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A diferença entre "ecologia de elite" e "ecologia crítica"

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Por:   •  28/10/2014  •  Ensaio  •  1.638 Palavras (7 Páginas)  •  272 Visualizações

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ECOPEDAGOGIA

Questão 1

Distinção de “ecologismo elitista” e “ecologismo crítico”:

Francisco Gutierrez adverte que não podemos falar de cidadania planetária excluindo a dimensão socila do desenvolvimento sustentável e ainda esclarece que é preciso distinguir um ecologismo elitista que é idealista de um ecologismo crítico, pois o crítico coloca o ser humano no centro do bem estar do planeta.

Questão 2

Condições básicas para um desenvolvimento sustentável segundo Gutierrez:

Para Francisco Gutierrez, parece impossível construir um desenvolvimento sustentável sem uma educação para o desenvolvimento sustentável. Para ele, o desenvolvimento sustentável requer quatro condições básicas. Ele deve ser:

1. Economicamente factível;

2. Ecologicamente apropriado;

3. Socialmente justo;

4. Culturalmente equitativo respeitoso e sem descriminação de gênero.

Essas condições do desenvolvimento sustentável são suficientemente claras, autoexplicativas. O desenvolvimento sustentável, mais do que um conceito científico, é uma ideia-força, uma ideia mobilizadora, nesta travessia de milênio. A escala local tem que ser compatível com uma escala planetária. Daí a importância da articulação com o poder público. As pessoas, a Sociedade Civil, em parceria com o Estado, precisam dar sua parcela de contribuição para criar cidades e campos saudáveis, sustentáveis, isto é, com qualidade de vida.

Questão 3

Características ou chaves pedagógicas do desenvolvimento sustentável segundo Gutierrez:

Em seu livro “Pedagogia para el Desarrollo Sostenible” (1994), Francisco Gutiérrez denomina “desenvolvimento sustentável” como aquele que apresenta algumas características (ou chaves pedagógicas) que se completam entre elas numa dimensão maior (holística) e que apontam para novas formas de vida do “cidadão ambiental”:

1ª) Promoção da vida para desenvolver o sentido da existência. Devemos partir de uma cosmovisão que vê a Terra como um “único organismo vivo”. Entender com profundidade o planeta nessa perspectiva implica uma revisão de nossa própria cultura ocidental, fragmentária e reducionista, que considera a Terra um ser inanimado a ser “conquistado” pelo homem. Uma visão que se contrapõe à cultura ocidental imperialista, que nos causa impacto, pela maneira peculiar com que se relaciona com a natureza, é a filosofia.

2ª) Equilíbrio dinâmico para desenvolver a sensibilidade social. Por equilíbrio dinâmico Gutierrez entende a necessidade de o desenvolvimento econômico preservar os ecossistemas.

3ª) Congruência harmônica que desenvolve a ternura e o estranhamento (“assombro”, capacidade de deslumbramento) e que significa sentir-nos como mais um ser- embora privilegiado- do planeta, convivendo como outros seres aminados e inanimados. Segundo Gutierrez “...na busca desta harmonia será preciso uma maior vibração e vinculação emocional como a Terra...”( 1994:19). “...na construção de nossas vidas, como cidadãos ambientais, não podemos seguir, como ate agora, excluindo toda retroalimentação ao sentir –a emoção –e a intuição como fundamento da relação entre os seres humanos e a natureza...” (Gutierrez, 1996:17).

4ª) Ética integral, isto é, um conjunto de valores – consciência ecológica – que dá sentido ao equilíbrio dinâmico e à congruência harmônica e que desenvolve a capacidade de auto realização.

5ª) Racionalidade intuitiva que desenvolve a capacidade de atuar como um ser humano integral. A Racionalidade técnica e instrumental que fundamenta o desenvolvimento desequilibrado e irracional da economia clássica precisa ser substituída por uma racionalidade emancipadora, intuitiva, que conhece os limites da logica e não ignora a afetividade, a vida, a subjetividade. Ou, como diz Morin, por uma “lógica do vivente”: “ Nós tivemos que abandonar o universo ordenado, perfeito, eterno, por um universo em devir dispersivo, nascido no cenário onde entram em jogo, dialeticamente- isto é, de maneira ao mesmo tempo complementar, concorrente e antagônica- ordem, desordem e organização. (...) É por isso que todo conhecimento da realidade que não é animado e controlado pelo paradigma da complexidade esta condenado a ser mutilado e, neste sentido, à falta de realismo e controlado pelo paradigma da complexidade esta condenado a ser mutilado e, neste sentido a falta de realismo” (1993:69;148). O paradigma da racionalidade técnica, concebendo o mundo como um “universo ordenado, perfeito”, admitindo que é preciso apenas conhecê-lo e não transformá-lo, acaba conduzindo à naturalização das desigualdades sócias. Elas deveriam ser aceitas porque o mundo é “assim mesmo” e é “natural” que seja assim. A racionalidade técnica acaba justificando a injustiça e a iniquidade.

6ª) Consciência planetária que desenvolve a solidariedade planetária. UM planeta vivo requer de nós uma consciência e uma cidadania planetárias, isto é, reconhecermos que somos parte da Terra e que podemos viver com ela em harmonia- participando do seu devir- ou podemos perecer com sua descrição. Segundo Francisco Gutiérrez a razão de ser da planetáriedade e sua logica são consequência tanto de uma nova era cientifica- não deixar a ciências para o cientista-quanto do “recente descobrimento como ser vivo” (1996:3). Essas “são também as características de uma “sociedade sustentável”, o que nos leva a concluir que não há “desenvolvimento sustentável” sem “sociedade sustentável”. Além de se constituírem em princípios ou “chaves pedagógicas” ( Gutiérrez), as características acima descritas podem muito bem ser consideradas como princípios pedagógicos da sociedade sustentável.

Questão 4

Princípios do ecodesenvolvimento na visão de Gustavo F. da Costa Lima:

1) A satisfação das necessidades básicas da população;

2) a solidariedade com as gerações futuras;

3) a participação da população envolvida;

4) a preservação dos recursos naturais e do meio ambiente em geral;

5) a elaboração de um sistema social

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