A Revolução da Cannabis
Por: Asafesch • 20/5/2015 • Artigo • 2.627 Palavras (11 Páginas) • 362 Visualizações
A REVOLUÇÃO DA CANNABIS
RESUMO
A Cannabis é uma planta milenar que acompanha a humanidade há muito tempo e que tem uma série de fatores a favor e contra quanto a sua utilidade pelos humanos. Desta planta, sua primeira utilidade foi de usarem sua fibra do caule para a fabricação de artefatos, e ao decorrer dos anos ela começou a ser utilizada por médicos para conter a dor de pacientes e como um anti-inflamatório. No Brasil esta planta chegou através dos escravos africanos e ao longo do tempo começou a ser importada e devido aos seus efeitos que refletiam na sociedade, foi proibida de ser comercializada e consumida. Sabe-se que ela é importada por traficantes e ao redor dela existe um mercado ilegal e que é punido pelas leis.Com os avanços das pesquisas sobre a planta, a medicina descobriu componentes da Cannabis que trazem benefícios à saúde humana. Nestas pesquisas e estudos realizados foram apontados que o THC é responsável pelo efeito psicoativo, ou seja, o efeito que no ser humano faz com que a pessoa fique “dopada”, com sensação alucinógena, diminuição da atividade motora, assim como pode ter o efeito reverso, levando a uma sensação de euforia e intensificação dos movimentos. O maior interesse desenvolvido pelos médicos então foi a busca por soluções para pessoas que estavam com doenças nervosas e crônicas. O estudo serviu como base para a criação de um medicamento antipsicótico atípico, que não fosse muito pesado para o tratamento da esquizofrenia, mal de Alzheimer, epilepsia, anorexia, câncer, AIDS, esclerose múltipla, dor, glaucoma, ansiedade, dentre outros. O CBD é o composto da Cannabis que já é utilizado no mundo e legalizado em alguns países que traz novamente a qualidade de vida para pessoas que já tiveram problemas de saúde.As pesquisas não acabam, existem ainda dúvidas, prós e contras sobre o modo que é aplicado, mas já se sabe que o composto CBD sim, tem poder de amenizar e até curar doenças que são consideradas irreversíveis.
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa abordar a Cannabis na medicina. Cannabis é um gênero de angiospermas que inclui três variedades diferentes: Cannabis sativa, Cannabis indica e Cannabis ruderalis. A Cannabis tem sido muito utilizada para a fabricação de fibras (cânhamo), para sementes e óleos de sementes, para fins medicinais e como droga recreativa.
Dadas às informações conceituais, neste artigo serão enfatizados aspectos como: abordagem para transmissão de conhecimento mínimo sobre a Cannabis, quando surgiu, quais as diferenças e os efeitos tanto do uso recreativo, quanto do uso medicinal, quais as suas utilidades medicinais, a situação atual da Cannabis, riscos e consequências de sua utilização.
2. A REVOLUÇÃO DA CANNABIS
2.1 APRESENTANDO A CANNABIS
Cannabis é uma erva anual, dioica e angiospérmica, surgida na Ásia Central, que, desde o início da civilização acompanha a humanidade. Existem três variedades de Cannabis: Sativa, Indica e Ruderalis. Nos dias atuais ela é conhecida como droga ilícita em muitos países e somente no Brasil mais de 70% da população a discrimina (segundo levantamento do Instituto Nacional de Política de Drogas e Álcool e a Unifesp). A Cannabis sofre uma discriminação muito forte referente ao seu uso recreativo devido ao fato da proibição, assim, seu uso medicinal também é discriminado, porém, isso acontece muitas vezes por pessoas que não tem um nível de conhecimento considerável sobre o assunto.
Existem indícios de seu surgimento até em 10.000 anos a.C. como cânhamo (fibra da planta) onde ela era usada para manufatura de artefatos. Os primeiros indícios de seu uso estão registrados a 4.500 anos a.C. na Sibéria. No Egito antigo, há 1.500 anos a.C., o Papiro Ebers, tradicional papiro sobre medicina, recomenda o uso do cânhamo dissolvido em mel para o alívio de inflamações nos olhos e cólicas menstruais. No ano 50 o médico do exército romano Pedanius Dioscórides cita a Cannabis como remédio anti-inflamatório. No ano 1000 começam as discussões sobre o haxixe (derivado da maconha), para alguns era remédio, para outros veneno. No século 12 já era muito popular seu consumo recreativo no oriente médio.
A planta chega ao Brasil no ano de 1550, escravos angolanos trouxeram diversas sementes, incluindo as de Cannabis. Eles as plantavam entre as fileiras de cana-de-açúcar.
2.2 A CANNABIS NA MEDICINA
O “Boom” medicinal da Cannabis foi por volta do ano 1840, onde nos EUA surgiram os primeiros remédios de Cannabis Indica. O médico inglês William O’shaughnessy publicou na Índia um artigo sobre a “Indian Hemp” e popularizou o uso medicinal da Cannabis na Inglaterra do século 19.
O’shaughnessy trabalhou por nove anos como clínico e cirurgião da Companhia das Índias Orientais em Calcutá, na Índia, ele teve contado com o uso medicinal da Cannabis, muito difundido no país. Ele fez diversos experimentos com pacientes para testar a eficácia da droga e publicou vários trabalhos sobre o assunto no ano de 1841. Ele indicava a droga, principalmente para aliviar dores de reumatismo e de espasmos musculares, e para o controle de convulsões em crianças. Outros médicos tiveram experiências semelhantes e ajudaram a criar um boom do uso medicinal de Cannabis na Europa e na América.
No ano de 1850, a droga entraria oficialmente na farmacopeia dos EUA, onde se vendiam centenas de produtos com extratos de Cannabis. No início do século 20 “cigarros índios” eram vendidos para o tratamento da asma, catarro e insônia.
2.3 USO RECREATIVO x USO MEDICINAL
O uso recreativo pode dar efeitos severos, como taquicardia, secura na boca e vermelhidão nos olhos. Pode produzir variações que vão da euforia ao mal-estar e à sensação de infelicidade. Não é frequente, mas pode ocorrer.
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