A crítica marxiana
Resenha: A crítica marxiana. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: WashingtonDiego • 21/8/2013 • Resenha • 323 Palavras (2 Páginas) • 288 Visualizações
Karl Marx (1844) concentrou boa parte dos seus esforços para contribuir na organização do proletariado para que este, rompendo com a dominação de classe da burguesia, realizasse a emancipação humana.
Para Marx, o êxito do protagonismo revolucionário do proletariado dependia, em larga medida, do conhecimento rigoroso da realidade social. Ele considerava que a ação revolucionária seria tanto mais eficaz quanto mais estivesse fundada não em concepções utópicas, mas numa teoria social que reproduzisse idealmente o movimento real e objetivo da sociedade capitalista. Marx articulou em sua pesquisa a teoria social que esclarece o surgimento, o processo de consolidação e desenvolvimento e as condições de crise da sociedade capitalista: a sociedade não é uma organização social “natural”, destinada a constituir o ponto final da evolução humana; mas é o resultado de uma forma de organização social histórica, transitória, que contém no seu próprio interior contradições e tendências, que devem inclusive possibilitar a sua superação, dando lugar a outro tipo de sociedade – precisamente a sociedade comunista, que também não marca o “fim da história”.
A crítica marxiana à Economia Política não significou a negação teórica dos clássicos; significou a sua superação, incorporando as suas conquistas, mostrando os seus limites e desconstruindo os seus equívocos. Antes de mais, Marx historicizou as categorias manejadas pelos clássicos, rompendo com a naturalização que as pressupunha como eternas; e pôde fazê-lo porque empregou na sua análise um método novo (o método crítico-dialético, conhecido como materialismo histórico). Realizando uma autêntica revolução teórica, Marx jogou toda a força da sua preparação científica, da sua cultura e das suas energias intelectuais numa pesquisa determinada: a análise das leis do movimento do capital; essa análise constitui a base para apreender a dinâmica da sociedade burguesa (capitalista), já que, nessa sociedade, o conjunto das relações sociais está subordinado ao comando do capital.
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