A Trajetória da indústria de transmissão radiofônica

Análise Crítica: A trajetória da indústria de transmissão radiofônica

A tecnologia de transmissões de som por ondas de rádio surgiu no fim do século XIX, mas só em 1906 nos EUA ocorreu a primeira transmissão radiofônica do mundo e somente em 7 de setembro de 1922 houve a primeira transmissão para cidadãos comuns no Brasil, já que antes tal tecnologia só poderia ser usada por militares. A tecnologia inicial por trás da transmissão radiofônica se baseia na transmissão de sinais e componentes fundamentais para seu funcionamento como o receptor que decodifica os sinais eletromagnéticos recebidos e transforma em ondas sonoras ou sinais digitais e o transmissor que converte os sinais sonoros e os envia para as emissoras de radio.

         Durante os seus vários anos de existência, o rádio teve que acompanhar o avanço tecnológico mundial para que não chegasse à “extinção”, pois foram surgindo concorrentes pesados como a televisão e atualmente a internet. Além disso, o rádio teve de se adaptar aos novos costumes e hábitos da população, às mudanças na política, na economia e em diversas outras variáveis. Mas principalmente, o desenvolvimento da tecnologia foi o que mais alterou os métodos de produção e recepção do rádio no mercado. A principal inovação no mercado foi a inserção de dispositivos que permitiram uma melhor mobilidade do aparelho, na qual atualmente, até mesmo com um simples celular pode-se ter acesso ao rádio.

O processo de inovações mais ousadas no rádio começou no final da década de 1940 com a invenção do transistor, com isso vieram os radinhos portáteis, os famosos rádios a pilha. A partir da década de 1970 se popularizou um dos fatos que salvou o rádio do esquecimento, que foram as emissoras FM (de Frequência Modulada). O rádio de pilha havia se tornado o produto eletrônico mais desejado que a indústria conseguiu produzir no século 20. Nos últimos anos, houve uma radical inovação no acesso ao rádio, que se uniu aos telefones celulares, de tal maneira que além da mobilidade, os ouvintes têm a possibilidade de interagir com a emissora e até mesmo ouvir por meio da internet.

Atualmente, um assunto envolvendo o rádio que tem gerado discussões em todo mundo é sobre sua digitalização (modulação digital do rádio). Certo que ainda depende de decisões técnicas, políticas e que necessitaria de uma grande reformulação na estrutura das emissoras de rádio, mas o investimento nessa tecnologia para que futuramente possam ser substituídas as rádios FM com certeza irá inovar e trazer mais audiência para o mercado das emissoras. Essa inovação só trará benefícios para os ouvintes e aos governos, visto que as vantagens são enormes, já que se teria uma melhor qualidade de som, economia de energia elétrica, um aumento da interação e participação do mercado publicitário, dentre outras vantagens. O uso dessa tecnologia já vem sendo estudado há algum tempo em vários países, inclusive no Brasil.

Contudo, como aqui foi mostrado, observou-se a necessidade de o rádio estar sempre tendo que se incorporar às novas tecnologias, estar sempre ligado às novas alterações dos hábitos de seu público, das políticas econômicas e que o avanço tecnológico impulsionou as inovações do rádio durante todos esses anos.

Referências:

BELLARD, Hugo. História do Rádio.  06,Maio, 2015. Disponível em:

MAGNONI, Antonio Francisco; RODRIGUES, Kelly De Conti. O rádio e a adaptação à nova era das tecnologias da comunicação e informação: contextos, produção e consumo. 06,Maio, 2015. Disponível em: < www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-da-midia-sonora/o-radio-e-a-adaptacao-a-nova-era-das-tecnologias-da-comunicacao-e-informacao-contextos-producao-e-consumo>