segundo o engenheiro agrônomo e professor da Universidade Estadual de Campinas, Mohamed Habib, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxico do mundo, mesmo não sendo o maior produtor. Atualmente o Brasil utiliza 19% de todo defensivo agrícola produzido no planeta, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, mais de 99% dos venenos aplicados na lavoura não atingem a praga alvo. Então, pode-se dizer que mais de 99% dos agrotóxicos vão para os rios, para o solo, para o ar e para a água subterrânea. A água poluída com agrotóxicos irá prejudicar diretamente a fauna e a flora aquática. A contaminação das águas pelos agrotóxicos tem efeito direto nos seres vivos que vivem na água, a biota de um modo geral. Se o veneno que chega nas águas for o herbicida, o efeito é direto e pode, por exemplo, matar as plantas aquáticas. Se o rio for contaminado por um veneno que mata animais, pode ocorrer a morte de algumas espécies de peixes menores. Além dos efeitos diretos, o carregamento de agrotóxicos pelos rios e lagos, também traz alguns efeitos indiretos para a biota aquática e para a saúde humana. Alguns peixes armazenam os agrotóxicos no tecido adiposo e por isso, não sofrem danos diretamente. No entanto, quando nós compramos esse peixe contaminado com veneno e o ingerimos, algumas pessoas podem passar mal e sofrer algum tipo de intoxicação (envenenamento).  Ao serem carregados pelas águas superficiais, os agrotóxicos passam a fazer parte do ciclo natural da natureza. Quando se trata de água corrente, o veneno vai fazer parte de um ciclo e um dia vai chegar ao oceano. Atualmente, análises nas geleiras polares mostram que naquele gelo existe DDT, um veneno proibido há muitos anos. Com base nessa ideia, podemos observar que o veneno saiu da lavoura através da chuva, passou pelos rios e mar e através das correntes marítimas, chegou às geleiras (ECODEBATE, 2012).

2.2. USO DE PETROLEO

O petróleo é extremamente importante para a nossa sociedade, tal como está atualmente organizada. Ele não é apenas uma das principais fontes de energia utilizadas pela humanidade, como também, os seus derivados são a matéria-prima para a manufatura de inúmeros bens de consumo e deste modo têm um papel cada dia mais presente e relevante na vida das pessoas (MARIANO, 2001).

Nos últimos anos, a indústria do petróleo transformou profundamente a economia, a sociedade e o território dos municípios produtores brasileiros, ou seja, mais do que a própria formação da indústria petrolífera a atividade petrolífera configurou um novo ciclo econômico, que acelerou o crescimento das cidades, principalmente quanto ao processo de urbanização. O ritmo vertiginoso do crescimento tem, em grande parte, desencadeado descaracterizações de diferentes naturezas, sobretudo físicas e ambientais, em decorrência da ação desses atores externos (BISCEGLIA, 2015).

O derramamento de petróleo é um tipo de poluição ambiental muito difícil de ser contido, por diversos fatores. A extração do petróleo nos oceanos é feita através de máquinas montadas em plataformas fixas ou móveis, que bombeiam o petróleo para o navio ou oleodutos. O vazamento de petróleo pode ocorrer em navios petroleiros, nas plataformas de extração e nos oleodutos de distribuição, causando danos enormes ao meio ambiente. Esse derramamento acontece em razão de falhas estruturais dos equipamentos, falhas humanas na execução e também pela pressão exercida no fundo do oceano que pode causar fissuras ou falhas no assoalho, escapando gás ou óleo. Em um desastre ambiental desse tipo são lançadas no mar quantidades enormes do produto, formando manchas que são espalhadas pelas correntes marítimas. A poluição causada pelo petróleo é muito tóxica para os amimais marinhos e para as aves migratórias, além de prejudicar indiretamente a população que vive no litoral das áreas atingidas. Um dos piores desastres com o lançamento de petróleo no oceano ocorreu nos Estados Unidos, no ano de 2010, quando uma quantidade enorme do líquido ficou vazando por meses, atingindo uma extensa área do Golfo do México. O prejuízo ambiental foi incalculável e muitas espécies animais e vegetais foram atingidas, tanto no mar quanto na costa. Mais de 750 milhões de litros de petróleo vazaram no mar. Só foi possível conter o avanço do óleo depois de longos três meses e de muitas tentativas fracassadas. O acidente também obrigou o governo norte-americano a revisar as políticas de energia e a regulamentação do setor petrolífero que explora o óleo mineral em águas profundas (ALONSO, 2012).

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