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A PSICOLOGIA DAS CORES

Por:   •  21/6/2022  •  Resenha  •  1.338 Palavras (6 Páginas)  •  97 Visualizações

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O FENÔMENO DA COR

A cor é uma onda brilhante, uma luz branca que passa pelos nossos olhos. Depois a cor será um produto de nossos cérebros, uma sensação visual, como se estivéssemos olhando para uma série de cores que estão sempre presentes diante de nossos olhos, esculpidas na natureza.

Para entender o fenômeno da cor (ou cromatismo), é necessário conhecer a dinâmica do espectro eletromagnético. Este é um conjunto de todas as ondas conhecidas por comprimento. Essas ondas estão se espalhando por todo o universo. A unidade de medida para comprimento de onda e luz visível é nanômetros (nm); ondas mais longas são medidas em metros (m) ou quilômetros (km).

As radiações visíveis, isto é, aquelas às quais o olho humano é sensível, se estendem de 380 a 760 nanômetros. Elas possuem propriedades adequadas para estimular a retina; esse estímulo cria uma luminosa sensação que chamamos de "luz" e cria o fenômeno da cor. Por exemplo, o comprimento de onda do vermelho é 630 nm. Raios acima de 800 nm são chamados de raios infravermelhos e raios abaixo de 400 nm são chamados de raios ultravioleta, e esses não são percebidos pelo olho humano.

Nesse sentido, todas as cores que não percebemos estão presentes na luz branca; a dispersão da luz, causa o fenômeno do colorismo. Isso significa que a luz branca que percebemos, que é branca, é acromática e não tem cor. O mesmo vale para o preto, que é a absorção completa de todas as cores, a negação delas.

UMA ANTIGA LIGAÇÃO PSICOLÓGICA

Há muito tempo é uma preocupação humana reproduzir sempre as cores da natureza em tudo ao nosso redor. Isso inclui um senso de psicologia profunda. É uma das necessidades básicas do ser humano, integrar à cor um misterioso catalisador, do qual brota a energia e parece produzir dinâmicas satisfatórias. O homem associou a ideia do sol, a turquesa do mar, o azul esbranquiçado das nuvens no vasto céu e as cores do arco-íris, que surgiam após um céu furioso, com uma espécie de intervenção divina.

A humanidade obcecada pela ideia de mistério em busca de algo além dos limites de seu conhecimento no sentido cósmico, buscou Deus nas manifestações deslumbrantes da luz e do poder da natureza. Portanto, a cor faz parte das necessidades psicológicas, não só das necessidades estéticas; a que mais surpreendia o olho humano seria atribuída e utilizada na presença de príncipes, reis, sacerdotes e imperadores através das roupas e ornamentos; um paralelo disso com o nosso contexto atual, seria o reconhecimento por parte dos criadores de anúncios comerciais do uso da cor como um atrativo psicológico para as pessoas.

APÓS O SÉCULO XIX

Cerca de 100 anos atrás, a humanidade começou a usar a cor como faz hoje. O número de corantes e pigmentos conhecidos antes desse período era muito pequeno. Eles eram de origem orgânica e caros, e somente aqueles com mais recursos poderiam usá-los. As misturas de corantes de anilina, derivados de alcatrão de carvão e óxidos metálicos mudaram significativamente o processo de desenvolvimento da cor.

Assim sendo, o uso da cor passou por uma nova etapa nesse período. Sua principal função era despertar a sensibilidade do espectador, principalmente quando o artista retrata objetos e fenômenos naturais em sua obra. Algo semelhante acontece na publicidade moderna, tentando tocar a sensibilidade das pessoas modernas apresentando belas paisagens coloridas, cachoeiras azuis e brancas borbulhantes como pano de fundo da propaganda.

A cor não apenas expressa significados culturalmente específicos, mas também pode provocar reações que parecem estar programadas na mente humana. A combinação de cor e emoção é uma ferramenta poderosa. A cor cria uma impressão sensorial que pode refletir humores e emoções. O clima de cores simples e vibrantes é muito diferente do clima de cores escuras translúcidas, brilhantes ou desbotadas. Os designers usam origens culturais, conteúdo da história e o impacto psicológico da cor para alterar o significado de uma imagem, ambiente ou produto e alterar seu impacto sobre os usuários.

O SIGNIFICADO DAS CORES

A resposta individual à cor é um tipo subjetivo particular e depende de vários fatores. O vocabulário de cores varia de cultura para cultura. Por exemplo, a cultura ocidental associa preto à morte e o branco ao casamento, mas em outras partes do mundo isso não acontece. No entanto, em decorrência de pesquisas realizadas nos últimos cinquenta anos, os psicólogos são unânimes em atribuir significados específicos a cores específicas, que são a base de todos os indivíduos que vivem em nossa cultura.

Desde os tempos antigos, os humanos deram às cores um significado psicológico. E de certo, não houve diferença na interpretação ao longo do tempo. A ciência de hoje depende apenas de métodos, processos e dispositivos especiais para provar que os humanos vivem em harmonia com a natureza.

Algumass breves associações das cores e seu significado geral: azul - serenidade, confiança, tradição, fidelidade; verde - bem-estar, natureza, esperança, abundância; vermelho - coragem, agressividade, conquista, estimulante; preto - elegância, ousadia, mas também morte, melancolia; branco - pureza, paz, limpeza, simplicidade;

ALGUNS ESTUDOS PRÁTICOS

Mais precisamente, as cores têm significados simbólicos diferentes dependendo da cultura, mas pesquisas científicas mostram que, na ausência de outros estímulos, algumas reações são praticamente universais ou amplamente compartilhadas por muitos.

Um exemplo é o sentimento que as cores amarela e laranja provocam, deixando-nos em alerta, em contraponto do azul que nos acalma. Essa reação está profundamente enraizada na necessidade de sobrevivência de nossa espécie. De acordo com o cientista Jay Neitz, especialista em visão de cores,  organismos antigos desenvolveram receptores que podem registrar o lado amarelo ou azul da luz muito antes que as criaturas pudessem ver as cores do arco-íris, cada uma dessas cores tem um comprimento de onda diferente. Os  humanos ainda têm esses receptores, chamados melanopsina, que nos ajudam a diferenciar as horas do dia. Essa capacidade de distinguir entre o dia e a noite  é essencial para uma infinidade de organismos, desde os unicelulares a predadores avançados.

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