A SITUAÇÃO PROFISSIONAL ATUAL DE JOVENS EGRESSOS DO PROGRAMA DE APRENDIZAGEM - LEI 10.097/00
Trabalho Universitário: A SITUAÇÃO PROFISSIONAL ATUAL DE JOVENS EGRESSOS DO PROGRAMA DE APRENDIZAGEM - LEI 10.097/00. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: BARBARAEP • 24/3/2015 • 1.082 Palavras (5 Páginas) • 545 Visualizações
CONCLUSÃO
O objetivo principal deste trabalho foi verificar se a participação no programa Adolescente Aprendiz contribui significativamente para uma maior empregabilidade dos adolescentes egressos. Pensar dessa forma nos leva a questionar a forma como o Programa de Aprendizagem tem sido conduzido e seu comprometimento com as demandas capitalistas e a juventude em si. Para tanto foi realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória, através de roteiros de pesquisa.
Optou-se por entrevistar aprendizes egressos que participaram do programa no período de 2005 a 2013, empresas que são parceiras do Programa e Entidades que contribuem para formação e qualificação dos adolescentes.
O programa citado têm como objetivos a garantia do acesso dos adolescentes e jovens á qualificação profissional, além de inserção no mercado de trabalho; contribuir para melhoria da qualificação de vida dos aprendizes e conceder oportunidades de condições de desenvolvimento de potencialidades individuais.
Com base em toda a pesquisa realizada, chegou-se a conclusão que o programa cumpre com seus objetivos principais, porém observa-se que nem todos os adolescentes tem esse tipo de acesso, tendo em vista os requisitos para o ingresso, o que evidencia que quem geralmente tem acesso ao mesmo são aqueles jovens mais preparados e que possuem os melhores desempenhos nas fases classificatórias. Fazendo uma prévia exclusão de uma parcela de jovens que já estão naturalmente excluídos por não terem acesso ou se afastarem da escola. Contudo, estes requisitos também podem estimular os adolescentes, que hoje estão fora da escola, a retornar para que se enquadrem nos critérios e que possam ter uma possibilidade de participação futura, considerando o programa com um impulsionador no processo de inserção no mercado de trabalho.
Ainda que o acompanhamento pós programa não seja um objetivo específico, verifica-se a necessidade deste, tendo em vista que muitos adolescentes após concluírem seu contrato de aprendizagem permanecem desamparados no que se refere à inserção no mercado de trabalho, pois conforme pesquisa realizada estes demoraram em média de três meses a três anos para se recolocarem no mercado. Assim, verifica-se que a participação no Programa de Aprendizagem nem sempre é garantia de contribuição significativa para uma maior empregabilidade.
Contata-se que a inserção no mercado de trabalho para os jovens tem se tornado cada vez mais difícil, em decorrência das novas configurações do mundo do trabalho, uma vez que dos dezenove entrevistados, quatro não trabalham atualmente.
Observou-se ainda que, alguns, apesar de não terem passado muito tempo em casa, sem trabalhar, após o término do contrato de aprendizagem, no geral estes terminaram se inserindo em ocupações não relacionadas à sua formação enquanto aprendiz. O que se confirma, pois quando questionados sobre o desempenho de funções semelhantes as que desempenhavam quando aprendiz, vimos que a maioria dos jovens não segue mais trabalhando no mesmo ramo em que fez a aprendizagem.
Sobre o primeiro objetivo secundário, este consiste em analisar por meio de entrevistas às entidades quais competências estas visam para o desenvolvimento profissional dos adolescentes. Verificou-se que estas visam à assiduidade, ética, pontualidade, relacionamentos interpessoais, habilidades específicas, responsabilidade, qualificação, o crescimento pessoal e profissional, trabalho em equipe, compromisso e dedicação. Contudo, os egressos confirmaram que adquiriram somente o desenvolvimento de relacionamentos pessoais, ética, responsabilidade, compromisso, crescimento pessoal e profissional e qualificação.
No que se refere ao segundo objetivo secundário, buscou-se identificar a situação profissional atual dos jovens egressos do Programa de Aprendizagem. Verifica-se que uma pequena parcela dos entrevistados não estão no mercado de trabalho atualmente em decorrência das novas configurações e exigências do mundo coorporativo. Observa-se ainda que a iniciação no programa revelou novas possibilidades, uma vez que a outra parcela pesquisada hoje se encontra atuando no mercado de trabalho afirmando que o que contribuiu para essa inserção pós programa foi estar cursando ensino superior, morar próximo à empresa, possuir experiência na área, boa comunicação, indicação de outro funcionário e dedicação. Além desses aspectos, os jovens consideram que o programa também tenha contribuído e facilitado para sua entrada no mundo coorporativo e oito declaram continuar na mesma empresa
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